domingo, 17 de março de 2024

AS MENINAS VÃO SALVAR O ROCK

Dizem que o rock anda meio capenga, que os garotos de hoje não querem saber de carregar peso, a não ser na academia. Esse negócio de carregar bateria, amplificador, instrumentos...aff. Preferível virar MCS ou dupla sertaneja. Só precisa de uma base gravada no celular, um boné maneiro, cordões de ouro, músculos esculpidos numa academia e muitas...muitas tatuagens. Uma situação dessas deixa a gente sem dormir né? Ah se não fosse as mulheres. Elas vão nos salvar . As meninas insones vão nos salvar. Surgiu em Monlevade uma banda feminina que está dando o que falar. Quem viu ficou chapado com a energia das garotas que não dormem. The Sleepless é sobrevivencia. E o Bom dia foi falar com as meninas que estão abalando deixando os marmanjos no chinelo. Mas vamos a entrevista...


1) - Por que THE SLEEPLESS?

Bárbara - A banda surgiu no aniversário do Daniel Bahia, ele fez um evento para comemorar chamado “Daniel Bahia convida”, em que ele convidou vários alunos e amigos para tocarem no Shine Crazy Rock Bar e resolveu juntar a gente para tocar duas músicas. A partir daí começamos a pensar em nomes para nos apresentarmos na hora do show. Apenas a Sofia e a Rafa se conheciam. Decidimos o nome quase na hora do show e foi pensando em uma das músicas que iríamos tocar, chamada “Zombie”, então escolhemos algo relacionado a “sem dormir”. Algumas vezes cogitamos mudá-lo por ser um pouco complicado de escrever e pronunciar, porém, já havia pegado!

2) - Como vcs definem o som de vcs?

Bárbara - Definimos nosso som como dinâmico e desenvolto. Tocamos sempre com muita energia para agitar o nosso público.

3) - Daniel Bahia tem cara de ser sleepless também. Qual a importância dele pra banda?

Bárbara - Daniel é nosso amigo, mentor e professor, e também faz algumas participações em nossos shows quando nossa baixista não pode estar presente. Sem ele não existiria The Sleepless.

4) - Quais os nomes dos integrantes? Tem equipe?

Aili Rie - guitarrista

Bárbara Soares - Vocalista
Maria Vilasboas - baixista
Rafa Novy - baterista
Sofia Prandini - baterista
Somos privilegiadas, pois temos duas bateristas. Não temos uma equipe.

5) - Vcs tocam apenas covers ou também compõem?

Bárbara - Por enquanto tocamos apenas covers, mas temos a pretenção de criarmos um projeto de músicas autorais.

6) - Vemos muita gente falando que o rock morreu. Será que são as meninas que vão ressuscitar o rock?

Bárbara - Nos nossos shows vemos várias crianças com os pais curtindo e pedindo para tirarem fotos com a gente. Acreditamos que temos alguma influência, juntamente com os pais de trazer o rock para as próximas gerações.

7) - Vcs tem roadies ou são vcs mesmas que carregam seus amplificadores, cases de guitarra e baixo, bateria?

Bárbara - Nossos pais e no caso da Bárbara, o marido, nos ajudam transportando nossos instrumentos, mas também temos cases de guitarra, bateria e baixo para conseguirmos carregar-los mais facilmente.

8) -Vcs são fieis ao rock ou também gostam de outros gêneros?

Bárbara - Nosso principal gênero é rock, mas algumas de nós também curtem outros estilos, como pop, música clássica e MPB.

9) - Como está a agenda da banda? Vcs tem empresário, tem alguém que faz o marketing, como é a THE SLEEPLESS dos negócios?

Bárbara - Este ano estamos com alguns shows já agendados. Não temos uma equipe de marketing ou um empresário. Nós mesmas criamos nossos posts e agendamos nossos shows.

10) - Deixem contatos para quem quiser conhecer o trabalho de vcs e contratá-las também.


Bárbara - Nosso instagram é @thesleepless.band. Lá vocês podem conhecer nosso trabalho e nos contactar para agendar shows!




segunda-feira, 17 de abril de 2023

TE CHAMAM DE LADRÃO, DE BICHA, MACONHEIRO ...


Ser artista nunca foi fácil. O artista é um rebelde por natureza, mal visto pela sociedade, sempre visto como subversivo, moralmente desregrado. Predomina desde sempre a velha fábula da formiga e da cigarra, onde as formigas laboriosas e moralistas não consideram o labor do artista como trabalho, mas como lazer, diversão. Por isso tem sempre gente rotulando os artistas de vabagundos, bichas, maconheiros. Certos comportamentos sociais são contraditórios. As pessoas vão aos shows, usufruem dos trabalhos dos artistas, mas ainda assim tem aqueles que acham que artista não é profissão. Os bem sucedidos, podres de ricos, são venerados. Mas ainda assim tem-se a impressão de que os artistas vivem em eternas férias, curtindo a vida enquanto os outros trabalham. As pessoas não tem noção do sofrimento dos artistas. No andar de cima até existe alguma fartura. Mas no andar de baixo, os não famosos são humilhados e sub remunerados. E muitas vezes o sujeito hiper talentoso tem de amputar a arte de si.  As vezes o menino nasce com dom pra arte, mas o pai pensa: - ah, meu Deus. Essa profissão não dá futuro pra ninguém. E maldiz o talento, busca provar com argumentos sólidos que não se deve arriscar. Melhor ter emprego normal, ser assalariado ou abraçar profissões rentáveis. E o compele a se formar advogado, médico, dentista, qualquer coisa que o deixe livre do impulso artístico.  Assim como tem a cura gay, tem pai que quer que o filho seja curado da maldição da arte, parar com essa bobagem e partir para um emprego de verdade, desses que a gente trabalha 8 horas por dia, rala e enrica o patrão. E pra completar o calvário, temos o aviltamento do mercado, que valoriza uma sub arte de baixíssimo nível, fisiológica e escatológica, em detrimento da arte reflexiva e arrebatadora. E para o caso da música, temos os DJs, os funkeiros e os VS pra ocupar os palcos e tirar o emprego dos bateristas, baixistas, guitarristas. E isso tudo com a inteligência artificial chegando pra invadir a praia deles também. Mas fazer o que? A gente nasce com o dom e esse dom nos move. E o prazer de compor uma canção ou tocar um instrumento, se não é orgasmo, chega perto. Então, meus caros formigas, abram alas pras cigarras, aproveitem o baile, dancem, cantem e paguem o couvert sem reclamar. Se reclamarem, mando chamar o chefe tamanduá pra dar uma enquadrada em vcs.

sábado, 1 de abril de 2023

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MÚSICA e EM QUASE TUDO...APOCALIPSE DIGITAL?

Tenho visto muita coisa que ainda parece de brinquedo. Mas não tenho dúvidas de que vai evoluir e corrigir os erros ou anomalias. IA é isso. Aprende com os erros, evolui, se aperfeiçoa. Vc disponibilizar sons, samplers pro pessoal ir montando músicas não é novidade. Tem gente vendendo essas coisas como se fosse IA. Tem um enxurrada de aplicações disponibilizadas que por enquanto são incipientes. Mas não tenho dúvidas que vai evoluir até não sei onde. Na China já tem música totalmente produzida por IA que já chegou a 100 milhões de audições. Na Korea tem bandas pop totalmente produzidas por IA, até os clipes. Os artistas não existem. Li numa matéria que muitas gravadoras já estão fazendo isso: fornecendo artistas, vozes, músicas, sem ter de pagar por direitos autorais, cachês, essas coisas. Talvez precisam de nós humanos apenas para consumir música né? Há pouco tempo vi um "especialista" dizendo que a IA fará tudo melhor que o ser humano. Parece que a humanidade desistiu de destruir o mundo pela hecatombe nuclear. Mas o apocalipse pode vir de outro jeito...por obsolescência e inutilidade mesmo. Que me perdoem os otimistas radicais, mas é impossível não nos preocupar com essas coisas. Eu acho curioso...alguns realmente não se importam..até que sentem que alguém vai morder uma fatia do seu bolo...ou comer o bolo inteiro.

quinta-feira, 30 de março de 2023

ARMAS PERIGOSAS...

 

Enquanto isso naquela blitz

- Pois não, seu guarda.

- Documentos por favor...

- Tá aqui ó. Tudo pago.

- Muito bem. O senhor poderia sair do carro por favor?

- Mas seu guarda...tá tudo certo...eu..

- Qual o motivo do medo? Tá escondendo algo?

- Não seu guarda...é que...

- Por favor...saia do carro.

- Tá bom então...

- Bom...deixa eu ver aqui...no porta luva...olha só...

- Ô seu guarda...é só pra minha defesa pessoal.

- Defesa pessoal?

- S..sim. Eu viajo muito sabe?

- Meu amigo. Vc tem noção da periculosidade desse dispositivo?

- Sim. Mas é pra me defender...

- Mas essa arma não é feita pra se defender. Com ela vc consegue roubar sem dar um tiro.

- Espere um pouco. Mas uma arma é feito pra atirar. Que história é essa?

- Não estou falando do revólver, mas desse smartphone. Com um celular bom vc consegue espalhar mentiras e ganhar dinheiro com isso. Consegue xeretar e desgraçar a vida de alguém. Consegue alienar e escravizar milhões de pessoas.

- Puxa seu guarda. É verdade. Mas e o revólver?  Eu tenho licença tudo direitinho.

- Olha só. Revólver perto do celular é brincadeira de criança. Mas as pessoas não estão prontas pra essa conversa. Ninguém se importa.

- Tá certo seu guarda. Celular é uma praga mesmo. Mas posso tirar um self com o senhor? Vou botar no Instagram.

- Claro...

domingo, 19 de março de 2023

ROCK PIRA FLOWER POWER


Um dos maiores festivais de Rock da nossa região pode voltar com mais força. Pra quem não sabe, a cidade de RIO PIRACICABA foi palco de alguns dos Festivais de Rock mais incríveis de Minas. Entre as décadas de 80 e 90 acontecia na cidade o ROCK PIRA, um festival de rock que marcou época. As duas primeiras edições foram na área da antiga chaminé. Na edição de 1989, teve a participação especial do grande guitarrista Português Phil Mendes, do grupo DZB de Nova Era e de João Gera com a sua banda e de várias bandas itabiranas. 
Em 1990 muitas bandas da região também e as participações das bandas Náuplio de Belo Horizonte, Poseidón e Apolium de Itabira e mais uma vez contando com a brilhante participação de Phil Mendes. Em 1991 também foi histórico. Participaram novamente as bandas Apolium de Itabira , DZB de Nova Era e Náuplio de Belo Horizonte, mas teve outras atrações especialíssimas, como a banda Kaya Devas, com seu rock progressivo e letras viajantes, a banda Tatwa, cover de Cazuza e Barão Vermelho, Performance Band, cover do Pink Floyd a banda República dos Anjos, Católicos Protestantes, Express Band, Kamasutra e  Fernanda e 3 do povo, que foi um espécie de prenúncio do PATO FU. Nesse festival houve o encontro da Fernanda com Ricardo Koktus, que toca com ela no Pato Fú até hoje e com o John Ushoa, com o qual inclusive se casou. Ah...uma coisa interessante também é que Bob Faria, hoje comentarista da 98 fm, que já foi da Rede Globo, também participou com sua banda Sustados por um gesto. Foi realmente um festival inesquecível, que colocou Rio Piracicaba no mapa do rock e abriu espaço para muitos artistas. Tudo graças ao Dindão, que tomou frente e fez acontecer. 

POSSIBILIDADES DO ROCK PIRA EM 2023

O prefeito Augusto Henrique tem feito uma administração destacada , revolucionária e disruptiva. Um prefeito que fez a diferença através de flores merece respeito. Enquanto o mundo faz guerra, Augusto Henrique oferece flores para sua gente, pra quem passa ou visita. Claro, espera-se de um prefeito muito mais que isso. Espera-se que todos os setores funcionem, mas já é um bom caminho . Nunca vi em toda história Rio Piracicaba tão linda. De fazer inveja em toda a região. Tivemos algumas conversas iniciais e deveremos nos encontrar em breve pra conversar a respeito.

RIO PIRACICABA TÁ VIVENDO UMA ÉPOCA FANTÁSTICA


Quem passa por Rio Piracicaba de carro tem um choque de qualidade. A cidade está muito bem cuidada, com empreendimentos interessantes, provavelmente a que mais se desenvolveu na região nos últimos anos. E tem espaços bem legais pra fazer eventos excelentes. Tem o palco na área central, caso o evento seja gratuito. E tem o parque de exposições, que também tem ótima estrutura e um palco excelente. Com uma curadoria bem estruturada, dá pra fazer um evento muito  bom, com shows de qualidade, dentro da realidade financeira possível, para um estilo que não morre.  

ROCK PIRA FLOWER POWER

Uma ideia que junta o rock, que sempre foi revolucionário, à revolução das flores( power flower) que fez a diferença em Rio Piracicaba. Creio que juntar as duas coisas vai ser bem legal. A ideia tá lançada. Fiquem de olho nos próximos capítulos...



quarta-feira, 1 de março de 2023

GUARDIÕES DO RIO - EXPEDIÇÃO PIRACICABA

A Expedição pela vida do rio está de volta

Uma iniciativa fantástica de instituições e pessoas que tem uma relação de profundo respeito com o RIO PIRACICABA, que afinal de contas, tem sido fonte de vida para diversas gerações. Nossas cidades se desenvolveram a partir do Piracicaba, e a expedição tem como objetivo exatamente saber como anda a saúde do rio e o que precisa ser feito para minorar seus problemas, para que continue sendo fonte de saúde e saciedade para os povos do médiopiracicaba. 

A pré mobilização para execução da segunda fase da Expedição Piracicaba Pela Vida do Rio, que acontecerá entre os dias 18 e 25 de março, dentro das comemorações da Semana da Água 2023 na Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, teve início no hidro território, com adesão total dos municípios já visitados.

A primeira cidade contemplada foi Catas Altas, quando uma comitiva, formada pelos jornalista Geraldo Magela Gonçalves Dindão, editor do Tribuna do Piracicaba - A Voz do Rio, Paula Magali da Agência Prefácio e pelo presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra, foi recebida pelo prefeito Saulo Morais, pela controladora interna Thaís Lana Motta e pelo coordenador de meio ambiente Matheus Nazareth.

Na oportunidade os membros apresentaram todos os detalhes dessa segunda fase do trabalho, recebendo o total apoio do chefe do executivo catasaltense, cuja cidade é um berçário de águas.

Da mesma forma, em seguida, a comitiva seguiu para Mariana, onde também na sede do executivo municipal da cidade, representantes do município, juntamente com o prefeito Edson Agostinho de Castro Carneiro e a secretária de meio ambiente Denise Almeida, receberam as propostas para a realização do “Seminário das Águas” na cidade e conheceram a segunda fase do projeto, abraçando também a causa. 

Lançamento

Em Ouro Preto, local onde acontecerá o evento de lançamento da expedição, o secretário municipal de meio ambiente, Francisco de Assis Gonzaga, juntamente com a secretária de educação Déborah Etrusco e os staf´s das secretarias, participaram de uma produtiva reunião junto à comitiva, quando ficaram acertados data ficando o dia 18 de março, o horário, às 15 horas e o local, sendo o anexo do Museu da Inconfidência na Praça Tiradentes o ponto escolhido para sediar o evento.

Nessa terça-feira a comitiva segue para Santa Bárbara, Barão de Cocais e continua descendo a bacia.

Fase 2 - Diagnóstico

Após a Fase 1 da Expedição Piracicaba Pela Vida do Rio, que ocorreu entre os dias 26 de maio a 5 de junho de 2019 e coletou material para análise nas 21 cidades, a coordenação do projeto prepara mais uma vez para percorrer a Bacia e apresentar os resultados desse trabalho promovido pelo Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio e o CBH Piracicaba.

O trabalho técnico científico realizado sob a coordenação da UNIFEI / PROFÁGUA - ANA ainda com apoio da UFOP Ouro Preto, do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) de Belo Horizonte e SAAE de Itabira, se apresenta como o mais elaborado diagnóstico sobre as condições hídricas da bacia já realizado.

Esse trabalho, que foi possível graças aos pioneiros que desenvolveram pesquisas semelhantes, como o nosso antecessor e conselheiro, engenheiro ambiental Cláudio Bueno Guerra, nos dará uma visão real de quão impactados estão nossos rios e nos indicará qual melhor “remédio” para revitalização de toda bacia.

Seminários das Águas

De posse do diagnóstico da bacia, será apresentado às cidades quais problemas pontuais afetam a qualidade e a queda no volume das águas – quais setores responsáveis por cada situação e diante essa exposição convidar a todos os envolvidos a buscarem juntos soluções para mudar o atual quadro.

Todo esse debate acontecerá durante a realização dos “Seminários das Águas”, que acontecerão nas cidades que compõem a bacia.

Concluindo a pré mobilização a coordenação estará divulgando todo o programa e cronograma dessa nova empreitada.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

REFÉNS DA NUVEM


REFÉNS DA NUVEM

E eis que migramos todos pra nuvem. Mas que danada de nuvem é essa que ninguém vê mas comporta tudo? A música tá lá, os filmes, a literatura, as nossas conversas e micro-debates no facebook, no zap, nossas fotos, o que comemos, o que vestimos, por onde andamos. Nossos rastros esculpidos na colossal e infinita caverna. E qual o lugar da arte nessa imaterialidade toda? Eu sempre achei curioso o termo patrimônio imaterial. Mas como tudo na nuvem, até a palavra patrimônio perdeu o sentido. Tá lá a nuvem colossal sobre nossas cabeças.  Eu fico até pensando. As novíssimas gerações leem livros físicos? A cada dia menos né? Vai tudo ficando pra trás, livros, cds, k7s, papéis e revistas, jornais, gibis. A galera acessa tudo nos seus smartphones. Uma saraivada de assuntos, pouco conteúdo profundo, muita opinião rasa, pouca razão. O mundo em 10 segundos. Eu fico pensando no pessoal das artes plásticas. Como ficam as texturas, as tintas, a madeira boa pra escultura, a argila? Como fica o tangível, as formas, os volumes? Não, isso não funciona na nuvem. Mas tem outras artes, artes gráficas, 3-D, instalações artístico-tecnológicas,modinhas voláteis até a próxima modinha. E como fica o cinema? Uai...tudo no streamming. Tudo na telinha. O que já foi feito e o novo. Atemporal, mas instantâneo. A cada dia o mundo pede mais velocidade e otimização de tempo. Quem conseguir fazer filmes de 30 segundos vai bombar no mercado. Menos é mais. Tudo é demais. E a novilingua vai se expandindo. E a música? Essa foi totalmente aviltada primeiro pelo CD, depois pelo wave, mp3 internet e hoje em dia, na nuvem. As pessoas não tem nem parâmetros pra avaliar qualidade sonora. Ninguém liga. As pessoas comuns ouvem em suportes menores, nos celulares, pequenas caixinhas sem grave. Alguns ouvem com fones, mas a grande maioria tem como suporte apenas seus smartphones. Para os músicos, céu e inferno. Detesto ficar rezando o mantra de que antigamente era melhor. Mas até que era realmente legal quando os graves eram graves, quando havia liberdade para solos de guitarra, a música não era nem sincada nem formatada em células de estrofe refrão. Isso quando não é só refrão. Pro tiktok só precisa de alguns segundos de música pra fazer coreografias e mímicas engraçacinhas. Existem diversas plataformas para vc divulgar seu conteúdo. Se pagar, tem probabilidade de chegar em muita gente. De forma orgânica fideliza mais, porém gasta muito mais energia e o prazo é bem maior. Vai depender do conteúdo. Se for bom e tiver relevância, o público ajuda a carregar. Mas o músico não tem mais algo palpável pra vender. Quando ainda tinha CDs ou Lps havia materialidade e produto. Na área da dança, muitas dificuldades pelos motivos da maioria dos esportes e da música. Tem a prática individual que pode ser praticada em particular. Mas tudo que é coletivo vem sendo execrado. A humanidade usa a NUVEM como um gigantesco HD. Fico imaginando se esse HD queimar...ou for formatado...