sexta-feira, 25 de outubro de 2019

VIRADA CULTURAL DE MONLEVADE: UTOPIA OU REALIDADE?

Essa semana postei na internet uma provocação. Criei uma arte anunciando um evento juntando todos os artistas, uma verdadeira festa da música Monlevadense. O nome inicialmente pensado foi MONLEVADE FAZ A FESTA. O impacto foi imediato. As pessoas começaram a especular na internet e muita gente boa nos procurou propondo a inserção de artistas que estavam faltando na lista. Muito se especulou também sobre o local ideal. Em princípio pensei no Estádio Louis Ensch como melhor lugar. Mas a turma do esporte não gostou. Mudei o local sugerido para o Parque Ecológico do Areão. Muita gente não gostou também. Impossível agradar a todos( eu ainda prefiro o Estádio Louis Ensch). Foram tantos artistas elencados que resolvi mudar o nome para VIRADA CULTURA DE MONLEVADE, inspirado nas viradas culturais de São Paulo e Belo Horizonte. Um evento como esse iria oportunizar e valorizar como nunca a música produzida na cidade. Poderia ter outras artes também, como teatro, artes plásticas, literatura, etc. E poderia ter conjuntamente feira gastronômica, cervejas artesanais, brinquedos para crianças, enfim, atrações para todas as gerações. 
 
RENDA PARA O HOSPITAL
MARGARIDA
 
Poderia ser cobrado um valor simbólico de portaria com renda revertida para o Hospital Margarida.  Seria uma forma de toda a cidade se envolver num evento feito para todos os monlevadenses, que teriam acesso a um evento rico em atrações. Os artistas convidados poderiam tocar por cachês simbólicos ou mesmo não cobrar, ajudando também no esforço de ajudar o Margarida. 
 
UMA HOMENAGEM AOS ARTISTAS
 
A minha iniciativa também teve o objetivo de homenagear o universo musical monlevadense. É muita riqueza. Comecei a listar os artistas, levei vários puxões de orelha e fui atualizando. Alguns nem estão em atividade atualmente, mas merecem a citação pela história.Vejam a lista até agora: Bonapart - Dan e Duca - Indio do Forró - Dizarm - Rômulo Rás-BandaDirock - Impala67 - BandaAgá - Souldusamba - Ultravox - Infocus- Isa Lelis- Cila Cordelli- João Roberto - Ronivaldo - Mike Santos - Tambores do Morro - Fabrício de Paula - Geovane Richard - Ricardo Monlevade - Jamilli Lima - Thiago Henrique - Banda Concreto - Lenna Dias - Grupo “Deixa se envolver” - Djhenrique Biri - Dj Fernanda Pieri - Dj Junio Queiroz - Mobie Dickie - Umbigo - Calk - Relicário - Josagno Mota - Livvia Bicalho - Aggeu Marques - Família Alcântara - Dayvid Christiano - Lara Drummond - DJ Lucas Tavares - Simone Venâncio - Derramaster - Maycon e Douglas - Chico Franco - Rogério Salomão - Claudinei Godoi - Ministério Totalmente dele - Mc Xocolate - Willian Salomão - Natália Grigório - etc .
 
Dá pra fazer?
 
Claro que dá. Basta que haja boa vontade. Se os artistas aderirem, se o poder público e empresariado abraçarem, se os promotores de eventos se unirem de forma voluntária, se a direção do Hospital Margarida gostar da ideia, claro que pode dar certo. Vamos fazer?

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

OS MORCEGOS, UMA DAS BANDAS MAIS LONGEVAS DO BRASIL


O CENÁRIOS dessa semana foi conversar com o pessoal da banda "OS MORCEGOS" da cidade de Alvinópolis. Deve ser um dos conjuntos de maior longevidade no Estado de Minas Gerais, quiçá do Brasil. Tocam o fino da Jovem Guarda e também repertório atualizado. É uma banda mítica de Alvinópolis, que influenciou vários artistas que vieram depois. Vamos, então, à entrevista.

MM: Vcs tem mais de meio século de história. Já pesquisaram pra saber se são uma das que tem mais tempo em atividade? Olha o Guiness book hein?

OS MORCEGOS: Acreditamos que seja uma das mais antigas até do Brasil ainda em atividade. Neste quesito, do qual não podemos ter modéstia (rsrsrs), talvez concorramos com Renato e seus Blue Caps. E internacionalmente, podemos perder somente para os Rolling Stones. RSRSRS. . Há também que se destacar que s Morcegos abriram caminhos para várias bandas que surgiram em Alvinópolis, no fim da década de 60 e início dos anos 70.

MM: Quando e como surgiu a ideia e o nome da banda?

OS MORCEGOS:: "OS MORCEGOS" é um Conjunto Musical criado entre o segundo semestre de 1.965 e o primeiro semestre de 1.966. A ideia surgiu quando o então pároco da cidade, Olau de Sales Filho, muito dinâmico, contratou para um Show no Cine Providência, o conjunto " OS ABUTRES ". O Show "balançou" a cidade. Os Abutres, era uma famosa banda de Belo Horizonte. Sobre o nome, num ensaio, à noite, no Cine Providência, que ficava perto da Igreja Matriz, uns morcegos fizeram uns sobrevôos no palco, de onde o José Silvério teve a ideia, sugeriu e foi aceita a denominação de OS MORCEGOS, para a banda.

MM: Quais foram as dificuldades encontradas pra formar a banda e como foram superadas?

OS MORCEGOS: As dificuldades foram muitas, a maior delas, os equipamentos, dos quais não dispúnhamos. Elas foram superadas contando com a boa vontade do Pe Olau e do Sr. Júlio Batista Papa, que nos cederam o equipamentos para as primeiras apresentações. Não podemos nos esquecer de que ninguém tinha formação musical, e os que tocavam algum instrumento, era pelo dom artístico, sem experiência de palco, exceto,  Paulo César,Vidrilho (José Silvério), Franquinho e Lete, que chegaram a tocar com a Orquestra Líderes do Ritmo, comandada pelo Sr Júlio Papa.

MM: Como foi que adquiriram os primeiros instrumentos? Como eram?

OS MORCEGOS: O então baixista Vicente Trindade, se dispôs a comprar a guitarra solo. O Lete, fez um empréstimo de determinado valor (sem data de vencimento, porém com juros, exigência nossa) para que déssemos a entrada num futuro financiamento, para compra de grande parte dos equipamentos. Compramos uma bateria usada, em Carneirinhos, e complementamos com os cedidos pelo Pe.Olau. Um detalhe peculiar: pela falta de grana, alguns membros da banda chegaram a montar uma guitarra com o corpo construído artesanalmente. Penávamos na afinação da dita cuja. E uma curiosidade: a primeira guitarra a entrar em Alvinópolis, uma Giannini com o corpo vermelho e branco comprada pela Líderes do Ritmo, e que chegou a nos ser emprestada, está hoje como o Neguinho. Uma raridade.

MM: E as aparelhagens de som? Quem comprou? E quando davam defeito, como faziam pra consertar? E cordas para os instrumentos e outros?

OS MORCEGOS: – Humberto, juntamente com o Sr Júlio Papa, foi a BH, na Mesbla, com o prestimoso aval do Sr. Carlos Fernando Rodrigues, e adquiriram grande parte da aparelhagem. Possíveis defeitos eram corrigidos pelo técnico Duia, na cidade de DomSilvério.

MM: Qual era a formação original? Quem permanece na banda até hoje, desde a primeira formação. Quem passou pela banda até hoje e qual a formação atual?

OS MORCEGOS: - Sebastião do Nascimento (Tão, de Ruão – in memoriam), na guitarra solo, eu, Humberto Drumond, na guitarra base, Vicente Trindade, no contrabaixo, Paulo César, na bateria, José Silvério, no sax, Franklin e Lete, como cantores, e José Carlos, na apresentação. Da primeira formação, temos hoje, José Silvério, Paulo Cesar e Humberto Drumond. O Neguinho entrou em 1968, permanece até hoje e nós o consideramos como se fosse da primeira formação.O Sr. Júlio Papa teve passagem com piston.In memorian, passaram: Paulo Rodrigues (piston), Dojão (trombone de vara), e Chico Policarpo (sax), estes últimos oriundos da Orquestra Líderes do Ritmo e da Banda Santo Antônio. E não nos esquecendo do saudoso Melro, que nos acompanhava nas apresentações e shows
 
MM: Como e onde vcs ensaiavam? Onde ensaiam hoje em dia?

OS MORCEGOS: Ensaiávamos no Cine Providência, e hoje, em parceria com a Banda Santo Antonio, ensaiamos em suas dependências.  Quando resolvemos voltar a tocar, no início de 2014, após 45 anos, fizemos da casa do Neguinho, nosso QG. Aliás, deve ser ressaltado que este retorno se deve muito ao Neguinho, e também ao impulso que nos foi dado, quando fizemos, juntamente com o Verde Terra e outros músicos, o Primeiro Feito em Casa, em parceria com a Prefeitura, num evento de grande repercussão. Antes de fazermos a parceria com a Banda Santo Antônio, chegamos a alugar um espaço na sede do ISC. Vale registrar que até mesmo para se “tirar” uma música era complicado, pois não havia acesso a publicações com as letras e cifras, nem xerox, nem nada. Então tínhamos que ouvir a música, escrever a letra e depois colocar a nota musical em cada parte da letra.

MM: Na época antiga, havia uma cena musical em Alvinópolis? Havia festivais em que a turma se juntava para tocar juntos?

MORCEGOS - Não. A não ser a Orquestra Líderes do Ritmo, da qual já mencionamos, tocando em bailes. Os festivais da canção vieram depois, creio que a partir da segunda metade da década de 70, mas que teve a participação do Neguinho, juntamente com David de Cindinha, o primeiro,  nas dependências do Colégio.

MM: A banda era boa para arrumar namoradas? Os morcegos eram namoradores?

OS MORCEGOS: Era ´´otima” - rsrsrsrs. Namorávamos bastante rsrsrsrs....mas o fã clube não se limitava a Alvinópolis, mas nas várias cidades que chegamos a tocar.

MM: Qual era o papel de José Carlos de Lírio na banda?

OS MORCEGOS:-  Apresentador e animador.Ficava com a melhor parte: “conversando” com as fãs, durante os bailes.

MM: Qual foi o show inesquecível?

OS MORCEGOS - Quando ganhamos o Festival de Jovem Guarda em Carneirinhos, disputando dentre muitos Conjuntos, com "OSBRASAS", de S Paulo, onde fomos "APEDREJADOS" com balas e bombons. Até descobrirmos que a plateia estava jogando balas e bombons, todos nós ficamos achando que fossem pedras, por não estarem gostando. Mas foi o contrário, e acabamos ganhando o festival. Ah! E chegamos a emprestar nosso baixo para Os Brasas, pois o deles havia arrebentado alguma corda, ou algo assim.

MM: Vocês se apresentavam muito em outras cidades? Interagiam com músicos de fora?

OS MORCEGOS: Além de BH/Capital, inúmeras cidades pelos rincões das Gerais. Podemos citar, dentre elas: Ipatinga, Marliéria, João Monlevade São Domingos do Prata ,Capim Branco, Santa Bárbara, Barão de Cocais Ervália, Rio Doce, Coimbra e São Pedro dos Ferros. A aceitação era tanta que tocamos 21 vezes em Carneirinhos e 19 vezes em São Domingos do Prata. Uma curiosidade: nunca tocamos em Dom Silvério, creio eu por causa da tola rivalidade que existia na época, o que, felizmente, não mais existe. Esperamos por um convite pra tocar lá. A interação com outros músicos de fora era muito difícil, pois os meios de comunicação eram muitos restritos, restringindo-se quase que exclusivamente as cartas via correio postal.

MM: Qual é o segredo da longevidade da banda? Quando tempo mesmo de Morcegos? Conhecem algum conjunto com mais tempo de atividades?

OS MORCEGOS:  Amor à música. E também a amizade e respeito que há entre seus membros, inclusive com os novos integrantes, Thiago (violão e vocal), Maurinho (teclado), e com a dupla Ronildson (guitarra solo e vocal) e Nely (vocal). Todos são alvinopolenses, exceto a Nely, que já é assim considerada. Aliás, este novos integrantes vieram revigorar a banda, tanto em qualidade como pela possibilidade de tocar músicas da atualidade e forrós, essenciais para um bom baile. Como dissemos no início da entrevista, no quesito longevidade não somos modestos, pois ainda em atividade frequente somente Renato e Seus Blue Caps e os Rolling Stones. Rsrsrsrs

MM: Todos os Morcegos são bem resolvidos na vida e não precisam de cachê para sobreviver. O dinheiro que vcs arrecadam, reinvestem em equipamento?

OS MORCEGOS: Sim. Entretanto, os novos integrantes têm o cachê como um adicional para sobrevivência. Infelizmente, nem sempre conseguimos um bom cachê, não somente pela não valorização dos músicos, pelos contratantes, mas também por causa da concorrência do “kit” voz/violão/teclado e sampler. Até hoje, após pagar o cachê dos novos integrantes, tudo que recebemos foi reinvestido em equipamentos, além de uma contribuição pecuniária que os morcegossauros fazem mensalmente.

MM: Vocês mantém a fórmula de tocar só Jovem Guarda ou atualizaram repertório? Se o contratante quiser um show só de jovem guarda, vcs tem repertório pra isso? O que vcs tocam hoje em dia?

OS MORCEGOS: Não, Jovem Guarda é nossa linha, nosso perfil, mas nosso repertório é eclético e temos um "ESTOQUE" suficiente para qualquer eventualidade. Além dos sucessos nacionais e internacionais dos anos 60/70/80, estamos tocando também músicas mais atuais, inclusive forrós e boleros, essenciais para um bom baile. Assim, seja para um baile ou para um show, estamos prontos pra tocar o que o contratante desejar.
MM: Quais os planos futuros? Não acham importante entrar em algum estúdio e deixar um registro da qualidade de vcs?

OS MORCEGOS: Sim. Tocar, tocar, tocar, até quando Deus quiser. As dificuldades para entrar num estúdio são grandes, mas esperarmos poder, a qualquer hora, fazer um registro da Banda Os Morcegos.

MM: A apresentação de vcs é uma aula de amor à música e ao prazer de levar felicidade às pessoas. Quem quiser contratar Os Morcegos deve ligar para qual telefone?  Deixem  contato, email, etc para quem quiser OS MORCEGOS para o seu evento.

OS MORCEGOS - Whatsapp: (31) 9.9305-0710 - ( Paulo César)



sexta-feira, 11 de outubro de 2019

ENTREVISTA COM BELMAR DINIZ

Entrevista com mais um possível candidato a prefeito de João Monlevade, o jovem BELMAR DINIZ. Belmar é vereador a vários mandatos, filho do carismático Leonardo Diniz, um dos maiores líderes do Partido dos Trabalhadores na região, ex-prefeito de João Monlevade que fez história. Belmar tem apetite, grande força junto à juventude e pode representar a renovação que o PT precisa para retomar a hegemonia.


CENÁRIOS - O que vc sonha para João Monlevade?

Vejo nossa cidade com grande perspectiva de crescimento econômico e desenvolvimento educacional. Por se tratar de uma cidade localizada por uma das vias rodoviárias mais importantes do país(a 381) e também pela via ferroviária Vitória Minas, nos favorece muito para a exploração comercial de produtos e serviços. Também acredito que podemos investir mais no ensino universitário e técnico profissionalizante, uma vez que, estamos ladeados por grandes siderurgias, pela exploração mineral e sermos uma das principais cidades do Médio Piracicaba, no que diz respeito à infraestrutura e qualidade de vida.

CENÁRIOS - Qual seria a sua primeira medida em sendo eleito?

A participação popular é uma das principais e mais importantes ações de um governo democrático. Apostaria em um mandato com muito diálogo com a sociedade, entidades de classes, empresários, igrejas, poder judiciário, legislativo e executivo. Assim acertaria mais nas minhas ações e, acima de tudo, buscaria tomar decisões em consenso com os maiores interessados: nossa população.

CENÁRIOS - Você como oposição tem apenas críticas a atual administração ou vê pontos positivos também? 

Busco, dentro das minhas limitações, fazer o possível para ajudar a cidade onde nasci e tenho a maior gratidão e respeito. As críticas que faço ao governo sempre são acompanhadas de sugestões para que eles corrijam os erros e busquem solucionar os problemas, inclusive já recebi elogios e agradecimentos de gestores anteriores por ter alertado sobre algum ato falho ocorrido na sua administração. Nenhum gestor é eleito pensando em realizar o mal para sua cidade, mas cometem erros que poderiam ser evitados se dessem mais oportunidades de participação e opinião nos seus mandatos. Infelizmente essa é a realidade da atual administração.   

CENÁRIOS - O que vc pensa sobre essa questão do trânsito no centro de João Monlevade? Dessas mudanças que estão tirando o sono da população? O que vc faria se tivesse sob a sua responsabilidade solucionar o problema?

Tentativa em vão não é solução. Você está sujeito a errar e, na tentativa de acertar, piorar ainda mais a situação. Um bom projeto de trânsito, feito por profissionais capacitados, com muita informação para os usuários, diálogo com o comércio local e planejamento de execução seria a melhor forma para a implantação do projeto Novo Centro. Infelizmente, nada disso foi feito. Precisamos criar novas alternativas de vias públicaspara o fluxo de veículos, incentivar o cidadão a utilizar o transporte público no município, proporcionando ao usuário melhorias na qualidade do serviço, com melhores preços das tarifas, mais horários e conforto nos ônibus.  Incentivar, proporcionar mais qualidade e segurançapara os ciclistas. Criar outras oportunidades de transportes para nossos cidadãos, buscando desafogar o trânsito nas avenidas centrais do nosso município, será a melhor forma de solucionar o problema.

CENÁRIOS - Vi certa vez uma reportagem muito interessante sobre um projeto seu, que pretendia obrigar os prefeitos a darem sequência ao que havia sido iniciado em governos anteriores. Conseguiu levar adiante esse projeto?

Leonardo e Belmar Diniz
Preocupo-me muito em zelar pela aplicabilidade dos recursos públicos com eficiência e evitar o desperdício. Na essência, o projeto obriga os novos gestores a darem continuidade em obras e projetos de gestores anteriores e, caso isso não ocorra, devem justificar os motivos da interrupção. A minha intenção é de preservar os bons programas e projetos já realizados no município e evitar, que por motivos de politicagem, a população seja prejudicada. Este é um dos relevantes projetos que temos no nosso município que dependeria do interesse e apoiodos representantes do legislativo para que fosse realizado. Acontece que na política existem ótimas propostas apresentadas pelos vereadores que dependem da decisão e apoio da maioria.  Estando sozinho ou com a minoria, não temos poder suficiente para promover a execução das leis, infelizmente.

CENÁRIOS - Como acha que está a cidade hoje sob o ponto de vista social?

Quando abordamos o tema social, eu me remeto a pessoas que estão submetidas à vulnerabilidade. Nossa cidade, em termos gerais, ainda não tem grandes projetos de combate à desigualdade social, visto que, não há ofertas de reinserção do indivíduo à sociedade, como também não há programas de incentivo, qualificação e oportunidades para se enfrentar a exclusão social. Diante disso, minha proposta é motivar as empresas e o povo a apoiar trabalhos sociais, para que essas pessoas não sejam invisíveis. Apoiar através de projetos, programas e oportunidades, não com ajuda assistencialista apenas. Quero adotar políticas públicas para que todos consigam usufruir dos direitos sociais garantidos na Constituição, tais como o direito à saúde, à educação, moradia e assistência social.

CENÁRIOS - Vc também é professor. Como vê a cidade hoje sob o ponto de vista educacional?

Nosso município já avançou muito na questão educacional, obtendo índices de destaque no IDEB. Passou a ser uma cidade universitária, mas ainda bastante limitada em relação aos cursos e, deficiente nas questões cultural e científica. Esbarramos também, numa situação preocupante que é a desvalorização do profissional da educação. Devemos sempre capacitar nossos profissionais, motivando-os e garantindo salário digno. A minha experiência como educador de curso profissionalizante me motiva a ofertar oportunidades de estágio e do meu primeiro emprego aos estudantes.

CENÁRIOS - Na área da cultura, o que vc faria para oferecer mais espaço para que os artistas possam brilhar intensamente, bem como boas atrações culturais para o público?

Já vivenciei e participei de grandes momentos culturais em Monlevade, podendo citar, como exemplo, o rock na rua e à tarde de rock, sendo este último evento organizado pelo saudoso João Bosco Pascoal. Lembro-me também, da Feira da Paz e Expomon, eventos que atraíam pessoas de várias cidades que vinham prestigiar essas festas. O não incentivo à cultura e a não oportunidade dada para os artistas locais, para mim, são os maiores entraves culturais da nossa cidade. Precisamos resgatar e apoiar a cultura local, buscar parcerias públicas- privadas para realizar mais eventos, utilizar mais a nossa Praça do Povo, com festivais de músicas, poesias, teatro de rua, dentre outros. Mas acima de tudo, precisamos da participação da população enquanto expectadores, pois vejo que na nossa cidade poucas pessoas comparecem aos raros eventos populares realizados aqui em Monlevade.

CENÁRIOS - Sobre o ponto de vista econômico. O que faria para gerar mais emprego e renda. O que faria, por exemplo, com relação ao Distrito Industrial.

O problema do Distrito Industrial está diretamente ligado à infraestrutura. Enquanto várias cidades da região incentivam empresas a se instalarem no seu território, Monlevade chegou ao cúmulo de utilizar aquele espaço como bota-fora do própriomunicípio. Deve-se tratar o local com objetividade e elaborar ações que possam atrair as empresas, tais como políticas de incentivo fiscal, incentivar o comércio de produtos locais, incentivar a participação de empresas em compras de produtos do comércio local e incentivar o empreendedorismo. Dessa forma, alavancaremos a economia da cidade, erradicando, assim, a falta de emprego e daremos a finalidade adequada ao Distrito Industrial.

CENÁRIOS - Há anos que Monlevade clama por um espaço para comportar os cães abandonados, enfim. A Prefeitura pretende resolver o problema transformando o prédio projetado para ser o cerimonial do aço em canil. O que vc pensa a respeito?

Hoje, possuímos um canil que não tem as mínimas condições sanitárias de abrigar os animais.Tenho acompanhado a recente obra do novo canil e vejo que muito se deve investir para que aquele local torne-se apropriado para acolher os animais. Frente à decisão do Poder Executivo, torço para que dê certo, apesar de não acreditar que o lugar seja propício, e que a conclusão das obras seja efetivada o mais breve possível. Fiscalizarei e cobrarei sempre. Como gestor, proporia a criação de espaços públicos para que o cidadão pudesse levar seu bichinho, além de promover o programa de proteção animal no município, incentivo à adoção de animais, esterilização gratuita e cadastro dos animais e seus responsáveis.

CENÁRIOS - O que vc pensa sobre o estado de abandono da Escola Santana?
O que faria se fosse vc o prefeito?

Tem se tornado cada vez mais preocupante a situação do prédio. A questão já foi objeto de minha manifestação na Câmara, pedindo providências, entretanto, nenhuma foi efetivamente adotada para solucionar o problema. Solicitei à casa legislativa que encaminhasse oficio ao MP do Estado, dando notícia do fato, também ao Tribunal de Contas, ao Governo do Estado e à Prefeitura Municipal, para que, diante do interesse público, adotasse providências necessárias e imediatas, tais como limpeza do local e cercamento.Ainda pedi que somassem esforços junto ao governo estadual para eventual situação do prédio, dando-lhe destinação de interesse público, podendo ser utilizado como laboratóriouniversitário, espaço cultural, Centro Municipal de Educação Infantil, dentre outros.

CENÁRIOS - Vc acha que a eleição do próximo ano terá muitos candidatos ou a tendência é de no máximo 2 ou 3 candidatos unidos em torno das candidaturas que aglutinarem mais?

Tudo é possível. Espero que nossa cidade seja contemplada com a qualidade de candidatos comprometidos com o povo.        

CENÁRIOS - O PT depois de muitos anos, está fora dos governos federal e estadual. Como conseguir apoio hoje em dia para viabilizar coisas boas pra cidade?

Existem caminhos de captação de recursos que independem de opiniões ou posicionamentos políticos. O que o novo gestor precisa é de uma equipe de secretários qualificados e eficientes nas elaborações de projetos e no planejamento do governo.

CENÁRIOS - Embora nomes tradicionais do PT também sejam citados, vc acha que chegou a hora do BELMAR?

Eu já tenho uma bagagem de 12 anos à frente do legislativo. Quem vai dizer se chegou a hora do Belmar é o povo, nas urnas. Posso dizer é que tenho muita força e vontade de contribuir para o desenvolvimento e crescimento da cidade que amo. Aqui nasci e comecei minha vida pública. O amor que sinto por essa cidade é suficiente para que eu deseje ser prefeito. Acredito que esse é o momento que a cidade precisa de uma nova forma de gestão e somente como prefeito, tenho a possibilidade de fazer aquilo que nossa cidade realmente precisa.