Se botarmos na balança, cada um
vota em si. O sujeito se faz a seguinte
pergunta: minha vida melhorou ou piorou? Se a resposta for: melhorou, não vai
querer mexer em nada. Em time que tá ganhando a gente não mexe. Mas se a vida
não melhorou, muito pelo contrário, o
indivíduo quer mudar e vota na mudança. Ai é que está! O resultado da eleição é
o saldo dessa equação. Se a maioria da população está satisfeita, ganha a
continuidade, se não estiver, mudam os atores. Simples assim! Há mudanças
profundas nas camadas sociais do país. A
classe média, como sempre pagando o pato. Paga a conta dos ricos e banca a
escalada social das classes emergentes. Por isso, um certo levante das classes comercial e empresarial e a
adesão de tantos profissionais liberais em dificuldades. Esse é o mundo mágico
do PSDB, do PTB, do PR e de alguns partidos que já foram de esquerda como o PSB
ou até o PV. Ganhar esse jogo político é
fundamental pra mudar ou manter a maré econômica. A barriga cheia, a TV de LCD,
o carro na garagem e a melhoria de vida da grande maioria da população passa
uma impressão de que as coisas vão bem. Nada a ver com a política das
prefeituras, mas com a cultura do consumo e dos confortos da vida moderna. Isso
pode redundar em sentimento de satisfação e continuismo, sem que haja um
questionamento crítico. Não sei se o povo tem a percepção de onde vem a
melhora, se vem em decorrência das ações da administração municipal, estadual
ou da união ou se decorre das grandes ondas do capitalismo, que ora estão no
norte, ora estão no sul e a grande roleta vai girando. Os pensamentos só
reforçam a tese de que cada um vota em si. O conjunto desses sis é que decide a
eleição. Quanto mais sis satisfeitos, mais votos.
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