quinta-feira, 28 de julho de 2011

BR 381 e as NORMOSES

Vivendo e aprendendo. Mais uma do livro do Raphael Godoy. Ele aprendeu nas aulas de Semiótica. Eu aprendi no livro dele. Não me era familiar a palavra, mas parece que já conhecia. Já fiz até música à respeito, mas não sabia que havia uma palavra para definir a coisa. Sabem o que é normose? É aquela tendência que temos, principalmente numa sociedade multifacetada como a nossa, de considerar normais certas aberrações. Por exemplo, quando vemos a noticia de que um político roubou milhões que seriam para duplicação das rodovias, pensamos: Políticos roubando? Ah! Mas isso é normal. Também quando ficamos sabendo que mais uma família morreu num acidente na Br 381  pensamos: mais um acidente com vítimas fatais na Rodovia da Morte? Ah. Mas isso é normal. Com relação à essa Rodovia da Morte, resta-nos quebrar, destroçar, alertar, ridicularizar essa normose. Isso não pode ser normal mais. Seria como sermos coniventes com a atrocidade. Precisamos reagir enquanto cidadãos. Existe esse show do dia 16 de agosto. Confesso que estou ao mesmo tempo ansioso e desconfiado. Parece que essa estrada tem uma maldição de adiamentos que extrapola tudo. Estou ficando com medo desse hiato de tempo no meio de sua realização e estou muito distante da organização em si, sem maiores informações. Existem entraves burocráticos e legais no meio e não sei como o pessoal está tratando essa questão. Oxalá tenham pensado nisso, senão, pode ser que o próprio governo ou o DNIT, vetem a sua realização com respaldo legal. O pior é que a maioria vai enxergar como Normose. 

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