No grupo "Viva 381" do Facebook rolou
uma discussão muito interessante sobre a BR. Venho reclamando há tempos que
os governos sempre adiam a danada da duplicação. Mas começam a aparecer pessoas
que defendem a ideia de que o principal problema é a imprudência. Esta semana
um debatedor, o Luthier Victor Vianna, fez algumas considerações interessantes.
Ele afirmou que a BR está em excelente estado de conservação, com asfalto sem
buracos e bem sinalizada. Ele diz cortar a BR direto de moto e parece ter grande
conhecimento a respeito. Segundo sua avaliação, o principal problema é mesmo a
imprudência. Ainda do seu jeito irreverente e sarcástico, ele sugere o
seguinte: que seja adotada uma medida de educação no trânsito a partir de
punições severas, instalação de dezenas de unidades policiais ao longo da
rodovia em pontos estratégicos, que permitam a fiscalização severa, que seja
feito o cumprimento da lei incluindo multas pesadas, pontuação na carteira e
transtornos da ordem de retenção de CNH, o que faria com que o condutor tivesse
mais despesas e dor de cabeça com reboque, uma vez que não poderia mais sair
dirigindo o veículo com a CNH retida. Talvez sejam necessárias pequenas
alterações no Código de Trânsito Brasileiro para a efetividade de uma ação como
essa. Seria a chamada Educação Punitiva. O Victor é radical e não acredita em
discursos bonzinhos, em campanhas light cheias de palavras bonitas. Pra ele o
que funciona é o sujeito aprender pela dor e com prejuízo no bolso. Realmente a
questão educacional no Brasil é muito mais profunda do que se pode imaginar.
Não é só escola com carteiras, livros e quadro negro ou branco. É quase uma
questão de adestramento para a civilidade. Não podemos nos esquecer que somos
animais... uns mais que os outros. O Victor também pensa que não podemos
debitar tudo na vida ao governo. É uma mania nacional mesmo, em todas as
instancias (o sujeito joga o lixo na rua e pensa: - Ah, quem tem de cuidar
disso é a prefeitura). Não é a rodovia que mata, mas as pessoas que não a
utilizam da maneira correta. Eu gostaria de ouvir outros técnicos, psicólogos,
sociólogos, outras perspectivas. Existem questões psicológicas envolvidas. O
sujeito que tem um carro que faz 240 km por hora fica doido pra testar os
limites. Tem pessoas que são ansiosas além da conta. Além do mais, existem as
pulsões paranóides, os suicidas em potencial, todos soltos com roletas russas.
Só que vão pro inferno e levam gente inocente junto. Mas como disse o Victor,
imprudência e diabetes não tem cura, mas podem ter controle. O sujeito às vezes
não tem medo de morrer, mas tem medo de multa. Então, educação punitiva pode
ser realmente a melhor alternativa. Não podemos nos esquecer que além da
imprudência, acontecem as imperícias. Aí advém outra questão. A lógica
capitalista. Mil montadoras se instalaram no país. É imperativo vender
automóveis pra girar a economia. A indústria das carteiras também é uma
realidade. E é claro que a lógica capitalista continuará se impondo. Neste
sentido, como a prioridade é vender carros, melhor não haver muita
fiscalização, pois pode inibir o consumo. Imagino quantos lobbystas da
indústria automobilística existem no congresso. Pra completar o quadro, quase
ninguém se considera inapto. O sujeito aprende a fazer uma baliza e já se acha
foda. Mas dirigir em BR é outra história. Rogério Rosa também faz um comentário
interessante. Uma coisa que justifica a duplicação é o progressivo número de
veículos e os constantes engarrafamentos em função de defeitos nos caminhões e
outros veículos. Aliás, o tanto que os caminhões caem nas valetas é uma festa.
Na última viagem que fiz haviam 3 caminhões de rodas para o ar. Já li em muitas
reportagens que os acidentes acontecem com mais frequência em alguns trechos da
rodovia. Então algumas ações pontuais podem ajudar a diminuir os acidentes. Uma
delas seria fazer um do-in, estudar os pontos de maior incidência e proceder
algumas corretivas. Outra seria instalar barreiras de proteção em alguns pontos
de maior incidência de choques frontais. Imagino que a Polícia Federal tenha
essas estatísticas. Mas enquanto vou escrevendo, a turma vai debatendo na
internet e chegou mais uma mensagem do Victor Vianna. Ela diz o seguinte: Se
todo mundo dirigisse de forma prudente, não aconteceriam mais as ocorrências
que fariam necessárias as obras de duplicação, retraçado e barreira física
central, haja vista que essas obras serviriam para remediar os acidentes
causados pela imprudência. Sem imprudência não há acidente, e sem acidente, não
há necessidade de realizar nenhuma obra. Então tá certo, Victor Vianna. Vamos
por essa linha. Moralizar a BR 381 deve ser a meta. De tudo isso conclui-se que
o que está faltando é atitude. Se o governo realmente quiser, com uma mudança
de atitude, radicalizando a fiscalização, multando com rigor e tomando as
carteiras dos loucos da estrada, rapidinho diminuirão. Resta saber se haverá
vontade política pra isso. O que foi feito até hoje não deu resultado. Duplicar
tá cada vez mais distante. A Educação Punitiva então se apresenta como o
possível num curto espaço de tempo. Outros amigos passaram ideias
interessantes. Um pouco antes de fechar, meu amigo Weber levantou uma questão
interessante. Se o limite de velocidade no país é de 120, como é que os
velocímetros dos carros vão até 240? Não deveriam vir limitados de fábrica? Os
limites podem variar ao longo de uma mesma rodovia, de acordo com as
características de cada trecho. Trechos em declive ou com curvas perigosas
geralmente impõem limites de velocidades de 80 km/h ou, em alguns casos, 60
km/h. É o caso da nossa 381. Mas vai convencer um cara com um Corolla que ele
tem de andar dentro do limite. Mas o assunto é polêmico mesmo e demanda muita
discussão. Que tal o pessoal da Polícia Rodoviária, da sociedade civil
organizada, SEVOR, DNIT, a bancada da 381, AMEPI, entre outras, se sentarem pra
conversar à respeito?
quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
LABIRINTOS VIRTUAIS
Bonecas sem pernas e braços, soldados sem cabeças, carrinhos sem rodas. A criança que existe em nós enjoa dos brinquedos, os destrói e depois abandona, desde os primórdios. Venho reparando que tem muita gente debandando do mundo virtual, principalmente do facebook. Aconteceu com o orkut e com outros modismos. Num primeiro momento, muitos botam a culpa nos conteúdos, na poluição virtual, no tempo que nos rouba. Mas acho que existe algo além. Há um cansaço , uma sensação de inutilidade no tempo virtualizado. Há pouco proveito objetivo, como quem passa o tempo jogando playstation. Há diversão, mas só com lazer, ninguém avança. Com tantas tentações sobrevem atrasos, desperdício de tempo e alienação. As pessoas enveredam pelos labirintos, portas e janelas e deixam a vida esvair por tantas frestas. Há ainda a falta do contato pessoal, do olho no olho, dos afagos, carícias, conversas fortuitas, acenos, expressões. Em algumas familias, cada membro vem se tornando uma ilha, cada um com um note ou desktop em seu canto. Se um quiser falar com o outro, terá de ser pelo msn. Vendo pelo lado positivo, não há como negar. A net é um grande barato, talvez a maior importante invenção dos últimos milênios, mas tem lá seus inconvenientes. Se usada como instrumento, pode quase nos teleportar. Se não transporta a matéria, leva a essência de um ponto remoto ao outro. Não estou aqui de modo algum pra atacar a internet e suas ferramentas. Nem o face, que usado de forma inteligente é uma poderosa ferramenta de comunicação. Mas aí é que está o paradoxo. Também tem algo de perverso, de exibicionismo paranoide. Quem dera Freud estivesse aqui pra analisar esse confessionário onde as pessoas alimentam seus egos famintos ao mesmo tempo que expõem o que tem de bom, ao mesmo tempo que os rapazes exibem seus biceps e barrigas tanquinho e as meninas exibem a silhueta na última ida à praia ou a piscina do clube. Para as novas gerações é um caminho sem volta. Para nós que vivemos a transição do analógico pro digital, ainda temos parâmetro para analisar criticamente. No momento, estou pensando em maneiras de me desintoxicar e viver mais no real que no virtual. Não pretendo me afastar da net. Só diminuir um pouco o tempo que passo defronte ao computador.E você? Também é um confesso dependente?Também está querendo diminuir a dosagem?Também está querendo encontrar o caminho e escapar dos labirintos virtuais?
ANJOS E DEMÔNIOS
Tem hora que dá um grande desânimo e quase perdemos a fé na humanidade. São tantas as traições, falta de reciprocidade nas relações, decepções, tanta vaidade desmedida, que vamos endurecendo os corações, levando a vida na aspereza, conformados com a inóspita vida em sociedade. Dá uma baita vontade de fugir, de nos refugiar no mato, no alto de uma montanha, em qualquer lugar longe de tudo. Mas eis que nesses momentos, em meio as nuvens escuras, em meio à desesperança, aparecem anjos, pessoas benfazejas, que nos recebem com sorrisos, que põem ordem no caos, nos acolhem, nos direcionam para a luz. Infelizmente, nos embates do dia-a-dia, convivemos mais com demônios, muitos deles disfarçados, convenientes e totalmente destituídos de qualquer ética que não seja a vantagem pessoal. Além do mais, os demônios gostam de aparecer e o mal sempre encontra mais espaços na mídia. Tanto que as más notícias dominam as pautas dos jornais e outras mídias. Há algum tempo um amigo muito sábio me falou: - Martino, o que vamos fazer, meu amigo? O mal triunfou! Na época fiquei aterrorizado. A afirmação vinha de um sujeito do bem, um rochedo, uma fortaleza. Mas ele estava num momento de submersão num mar de lama. A peleja do diabo com o dono do céu não para. É a lógica do universo. A questão é que o mal dá mais ibope, notícia ruim dá mais ibope, quanto mais baixo o astral, mais ibope. Os canalhas continuarão sendo idolatrados e os mártires queimados ou crucificados. A humanidade não aprende. Dos anjos, só nos lembramos nas necessidades, quando os convocamos para nos salvar dos apuros. Agora vejam vocês. Minha ideia era escrever pra homenagear esses anjos que aparecem para nos lembrar que não existe só o mal no mundo. Mas até eu cai na armadilha de abrir espaços para o mal. O advogado do diabo me diria: - O que é isso, meu brother? Tem esse negócio de bem e mal não...é sobrevivência e ponto final. Aí é que mora o perigo. O diabo é gentil e sedutor. Há quem duvide da existência da sua existência e ele conta com isso. Também há quem duvide dos anjos, mas eles também existem, graças a Deus. Alguns que conheço não tem asas nem são etéreos. Muito pelo contrário: são encarnados...e encantados.
domingo, 27 de maio de 2012
RAIMUNDOS: MUITO MELHOR DO QUE EU IMAGINAVA
Cheguei ao local do show quase à meia noite e tava rolando o desfile de modas. Dei uma volta e não encontrava ninguém conhecido. Um povo diferente. Fiquei caminhando de um lado pro outro. De repente ouvi à esquerda um som diferente e localizei o stand do Daniel Bahia. Ai me encontrei Julio e Fábio Sartori e depois a onipresente Lutécia. O público, em sua maioria de camisas pretas começava a se irritar com os desfiles. O povo queria era rock. Nos surpreendemos com um dos desfiles. As meninas vinham desfilando com colants pretos e ninguém entendendo nada. Até que alguém nos esclareceu que o desfile era de óculos. Lindos óculos, mas era difícil enxergá-los por causa das beldades que desfilavam suas belas silhuetas. Gostei do Diego como apresentador. Tem bom humor e jogo de cintura. Finalmente chegou a hora do show. Thiaguinho do Infocus me alertou: - Nossa, o som deles é alto sem noção. Por causa do aviso, me preparei. Quando começou, realmente o som foi uma pancada, mas eu já estava preparado e sou daqueles que gosta de som de rock alto mesmo. Confesso que temia ir ao show dos Raimundos e me decepcionar, acostumado com a estética da banda com Rodolfo e Cia. Mas sinceramente? Gostei pra caramba do novo formato. Se bem que preferia que o Digão não tocasse guitarra, mas só ficasse como band lider. O cara parece o incrível Hulk no palco. Se fosse ele, até pintava o corpo de verde. O cara tá muito forte e tem um visual imponente. Quando toca guitarra, o show perde em mobilidade, a banda fica estática no palco. Mas isso é coisa pra banda resolver. Alguns acontecimentos eu achei engraçados. Antes do show começar houve um improvável desfile dos seguranças no palco. A Lutécia gravou tudo. Mas quando o show começou, houve um incidente chato envolvendo os seguranças. Primeiro porque algumas pessoas portavam garrafas e outros objetos próximos ao palco e a banda não subiria ao palco se tivesse algum risco. Depois, quando começou o show, o público ficou enlouquecido e malucões subiram ao palco. Como o teor alcóolico era alto, alguns caras perdem a noção, sobem ao palco e atrapalham o show, colocando em risco a integridade física da banda. Os seguranças tem de entrar em ação rapidamente. Os caras se negam a descer. Teve um que estava tão maluco que continuava a dançar mesmo quando carregado pelos seguranças. A banda ficou meio desconcertada, mas o Digão não aliviou. Ameaçou que se o povo continuasse insistindo, teriam de encerrar a apresentação. Os caras já tem experiência. O som que fazem realmente mexe com as pessoas e imagino que devem ter enfrentado barras muito mais pesadas. A banda está muito firme. O guitarrista e o batera são muito bons. Musicalmente estão numa excelente fase. Muito legal também a onda de misturar rock com baião. Eu não havia percebido isso com tanta clareza como no show. O triângulo é um instrumento importante no show dos Raimundos. Ressaltando, gostei muito do Digão segurando a onda como vocalista, mas sem tocar guitarra.Pra ser sincero,devo acrescentar que o show começou num ritmo alucinante. O inicio foi matador, de PD mesmo. Mas depois de algumas músicas parece que o pique caiu, houve um decréscimo na energia, no fôlego, no preparo físico da banda. Não sei se depois voltaram ao mesmo pique. Fui embora pouco depois que tocaram Mulher de fases. Não é das músicas que mais gosto. Prefiro as coisas mais hardcore, principalmente as que tem influências nordestinas. Percebi depois que perdi muita coisa. Não ouvi a minha preferida, o hino EU QUERO VER O OCO. Vi que perdi também a participação do meu amigo Marco Aurélio do Infocus. Aliás, a minha maior satisfação foi ver o sucesso do show, pois torço pra caramba pro Marcão, um sujeito raçudo, que não acredita em bola perdida, trabalha muito e merece todo sucesso. Que venham outros...
sábado, 26 de maio de 2012
VIVA 381
Embora tenha consciência de que a turma está começando a enjoar da poluição de opiniões no FACEBOOK, ainda assim resolvei criar o grupo VIVA 381. É que percebo que tem muita vida inteligente também e com uma boa capacidade de articulação. No mundo inteiro, os movimentos pelo face tem feito a diferença. É só tomarmos cuidado para não cairmos no conto do estouro de boiada e embarcarmos em campanhas falaciosas, induzidas pelos marketeiros de plantão. Quanto a 381, algumas questões estão colocadas lá. Por exemplo: quais ações efetivas poderemos tomar? Poderíamos propor a criação de uma BANCADA DA 381, com a participação dos políticos que se relacionam com a região. Podemos criar campanhas educativas, juntando as instituições que operam na BR, como o SEVOR, a POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, AMEPI, Prefeituras dos municípios, etc. Mas pra isso, as lideranças, os sites, os jornais, as rádios precisam aderir e fazer a sua parte. E então? Acha que o VIVA 381 é uma boa causa? Então vamos a ela...o GRUPO VIVA 381 NO FACE É O http://www.facebook.com/groups/340379342697681/?bookmark_t=group
sexta-feira, 25 de maio de 2012
ROCK NA RUA GOSPEL
Chegou a vez das bandas cristãs. Aliás, a terminologia é outra. Os grupos musicais de louvor chamam-se Ministérios. No FestiAço tivemos a oportunidade de conferir a alta qualidade do Ministério "Nos Atrios". No Rock na Rua Gospel teremos diversos artistas mostrando sua música de inspiração divina. Nos próximos dias pretendo conversar com o pessoal dos ministérios, para conhecer um pouco sobre cada trabalho e compartilhar com vocês. No outro mês retorna o rock na rua convencional, com banda laicas. A edição Gospel será uma excelente oportunidade para conferirmos a qualidade de alguns artistas que se dedicam a difundir a cultura cristã em nossa região.
Xuxa acabada???
Estava na padaria comprando pãozinho pela manhã, quando ouvi o seguinte diálogo:
- Nossa, você viu a Xuxa no Fantástico?
- Vi, coitada né?
- Pois é...ela contou que foi abusada sexualmente.
- Mas não estou falando disso. Eu falei coitada porque ela está muito acabada...
- É mesmo. Ela já caiu do galho. Já tá na hora de aposentar.
As duas mulheres que conversaram chegaram ao caixa, pagaram e foram embora. Mas dois senhores que estavam na fila continuaram o assunto:
- Xuxa acabada? Ela ainda dá um caldo não acha?
- Ô...podia bem fazer uns programas pros altinhos.
- Tá certo que não tem mais cara de paquita, mas tá bonita e vai continuar bem cuidada pelo resto da vida
- Mas ela é lógico que vai continuar formosa. Ela tem os melhores cabelereiros, maquiadores, esteticistas, manutenção permanente. Ela deve ter até pererequista.
- Pois é. Gente rico não fica velho, fica vintage. Implanta dentes novos, espicha a pele, compra roupas e perfumes caros e faz muitas compras. Terapia de rico é comprar. Sabia disso?
- Pois é. Pra nós, ter a pia é só quando a gente compra uma e instala no banheiro. Mas temos nossas táticas também. Pra careca, chapéu e boné. Pra bangueleza, dentadura, Roth e ponte. Pro vestuário, lojas de 10 reais. A gente se vira pra ficar menos feio.
Os dois também chegaram ao caixa e pagaram...mas dois adolescentes que ouviam a conversa emendaram...
- Viu aqueles dois criticando a Xuxa?
- Vi sim. O povo fica criticando, mas eu gosto dela.
- Eu também. Ela dá um caldo ainda.
- Você tá falando sério? Eu acho ela bonita, mas já tem 49...
- Ah...eu não ligo pra isso não. Acho ela muito sensual. Além do mais...ah...deixa pra lá.
CHEGARAM AO CAIXA E ENQUANTO PAGAVAM, CONTINUAVAM A CONVERSAR
- Deixa pra lá, nada. O que foi?
- Você já viu aquele filme dela?
ELE FALOU ENQUANTO IA PAGANDO NO CAIXA
Já ouvi falar. Mas o que é que tem?
OS DOIS SAINDO DA PADARIA ...EU JÁ COM O DINHEIRO CONTADINHO PRA PAGAR E NÃO PERDER O RESTO DA CONVERSA SAI ATRÁS DOS DOIS...
- Ah cara...ela pega um cara da nossa idade, saca?
- Mas ela era mais nova, né...
-Isso não tem importância alguma. Hoje ela tem uma coisa muito mais importante que é a fama.
-Mas Meu pai tem um ditado que diz que a fama não se leva pra cama.
-Pode até ser, mas hoje ela tem uma montanha de dinheiro. Pelo que fiquei sabendo, só de carro ela tem uns 40.
-Ah...mas ela não faz a minha cabeça não. Prefiro a Jéssica que estuda lá no Luiz Prisco. Aquilo é que é menina sexy.
- Ah...você é mais romântico. Pra mim, a coisa mais sexy que existe nesse mundo é o dinheiro.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
A presidenta e a polêmica vernacular
Qual a sua opinião? A atual presidente gosta de ser chamada de presidenta. Tem mulheres que são a favor, acham que dá mais empoderamento à mulher.Já tem gente que acha feia a palavra presidenta. Pois recebi um texto pela net que tinha de compartilhar com vocês. Trata-se de uma carta que vem sendo difundida na internet. O texto é jocoso, as vezes até um pouco desrespeitoso. De qualquer maneira, trata-se de um assunto que gera controvérsias até na esquerda, Ninguém tem de aprovar tudo só por fazer parte de um grupo político. Errar, todo mundo erra. Até a presidenta. Reconhecer e reparar é ter humildade. Artigo raro. Mas vamos ao texto...
"SUA EXCELÊNCIA, A SENHORA PRESIDENTA DILMA"Agora, o Diário Oficial da União adotou o vocábulo presidenta nos atos e despachos iniciais de Dilma Rousseff.As feministas do governo gostam de presidenta e as conservadoras(maioria) preferem presidente, já adotado por jornais, revistas eemissoras de rádio e televisão, afinal os veículos de comunicação têm a ética de escrever e falar certo.* * *Na verdade, a ordem partiu diretamente de Dilma: ela quer ser chamada de Presidenta. E ponto final.Por oportuno, vou dar conhecimento a vocês de um texto sobre este assunto e que foi enviado pelo leitor Hélio Fontes, de Santa Catarina, intitulado “Olha a Vernácula"Vejam:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.
Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz a estudante, e não "estudanta"; se diz a adolescente, e não "adolescenta"; se diz a paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizantas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta."
Assim ela pareceria mais inteligenta e menos jumenta.
MONLEVADENSE PARTICIPA DA BIENAL DO LIVRO de MINAS
O Escritor Monlevadense Ledinilson Ribeiro representa Monlevade na Bienal do Livro de Minas. O curioso é que lança o seu livro portais, que tem abertos os "portais" do mundo. pra ele.Trata-se do primeiro livro de uma trilogia, que conta a história de um grupo de universitários que tinham uma vida perfeita na cidade Ouro Preto – MG, quando descobrem que descendem de clãs superpoderosos. Reféns dos seus destinos, eles se unem à filha de um grande inimigo para tentar abrir os Portais, antes que alguém o faça e coloque a humanidade em risco. Para isso, terão que juntar as peças de um grande quebra-cabeça, enfrentando os desafios impostos em suas vidas e ao mesmo tempo desenvolver seus poderes.
Os personagens dessa trama vão percorrer diversos países – Brasil, Canadá, Bélgica, Holanda, França e República Tcheca – em busca de pistas para os Portais e com a companhia de guardiões que, a princípio, teriam a missão de protegê-los, mas...
Portais leva o leitor a viajar para outros mundos, decifrando enigmas e mistérios. A proposta do livro é inquietar o leitor, com uma narrativa repleta de ação, suspense, mistérios, grandes amores, fortes amizades, traições e descobertas.
Bienal do Livro de Minas – 26 de maio (sábado), de 10h às 21h.
Autor – Ledinilson Ribeiro Moreira
Quantidade de páginas: 316 / ISBN: 9788591153503
Preço Especial na Bienal: R$25,00
E-mail – portais@portaisolivro.com.br
Sobre o autor
Nasceu em João Monlevade, Minas Gerais. Morou durante anos em Ouro Preto, Recife e, atualmente, vive em Belo Horizonte. Teve a oportunidade de conhecer todos os países onde foram encontradas as chaves dos Portais – Canadá, Bélgica, Holanda, França e República Tcheca.
É formado em Computação, com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, possui passagem pelo Mestrado em Telecomunicações no Inatel-MG e intercâmbio em Toronto, no Canadá. Atualmente é professor na instituição de ensino Utramig, em Belo Horizonte, e gerente comercial na empresa Microcity.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
ENTREVISTA COM A PRODUTORA SAMIRA LIMA
Tive a hora de entrevistar a produtora SAMIRA LIMA, que balançou a cena cultura de João Monlevade durante um bom tempo. Suas produções, principalmente no Sindicato dos Metalúrgicos, foram importantes até para a configuração da cena atual. Muitos artistas que hoje figuram na cena musical monlevadense começaram nos eventos montados pela Samira, principalmente os Tributos, onde os artistas mergulhavam nas obras de artistas conhecidos e faziam de um jeito todo especial. Samira contou um pouco da sua história, falou das dificuldades em produzir cultura, abriu um pouco o seu coração. Mas chega de introdução. Fiquem com a entrevista.
MARCOS MARTINO: Você passou uma temporada aqui em Monlevade, marcou a produção cultural na cidade e depois partiu para o Rio de Janeiro. Você é de onde? Conte um pouco a sua história.
SAMIRA LIMA: Sou de São Paulo-capital, uma paulistana atípica, como diz o João Freitas ai de João Monlevade. Sou do Brasil, já passei pela Bahia, Paraná, Minas e agora virei uma carioca de coração. Trabalho com produções há aproximadamente 15 anos, mas foi em 2009, ai em João Monlevade que decidi caminhar como sempre digo, em carreira solo, produzindo do meu jeito, como sempre pensei que devia ser. E conheci pessoas talentosíssimas e companheiras aí em João Monlevade, como a Carla Lisboa, que foi e é uma das grandes parcerias e descobertas ai na cidade.
MARCOS MARTINO: Conte um pouco sobre os eventos que fez em Monlevade.
SAMIRA LIMA: Minha intenção sempre foi conhecer e valorizar os artistas locais, e fazer com que a comunidade conhecesse tantos que estavam escondidos nas esquinas, quintais, igrejas, fazer acontecer mesmo. Iniciei com o teatro, e foi quando conheci o pessoal da Cia. Salto, e começamos a ensaiar o musical infantil OS SALTIMBANCOS, e foi uma grata surpresa, ver tanto talento junto. Foi quando conheci a Carla, que tb é atriz e atuou no espetáculo e a convidei pra ser parceira nos projetos e eventos. Aí partimos para os tributos onde misturávamos teatro, musica, arte plásticas. E sempre com a casa cheia e boas críticas..
MARCOS MARTINO:O que diz sobre os artistas locais?.
SAMIRA LIMA: Uma única palavra define os artistas locais de João Monlevade: GUERREIROS, e claro talentosíssimos
MARCOS MARTINO:Qual é a sua dinâmica de trabalho?
SAMIRA LIMA: Ainda estou trabalhando de forma auto sustentável ou independente, mas agora com mais visibilidade do meu trabalho, venho conseguindo apoios e patrocínios com mais facilidade, e os artistas com os quais trabalho entendem esse mecanismo, dai estou conseguindo levar adiante.
MARCOS MARTINO: Quais foram as suas maiores dificuldades para produzir cultura em João Monlevade?
SAMIRA LIMA: A maior dificuldade sem dúvidas foi a falta de apoio local, tanto de empresários como até mesmo dos próprios artistas. Sentia muita falta nos eventos dos ativistas culturais locais. Sentia falta da união da categoria ir mesmo, prestigiar. Acredito que a união é a base e não as ditas "picuinhas"
MARCOS MARTINO: Já ouvi pessoas falando que o público monlevadense é generoso. Também já vi artista dizendo que é indiferente, não aplaude, não se manifesta. O que você acha do público monlevadense?
SAMIRA LIMA: Acho um povo carente de informações, mas muito generoso, aplaude sim e é bem receptivo. Se tiver a informação e união vai cada vez mais estar presente nas manifestações culturais da cidade.
MARCOS MARTINO: Você trabalha criando e produzindo eventos e também empresariando artistas. Quais são os projetos que em que está trabalhando no momento e quais são os artistas que você vende no momento?
SAMIRA LIMA: A grande verdade, Martino, é que esse ano pensei muito em parar de produzir. Fiquei 6 meses meditando sobre seguir ou não. Amo o que faço e produzir é minha paixão, mas como vou pelo lado mais difícil (cenário independente), ai complica as coisas, ficam difíceis, não tem apoio, patrocinio, os próprios artistas não tem como investir na sua carreira. E estou com a produção da Marcia Lisboa (desde 2010), trabalhando seus shows, mas é uma parceria que fiz diretamente com a artista(existe o investimento do artista). No segundo semestre começo um projeto com o Grupo Samba na Sola, e a cantora Aline de Lima que tem uma carreira sólida na França e vem fazer o lançamento no Brasil, e pretendo levá-la tb no Projeto Pulsação. Quanto a projetos, estou estudando algumas propostas.
MARCOS MARTINO: Você está trabalhando a ponte Rio-Monlevade. Isso quer dizer mão dupla, né? Quer dizer, trazer artistas cariocas pra tocar em Monlevade e também abrir espaço e vitrine para os artistas de Monlevade tocarem no rio? Pra isso o que as bandas tem de fazer?
SAMIRA LIMA: Esse na verdade é uma ideia antiga minha e de Carla. Quando começamos em 2009 fazer as produções já pensávamos nisso e dia desses conversando pelo facebook, esse assunto voltou a tona. Como já trabalhamos juntas aqui no Rio tb, e sabemos que a parceria dá certo, ela tomou a decisão de reativar esse grande sonho. É importante deixar bem claro que o Projeto Pulsação é uma iniciativa da Carla, mas claro vou fazer esse intercâmbio. Artistas que queiram participar desse intercâmbio é só procurá-la. Mas quero deixar registrado que o teatro é um grande foco no projeto Rio-Monlevade.
MARCOS MARTINO: O que tem a dizer sobre a Márcia Lisboa, que canta no dia 24 aqui em Monlevade?
SAMIRA LIMA: O trabalho da Márcia é sensacional. É uma cantora internacional, que foi bem recebida pelas plateias mais exigentes do planeta. É um privilégio trabalhar com ela .
MARCOS MARTINO: O que você recomenda para os artistas para difundirem seus trabalhos? As rádios ainda são os únicos caminhos ou a internet já se impõe como nova mídia preferencial?
SAMIRA LIMA: Sem dúvidas a internet é a preferencial, mas o caminho é o artista investir nele mesmo, tem que ter uma boa gravação, um bom áudio, vídeo de boa qualidade. Tem que cuidar de sua imagem nas redes sociais, e valorizar principalmente o profissional que vai correr paralelamente com o artista que é o Produtor. O artista precisa valorizar o produtor.
MARCOS MARTINO: Você foi uma espécie de pioneira aqui em Monlevade, juntou pessoas nos eventos que fez que continuam trabalhando juntas até hoje. Uma geração inteira muito bem trabalhada, todos com alta musicalidade. Você apostou no potencial da garotada e hoje, são talentos consolidados. Uma pessoa que eu sempre via do seu lado era a Carla Lisboa. Imagino que ela tenha tido um papel importante naqueles eventos. Conte um pouco da história dessas pessoas que foram parceiras nas suas produções por aqui.
SAMIRA LIMA: Fico feliz por esse reconhecimento e pode ter certeza o carinho e respeito pela cidade é retribuído. Carla foi e sempre será uma parceira fiel e competente, mas tem pessoas muito importantes que não posso deixar de citar aqui em forma de agradecimentos. Markus Camara da Cia. OSalto, um grande amigo, talentosíssimo. MArcela Barreto da Cia OSalto, que fez a melhor Galinha dos Os Saltimbancos que já assisti, grande artista, Quirino do Sindicato dos Metalúrgicos que acreditou em Samira Lima e prontamente abriu as portas do sindicato para nossos artistas,João Freitas, músico de qualidade, que como sempre me diz, "Samira Lima me tirou das trevas", produziu todos os eventos de tributos e hoje sinto orgulho do crescimento profissional dele.
MARCOS MARTINO: Eu perguntei lá atrás de onde você. Então...pra onde você vai? O que projeta para o seu futuro? Tem os projetos que já estão na forma...e imagino que tenha outros...
SAMIRA LIMA: Então vamos viver o aqui e agora, e hoje, estou empenhada no Projeto Pulsação, temos muita coisa boa por vir, que vai agradar Gregos e Troianos, e devagar e sempre chegaremos lá....
MARCOS MARTINO: Deixe um recado para os artistas,,,
SAMIRA LIMA: NUNCA DESISTAM DOS SEUS SONHOS. Invistam nas carreiras, na imagem, ouçam seus produtores, afinal são eles que caminham juntos. O sucesso do artista é sem dúvidas o sucesso do seu produtor.
MAAFIA X PIRATARIA
Quem lê de relance pensa logo num embate épico entre duas importantes instituições marginais do planeta. Mas não é exatamente o que parece. Quem leu direito percebeu que existe um "A" sobrando. MAAFIA é uma sigla que representa a combinação entre as associações das indústrias de música e filmes nos Estados Unidos. Significa “Associação das Indústrias de Música e Filme da América”. Estas indústrias acreditam que compartilhar arquivos na web é o crime mais hediondo da terra. Mas aí é que está. As gravadoras cresceram e seus proprietários enriqueceram explorando o talento dos artistas. Relação de troca? Pode até ser. Não há dúvidas que um bom produtor coloca os artistas nas melhores vitrines, impulsiona para o sucesso. Como veem, a MAAFIA é uma instituição que se propõe moralizante, enquanto a máfia com um A apenas não se submete a moral vigente, embora tenha seus códigos. O que é mais curioso é que há quem diga que o mundo das gravadoras e grandes produtoras americanas é uma máfia, quer dizer, a máfia contratando a MAAFIA. E a máfia tem como objetivo combater a pirataria. Mundo virado, viu...
segunda-feira, 21 de maio de 2012
A INTERNET ESTÁ DOMINANDO TUDO
As estatísticas confirmam as
profecias: a internet está dominando tudo. Cerca de 1/3 da população brasileira
já está conectada. Isso representa 70 milhões de pessoas. Tá certo que 99,9 % da população continua na TV aberta assistindo o
Jornal Nacional todos os dias. Só que a proporção vai diminuindo e a danada da
internet tem uma grande capacidade de adaptação. Os suportes são muito
atraentes. Tem imagem, tem texto, tem áudio, tem vídeo, tem interatividade.
Tudo ao mesmo tempo. Além do mais, a convergência TV e internet já é realidade
em vários sentidos. A TV produz os conteúdos e a internet se apropria. Nada
mais autofágico. Outro dia, vi umas meninas assistindo capítulos perdidos da
novela preferida no youtube. Aliás, no youtube tem de tudo, filmes, clips,
cursos, de tudo um pouco. Ainda existem deficiências. Sinto falta de suportes
de áudio com mais qualidade. Quem tem um bom fone consegue qualidade e peso. Já
os suportes de áudio habituais tem um som muito agudo, sem presença de graves.
Se a pessoa tiver um pouco mais de dinheiro, adquire um bom áudio system, mas
quase sempre a pessoa compra um notebook com aqueles autofalantes sem potência e
já se dá por contente. Quanto às mídias sociais, aos modismos, eles vem e vão
mesmo. O Orkut já foi. Ficou poluído de romances açucarados, frases de
pseudoamizades e outras besteirices. O Twitter também foi ficando saturado, até
que foi salvo pelo facebook, que orkutou recentemente. A gente continua no face
porque não tem uma novidade mais limpa que proporcione conteúdos mais afins.
Mas daqui a pouco aparece algo mais novo, mais inteligente e engole o bambambam
de ontem. De qualquer maneira a net ainda é um mundo novo com muitos
continentes a explorar, uma mídia completamente livre onde qualquer um pode
criar uma campanha e veicular, sem custo caso se tenha alguém que domine as
técnicas. E olha que vem chegando a nova geração por ai. Vocês já ouviram falar
da Web 3.0? A novidade é que nem só os desktops, notes, tablets, smartphones
serão usados como suporte. O negócio agora é conectar geladeira, fogão, aspirador de pó, mesa de
jantar, espelho do banheiro, cafeteira, recebendo informações, atualizações,
compartilhando. (Olha a skynet aí, gente!!!) Estamos vivenciando uma revolução,
um salto gigantesco rumo a um futuro que nem Isaac Asimov imaginou. A
humanidade está aumentando a sua memória e capacidade de raciocínio em nemseiquantosbites.
Podem dizer que é delírio, mas do jeito que estamos evoluindo, não só
encontraremos a cura para todos os males, como substituiremos alguns órgãos por
materiais mais bonitos e duráveis. Só não vamos viver pra sempre porque deve
ser um saco.
domingo, 20 de maio de 2012
OS EGOS INFLADOS e OS ARTISTAS BAIACUS
Impressionante como algumas pessoas tem os egos inflados por nada. São que nem os baiacus, aqueles peixes que ficam inchados para se defender. Os egos também fazem isso com algumas pessoas. É só receberem um elogiozinho, só terem um pouquinho de poder pra se sentirem as mais importantes personas na face da terra. Isso dá uma preguiça danada. Há pouco tempo escrevi no face o seguinte: quem se acha é porque não é, pois quem é, não se acha. Em outra ocasião escrevi: tem gente que se acha, mas não se encontra. Preciso até rever certas atitudes. Sempre gostei de dar força para alguns artistas, dar impulsos para que possam brilhar, soltar o talento. Mas aí mora um grande perigo. Alguns artistas inflam os egos por nada, ficam arrogantes, se consideram muito bons, melhores que todos. Daí começam a tratar as outras pessoas mal, como se o fato de serem artistas os fizessem seres humanos especialíssimos, superiores ao resto da humanidade. Ai já começo a pensar em mudar radicalmente de atitude e não mais elogiar, não mais encher a bola, pois não quero gerar artistas baiacus. Se pudesse, os ensinaria a não inflar, a manter intacta a alma pura, sem frescuras, mas infelizmente se tem uma coisa que não se ensina é a humildade.
PARQUE DO AREÃO, ONTEM, HOJE E FUTURO...
Felizmente, Monlevade está ganhando um espaço onde as pessoas poderão descansar do utilitarismo da vida. Digo isso porque já me disseram diversas vezes: - Ah, Monlevade é lugar de operários, de trabalhadores, feita para o labor, para produzir e ajudar a mover esse país.Eu pelo menos não acredito e nem me conformo com esse determinismo perverso. Então quer dizer que o povo daqui tem de viver que nem o Chaplin naquele filme tempos modernos? Sinceramente, não. O povo precisa e merece viver as boas coisas da vida. Por isso o Areão é um espaço muito bacana que precisa continuar a ser pensado como lugar de lazer, de cultura, de contemplação, de harmonia com a natureza. Nesta manhã de sábado tivemos a Caminhada Ecológica por lá, quando deu pra ter uma noção do que pode se transformar o local, caso a cidade continue apoiando e investindo ali. Aliás, foi uma festa muito bonita, com a presença das famosas Caminhantes da Estrada Real, banda de música, apresentação teatral, show com a Dupla Papalo e Manno de Souza, enfim, foi muito legal ver o Areão cheio de vida, habitado, ocupado por gente com muita energia positiva. Pra mim, uma das coisas que valeu de verdade foi uma conversa com meu amigo Blogueiro José Carlos Basílio, do blog Super Sincero. O colega me deu uma verdadeira aula de areão, me contou coisas que eu nem sonhava, de como era o Areão antes da revitalização, da exploração por anos a fio, do estado de degradação em que se encontrava. Como sou um Monlevadense recente, muita coisa me escapa. Meu amigo José Carlos estava muito feliz, interagindo com os amigos que faziam trilhas de bike, mas no entanto, repetindo o tempo inteiro que ali estava o futuro areão, pois ainda havia muito por se fazer. Em parte concordo e em parte discordo com ele. Concordo que ainda existe muito, mas muito mesmo por se fazer. Algumas áreas foram recuperadas, mas ainda existem outros espaços que poderão ser revitalizados. Além do mais, precisa ser criada uma programação para o Parque, para ele esteja sempre ativo, com ocupação permanente. Só discordo quando ele utiliza o termo "futuro areão". Discordo porque, como o próprio Zé Carlos falou, essa história começou há mais de 20 anos atrás quando começou a revegetação. Teve ainda a pré-história, da exploração e tem agora esse belo começo, quando o Areão tá virando Parque. Deus queira que daqui pra frente as coisas continuem evoluindo. E olha que ainda tem o Memorial do Aço em construção, um espaço e tanto que será colocado à disposição dos artistas pra fruição da nossa produção cultural. Ainda existe muito mesmo por se fazer e nisso concordo com o José Carlos. Há tanto por se fazer que o Parque pronto mesmo, com tudo funcionando, com aparelhamento estrutural ainda está distante de se concretizar. Mas nada se faz sem que se dê os passos. E sendo super sincero, embora algumas pessoas tenham grande dificuldade em reconhecer qualquer coisa que venha do governo, há de se elogiar o esforço da administração municipal em dotar a cidade de um espaço tão bonito e cheio de vida.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
ENTREVISTA COM MÁRCIA LISBOA - SHOW DIA 24 DE MAIO - NO SINDICATO
Dia 24 de maio, Monlevade terá a honra de receber a cantora carioca Márcia Lisboa, uma artista ascendente na nova mpb que tratá a Monlevade o seu show aplaudido na Europa e que está rodando o Brasil. O show acontecerá no Sindicato dos Metalúrgicos. Tem o flyer de divulgação do show no final de entrevista...
Marcos Martino: Como foi o seu despertar para a
música? É de família musical?
Márcia Lisboa: Não sou de família de músicos. Desde pequena eu sempre gostei muito de música, meu pai era fã, e ouvinte fiel,
de Maria Bethânia, Jovelina Perola Negra, Roberto Ribeiro. Então, cresci
ouvindo. Depois me apaixonei por bossa nova isso ainda adolescente. Eu não sabia
da história toda que envolvia o movimento, só depois entendi, e fui descobrindo
mais. Inclusive os que antecedem a bossa, como Carmem Miranda, Dalva de
Oliveira, Elizete Cardoso, Chiquinha Gonzaga, citando as divas. Sou fã de carteirinha da
maravilhosa Elis Regina, assim como do grande João Gilberto e do incomparável Tom
Jobim. Amo! Foi assim que me apaixonei e a paixão virou amor. Gosto muito de jazz , de toda
história que permeia a música, seus compositores e interpretes. Procuro assim, sem perder minhas
raízes, me conectar com as influências que recebemos desses grandes mestres da
música mundial. Comecei cantando no teatro, com 13
anos, e participando de encontros de poesia e música. Me apresento como cantora há uns
oito anos, contudo, assumi a carreira, de cantora, “de verdade”, a partir de
2007 quando decidi que deveria pensar em gravar o meu primeiro Cd que veio em
Agosto de 2008. Hoje já preparo o segundo.
Marcos Martino: Você é carioca mesmo, da gema?
Márcia Lisboa: Nasci no Rio sim, mas ser carioca
é mais do que nascer aqui é um estado de espírito. Amo a minha cidade, Zona
Norte, Zona Oeste, Zona sul e um amor especial por Copacabana, onde moro. Adoro
o bairro.
Marcos Martino: O que mais a inspira a cantar?
Márcia Lisboa: A própria música, a beleza de uma
canção é o bastante, mas essa beleza pode ser algo jocoso brincalhão, ou algo
profundo, muito sensível como uma gota de orvalho. Amo a música.
Márcos Martino: Você é compositora também ou só intérprete?
Márcia Lisboa: Sou compositora também, no meu
primeiro Cd tem uma das minhas primeiras músicas, “Corda Bamba”, mas no segundo
vou me mostrar mais como compositora. Um grande estímulo foram os bons
comentários de músicos na Finlândia em minha turnê 2011. Fiquei honrada e
estimulada.Busco ser sempre uma interprete,
imprimir muito de mim em tudo que canto. Quando canto, a música tem que passar
pelo corpo e pela alma. A gente tenta! J
Marcos Martino: Porque essa sua ligação com o samba?
Márcia Lisboa: Sou
brasileira, sou carioca, sou Mangueira e flamenguista. Já basta certo? Mas tem
a beleza do samba nas suas variadas manifestações, desde o de raiz, passando
pela bossa, até essas “misturebas” que eu mesma faço. Adoro!
Marcos Martino: Você
prefere compositores antigos ou também grava os novos?
Márcia Lisboa: Gravei Noel, Geraldo Pereira, um mineiro, e Wilson Batista, mas
também gravei outras 10 inéditas no meu Cd, é nesse diálogo que acredito. O que
eu gosto mesmo é de música linda!
Marcos Martino: Como
foi a sua temporada na Europa? Parece que teve de formatar um repertório entre
a bossa e o jazz. Os Europeus preferem essa abordagem?
Márcia Lisboa: Na
verdade, fiz o que fazia no Brasil, afinal fui chamada pra mostrar o meu
trabalho, então eu pensei, “Vai lá e mostra”. Gosto dos
arranjos com um toque de jazz, funk (o americano), amo a bossa também. Afinal podemos dizer que tanto
a bossa quanto o jazz, são uma escolha da maneira de se tocar, arranjar e
interpretar uma canção, esse conjunto de ações dará esse “toque Jazz”, “essa
pitada bossa”, nas releituras que fazemos. Mas também temos as canções “brejeiras”.
Tem os maxixes, o samba de roda, o samba de breque. Pra que definir se posso
expandir? Mistura tudo que fica bom! Essa
mistura foi muito bem aceita.
Marcos Martino: Quando
na Europa, cantou as músicas em português ou teve de verter as letras para outras línguas?
Márcia Lisboa: Cantei em
português, língua linda a nossa, o português do Brasil é melodioso é lindo
mesmo! Cantei Bonita do Jobim em
inglês. E canto algumas que originalmente foram feitas em inglês. Esse show que
farei tem outro repertório, mas acho que todos poderão conferir o repertório
que levo pra Europa na minha volta. Pretendo voltar a Minas em Agosto.
Marcos Martino: Você
fez shows onde lá no velho continente?
Márcia Lisboa: Fiz em Portugal e Finlândia, foram mais de 16 apresentações, foi
uma honra levar nossa música, nossa cultura e nossa língua para grandes
festivais, como o Pori Jazz e o Faces Etno Festival. Fiquei
pertinho da Rússia também, bastava nadar um pouquinho...
Marcos Martino: Como
foi a receptividade do público? Os europeus foram quentes ou frios?
Uau! Foi incrível, especialmente na Finlândia, onde fiz muitos
shows pelo país. Que carinho! Shows lotados, povo lindo e educadíssimo, nada de
frieza! Tenho uma gravação, que ainda não postei no youtube,
do teatro inteiro nas palmas com música “morena da Saia” do meu Cd.
Participativos e carinhosos. Foi perfeito.
Marcos Martino: E no
Brasil? Canta um repertório mais raiz ou mais calcado no play list europeu?
O repertório não muda muito, e quando ponho coisas novas, levo pra
lá também. O que muda é a formação, isso altera um pouco a escolha das canções.
Marcos Martino: Como
vc analisa a atual fase da MPB? Pergunta difícil!
Eu não
vivi na época em que as gravadoras faziam todos os artistas. Sou dessa
geração que tem que ser um pouco produtor, divulgador, negociador de si, em
resumo, independente. Eu tenho
muita ajuda, tem a Samira Lima, maravilhosa comigo, tem a Carla Lisboa, o Sami
Kontola. E algumas pessoas que contribuem para tudo correr bem. Mas sei
que hoje temos que cuidar muito do nosso trabalho. Musicalmente
falando, tem muita coisa acontecendo, de algumas eu gosto mais de outras bem
menos.
Marcos Martino: O que
tem ouvido de bom? O que recomenda pro pessoal baixar na internet ou adquirir?
Estou em uma fase de pesquisa, atualmente tenho ouvido e buscado
muita inspiração no passado. Tenho ouvido de tudo um pouco.Uma sugestão
para os colegas cantores, ouçam as músicas instrumentais atentamente, isso nos
dá um grande crescimento, sempre vou a apresentações de Jazz e musica instrumental no Rio. Pra
finalizar, vou recomendar a Céu e a Bebel Gilberto. Da galera da antiga Elizete
e Elis Regina.
Marcos Martino:Quais
os links para quem quiser conhecer e baixar os trabalhos da Márcia Lisboa?
Márcia Lisboa: Minha
música está disponível no itunes http://itunes.apple.com/gb/album/nos-e-o-rio/id493884840. Que tal
curtir minha página, lá tem vários vídeos! www.facebook.com/MARCIA.LISBOA.SINGER. Meu site www.marcialisboa.com . myspace www.myspace.com/marcialisboa . Gosto
dessas: www.youtube.com/watch?v=VoOJtoWRd6A . http://youtu.be/TupJaKFferQ . E esse é
o meu canal no youtube: http://www.youtube.com/user/MarciaLisboa?feature=watch .
Marcos Martino: O que
o público Monlevadense vai ouvir? Pode nos adiantar alguma coisa?
Márcia Lisboa: Opa! Sim, vamos
tocar uns sambinhas com uma versão mais intimista. O Marcelo é um Grande músico
vocês irão gostar, poderão conferir o meu pandeiro, eu vou tocar! E vai ter
Noel rosa, Tom Jobim, Dorival e outras surpresas , além das canções do meu Cd Marcia Lisboa – Nós e o Rio, Disponível
nas lojas Saraiva. http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/2596993. Estou
muito feliz com esse show, será uma honra e um prazer conhecer todos os Monlevadenses!
Agradeço desde já todo o carinho. Bjss e abs.
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