Como disse Gilberto Gil, “o melhor lugar do mundo é aqui e agora”. Não me venham com esse papo torto de que o tempo dos festivais já passou. Eles podem acontecer a qualquer hora e lugar. Basta que as pessoas acreditem. Parabéns a minha terra por fazer a sua 33ª edição. Um monte de gente teve de suar sangue para que o festival atravessasse os 80, os 90, e chegasse até os dois mil até chegar até 2013. Na década de 80 tínhamos centenas de festivais de música pelo estado. Depois foram rareando, à medida que outras modalidades de eventos eclodiam. O surgimento das exposições agropecuárias e festas do cavalo, as micaretas e a ascendência da chamada cultura popularesca acabaram atraindo a atenção dos patrocinadores e até dos políticos. Sem investimento, os festivais minguaram. Mais o de Alvinópolis capengou aqui e ali, mas continuou vivo. Ali tem uns caras chatos, marrentos, meio loucos e apaixonados por cultura que não deixaram a peteca cair. Eu cito nomes como Joãozinho de João de Vina ( João da Alternativa), Alessandro Magno, Edmary e Jovelino Carvalho, Ronilson Bada, Juninho de Alaide, Mariângela Repolês, Manoel de Bibi, Rogério Martino, além de instituições como os veteranos da cidade, o colégio cândido gomes, o próprio Alvinopolense futebol clube, a prefeitura da cidade, cujos prefeitos ajudaram uns mais e outros menos. As empresas, que na medida do possível sempre ajudaram, não com valores vultuosos, que possibilitassem por exemplo que fossem levados grandes shows para os festivais. O suficiente para manter o evento ativo. Os tamanhos sempre na medida do que se consegue de apoio financeiro. Tem gente que entra com o mínimo do mínimo mesmo, só para colaborar. Tem outros que podem e não acreditam, mas é assim mesmo. O Festival deve muito também à mídia regional, principalmente a Rádio Alternativa e ao Jornal Bom Dia, que sempre deram uma super cobertura. De uma maneira geral, toda a mídia divulga e ajuda muito.Este ano o festival promete ficar muito bom. O prefeito Milton resolveu investir e o meu amigo Marcelo Xuxa está à frente da Organização. Marcelo foi uma influência musical muito forte quando eu morava em Alvinópolis. Foi ele que me aplicou Caetano Veloso ( discografia completa), Gilberto Gil, Kleyton e Kledyr, Roberto Plant, Vitor Ramil, Ednardo, Beto Guedes, e muitos artistas alternativos também. O aparelho de som que ele tinha era invejado por mim e por muitos . Nunca ouvi um som com tamanha qualidade. Era Sharp se não me engano. Mas voltando ao FESTIVAL, vai ser bacana. Alvinópolis tem muitas bandas boas, muitos músicos, principalmente roqueiros. A nossa casa lá fica sempre cheia de artistas, pois meu irmão tem uma escolinha de músicas e um estúdio no fundo onde o pessoal ensaia. Outra boa notícia é que o Alessandro, na medida do possível está ajudando. Ele bota o barquinho do festival na internet e isso hoje em dia é essencial. Esperamos que este ano tenhamos mais artistas de Monlevade, de Itabira, de São Gonçalo, de Dom Silvério, Barão, Santa Bárbara, BH, de todo lado. As inscrições já estão abertas e quem quiser ver mais detalhes, só entrar no sitewww.festivalalvinopolis.com.br . Mas falando ainda um pouco sobre os festivais de música, espero também que outras cidades façam festivais. É um evento relativamente barato para se produzir, que integra artistas, poetas, compositores, músicos e um público muito jovem. Depois de cada festival, sempre nascem novos grupos musicais e carreiras são projetadas. Já conversei com pessoas de Santa Bárbara que se mostraram interessadas. Talvez aconteça um festival por lá. Em São Gonçalo eu pretendo conversar em breve com o pessoal para formatarmos um projeto. A cidade tem muitos talentos que já conheci. Em João Monlevade foi feito o Festiaço há pouco tempo, revelando um cenário musical muito rico. Também venho conversando com algumas pessoas no sentido da retomada do projeto, oferecendo vitrine para os poetas, cantadores, bandas de rock, intérpretes, etc.Tomara que Monlevade consiga fazer de novo o Festiaço. Mas que Dom Silvério também retome seu festival, assim como São Domingos do Prata, Bela Vista que fazia um belíssimo, enfim. Conclamo os produtores culturais, os empresários e prefeitos, que invistam nos festivais, que abram vitrines para os talentos de amanhã. E viva os festivais!!!
sexta-feira, 24 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
A TORCIDA DO CRUZEIRO É FANTÁSTICA
Uma coisa que eu aprendi acompanhando o Cruzeiro na libertadores, é que as torcidas apaixonadas, antes de torcerem para o time, torcem pra elas mesmo. Lembro-me de uma partida que o Cruzeiro jogou contra o San Lorenzo na Argentina. Eles perderam de 4x2 em seus domínios, mas não pararam de cantar por um minuto sequer. Foi uma festa linda. O reconhecimento da torcida do Corínthians contra o Boca também foi bonita. A torcida do Cruzeiro parece que está aprendendo a ver além das vitórias.Tá bonito de ver a fé a mobilização da torcida cruzeirense pelo time. A torcida mostra a sua força e vai azular o mineirão no jogo de domingo, mesmo tendo perdido a primeira partida por 3x0. A única pergunta que eu faço é: será que o time tem condições de reverter o resultado? Sinceramente eu não sei. Vejam o exemplo do Bahia. Lotou a Fonte Nova para o jogo contra o vitória e levou de 7. Decepção momentânea, mas nenhuma avaria na paixão. O futebol também prega sua peças. Nem sempre o melhor vence. Só alguns casos para ilustrar. Em 1984, o Cruzeiro ganhou uma partida do Atlético por 4x0 na primeira partida da decisão do campeonato mineiro. Na segunda partida, o Atlético jogou com muita garra e venceu o Cruzeiro por 1x0, num jogo em que o meio campista Elzo jogou com a cabeça enfaixada por causa de uma contusão no inicio do jogo. Nessa ocasião, os dois comemoraram o título. O Atlético tinha o entendimento de que dois resultados iguais lhe davam o título. Considerou que uma vitória para cada lado eram resultados iguais. A pendenga ficou na justiça e só anos depois o Cruzeiro foi considerado campeão. Ainda sobre jogos surpreendentes, o Cruzeiro em uma das supercopas que venceu, perdeu para o River Plate em Buenos Aires por 2x0. O River era considerado o melhor time do mundo na época. No jogo de volta, o Cruzeiro ganhou por 3x0 no mineirão. Em minha opinião, o mais surpreendente mesmo foi a vitória de 6x1 sobre o Atlético. Naquela ocasião, tudo conspirava contra. O Cruzeiro estava perdendo para todo mundo e o Atlético começava a montar seu time. A zaga já era a atual, com Rever e Leonardo Silva. Mas o Cruzeiro foi lá, com torcida contrária e tudo e sapecou os inacreditáveis 6x1. Agora querem saber se acredito numa vitória do Cruzeiro no clássico? Sinceramente, não. Mas uma esperança motivada pela paixão existe, é claro. Olhando os dois times, posição por posição e considerando as fases por que passam os jogadores, corremos o risco de perder de novo. Mas tem o imponderável futebol clube, né? Acho até que o placar do primeiro jogo foi exagerado, mesmo com os gols perdidos pelo Atlético. O jogo do cruzeiro não encaixou. Isso costuma acontecer. No jogo contra o SP em São Paulo, o jogo do Atlético não encaixou no primeiro tempo e o alvinegro quase perdeu. Como passa por uma fase em que tudo ajuda, deu sorte e as bolas não entraram. Quanto ao galo mineiro, desta vez não vai jogar desconcentrado como nos 6x1. O Cuca tá muito escaldado com esse negócio. Se vencermos por um placar magro, será sinal de que estamos no caminho certo. Vencer o Atlético hoje em dia não é fácil. Se vencermos pelo placar que precisamos, será a confirmação de que o futebol realmente não é ciência exata, que pode atropelar as estatísticas e prognósticos. Não tenho dúvidas de que a torcida azul vai fazer uma festa maravilhosa no mineirão, demarcar aquele pedaço onde se sente à vontade, assim como o Atlético se sente em casa no Horto. Os atleticanos não vão gostar do que vou dizer, mas não existe um time mais mineiro que o Cruzeiro. O torcedor Cruzeirense é o famoso mineirim, astucioso, tranquilo, comequieto. Quando o Cruzeiro vence, não sai comemorando como quem bota um ovo. A torcida do outro lado da lagoa provoca tremores de terra, gritos esganiçados são ouvidos por todos os lados, quebra vidros com sua algazarra. Também pudera. É muito orgasmo contido. Nos últimos meses, anda se fartando de gozar e é bom que isso aconteça. Para os afoitos, o que é bom costuma durar pouco. Continuemos na nossa. Tá certo. Tá rolando uma entre-safra. Nosso time teve de se livrar de vários trastes e se renovar. Algumas apostas dão certo, outras não. Vamos encaixando o que dá certo e trocando de pele. Mas em breve, estaremos de volta à rotina de glórias e títulos. Disso não tenho dúvidas. E viva a torcida cruzeirense, a maior de Minas e uma das maiores do Brasil.
domingo, 12 de maio de 2013
ESCOLA DE SEXO
De repente toca o telefone
- Alô.
- Alô. Bom dia. Tenho uma coisa a oferecer que vai mudar a
sua vida...
- Ihhhhh véi. Pode parar. Só pelo jeito de falar, já vi que
você vai tentar vender alguma. Meu pai não tá aqui não.
- Calma. O que ofereço é um curso que vai fazer a diferença
pra você.
- Mas que curso, véi. Eu não tô dando conta nem da faculdade...
- Mas garanto que o curso que ofereço vai lhe interessar mais
que a universidade. Quantos anos você tem?
- Eu tenho 17. Por que?
- Tá vendo? Você vai adorar o nosso curso.
- Tá bom...que curso você tá vendendo?
- Eu represento a escola do sexo. Estudando conosco, você
vai aprender a fazer tudo direitinho e não vai passar vergonha...
- Mas peraí...isso deve ser um trote né?
- Calma...Não é trote não. É de verdade. Qual é o seu nome
mesmo?
- Espere um pouco. O
que vocês ensinam nessa escola?
- Ora. Você pode aprender o básico. Por exemplo, como
colocar a camisinha sem perder o embalo, como encontrar o ponto g e proporcionar
um orgasmo mais satisfatório em uma mulher, como segurar o tchan pra não ter
orgasmo antes da hora...e tem o nível mais avançado do Kama-sutra completo.
- Não sei não. Essas coisas a gente aprende fazendo...
- Engano seu. Algumas relações não vão pra frente por causa
da falta de educação sexual. Já vi casos em que o homem não consegue relaxar e
perde o poder de fogo na hora h, também tem o caso de mulheres que travam,
coisas que na Escola do Sexo as pessoas aprendem pra não fazer feio e não
perder os parceiros e namorados por falta de conhecimento sobre o assunto.
- Me diga uma coisa. Mulheres também podem?
- Claro. Você tem alguém pra indicar?
- Olha. A minha namorada tem umas coisas que não faz
direito, sabe? Por exemplo, ela na hora do vamovê, na hora da...como eu vou
dizer...na hora da sucção costuma morder com muita força e chega a doer. Fico
sem jeito de falar com ela, mas fico todo machucado.
- Tá vendo? Pois é! A gente ensina as meninas como entender
a fisiologia masculina. Elas ficam craques no assunto. A gente ensina como
sensibilizar, técnicas de carícias, como perder o nojo e relaxar para as
incursões mais profundas.
- Mas peraí! Como é que são as aulas práticas? Por exemplo:
se eu mandar a minha namorada, ela terá de fazer essas coisas com outros
homens?
- Não necessariamente. Temos todos os equipamentos
necessários e no caso do namorado ou namorada serem ciumentos, eles mesmos podem
participar das aulas práticas.
- Uai. Interessei pelo assunto. Difícil vai ser convencer
meu pai a pagar pra mim.
- Bom, nesse caso, podemos oferecer um plano para toda a
família.
- Ah. Meu pai não vai querer. Ele já está aposentado no
assunto.
- Que nada. Ele pode retomar e aprender coisas novas pra
fazer com a sua mãe.
- Ah. Minha mãe acho que não vai querer...
- Mas por que? Eles são separados? Ela não mora com vocês?
- Não. Ela mora no cemitério.
- Puxa...me desculpe. Uai, mas seu pai pode arrumar outra
parceira. A gente até consegue uma namorada de aluguel se vocês quiserem.
Cobramos uma pequena taxa e ela atende em domicílio. Temos planos mensais, só
de final de semana, para feriados.
- Peraí, Vei. Esse negócio não pode ser sério.
- É sério sim. Você recebe seu certificado no final do curso
e até uma carteirinha.
- Carteirinha? Mas o que eu vou fazer com uma carteira
dessas?
- Imagine que você arranja uma namorada. Se percebe que ela
tem carteirinha da ES, você já vai saber que ela sabe das coisas e vai fazer
tudo direitinho. Não tem nada pior que pegar alguém que não sabe amar direito e
que na hora H deixa a peteca cair, não é mesmo? O mesmo acontece se você tiver sua carteirinha. Ela vai saber que você sabe das coisas.
- Me desculpe, moça. Acho que sou muito careta, mesmo sendo
novo. Esse negócio seus não pode ser sério....
- É sério sim. Estamos começando nossas atividades no Brasil
e temos preços promocionais. Se você duvidar, pesquise na internet. Já existe
uma unidade funcionando na Austria. Imagine aqui no Brasil onde o povo só pensa
naquilo? Vamos bombar.
( Quem quiser pesquisar, realmente na Áustria já existe uma
escola de sexo)
quinta-feira, 9 de maio de 2013
O BULE ( COLUNA DO BOM DIA)
ENQUANTO ISSO NAQUELA CASA DE FAMÍLIA
- Ô Jairo, você tem de dar um jeito na nossa filha. Ela só
quer saber dessa tal de internet.
- Deixa a menina, mulher. Ela tá aprendendo.
- Tá aprendendo o que? Ela só fica nesse tal de feicbut.
- Não é feicbut. É facebook...
- Ah...pra mim tanto faz. Ela tem de conviver com as colegas
dela, tem de sair daquele quarto...
- Deixa a menina, Jandira. Ela aproveita a internet pra
estudar também
- Mas que estudar que nada. Ela agora inventou que tá com
problema de bule.
- Problema de que?
- De bule. Engraçado que aqui em casa ela nem toma café.
- Peraí, mulher. Ela deve estar com problema de bullying.
- Sei lá...não sei pra que essas palavra inglesada...
- Espere um pouco. Mas então temos de conversar direito com
ela. Se ela está sofrendo bullying, a gente tem de conversar até na escola.
- Ah, home. Você sabe que eu sô da roça. Não entendo muito
essas coisas. Pra mim bule é pra colocar café.
- Olha, bullying é uma palavra inglesa que significa
agressão, humilhação. Chame a nossa filha lá que eu quero conversar com ela.
- JANAÍNAAAAAAAA
- Oi, mãe...não precisa gritar né?
- Você não tira esse fone do ouvido. Venha aqui que seu pai
quer conversar com você.
- Oi pai...bença.
- Deus te abençoe, minha filha. Me diga uma coisa. É verdade
que você está sofrendo bullying na escola?
- Ah pai. Deixa pra lá.
- Não filha. Não dá pra deixar pra lá. Você sabe que eu vivo
viajando, que às vezes não tenho tempo de cuidar de você. Mas faço questão de
ir à escola e conversar com seus professores.
- Não adianta pai. Eles vão ouvi-lo. Mas não vai acontecer
nada.
- Mas por que, minha filha?
- Por que não tem jeito. Meus colegas são assim mesmo. Eles gostam
de procurar defeitos na gente para humilhar. Não sou eu só. Tem outros colegas
que sofrem também.
- Mas não é possível. Deve ter alguma coisa que a gente
possa fazer. Se quiser eu converso com a diretora da escola que é conhecida da nossa
família.
- Não, pai. Se você
reclamar, depois as professoras podem me marcar e ai, além de sofrer com os
colegas, vou sofrer com a perseguição das professoras.
- Mas filha. Não é possível. Tem de ter alguma coisa que
possamos fazer...
- Tem sim, pai. Fale pra mãe não me proibir de usar a
internet. É o único lugar em que eu posso conversar com pessoas que pensam como
eu, em que tenho um espaço só meu.
- Mas filha. Na internet também tem muitas coisas perigosas.
A gente tem medo dos conteúdos, das pessoas maldosas.
- Pai. Confie na sua filha. E por favor. Deixe a escola pra lá. É uma
coisa que a gente tem de aguentar, que infelizmente não é agradável. É um lugar
onde as pessoas não tem uma convivência boa. Vão para competir, para humilhar.
Um lugar que a gente vai pra aprender a sofrer.
- Que isso, filha. Você está sendo muito negativa. Na escola
você aprende lições que vai levar para o resto da sua vida.
- Tá certo pai. aprender é uma coisa sofrida mesmo. Não
estou reclamando. Vou aguentar, pois sei que precisa. Mas por favor, não me
proíbam de fazer as coisas que gosto. O que eu posso fazer é tirar boas notas e
isso eu já tiro, não é?
- (suspiro)...claro, filha. Seu boletim tá excelente.
- Então, posso voltar pro meu quarto?
- Depois que me der um abraço...ahh
- Puxa, mãe. Você está chorando?
- Né nada não. É que eu tava descascando cebola.
- Sei...sempre durona a Dona Jandira.
- Meu amor. Acabei de almoçar. Tem um cafezinho fresco?
- Acabei de fazer. Tá no bullying em cima do fogão...
sábado, 4 de maio de 2013
A CULTURA EM MONLEVADE VAI BEM
Carla Lisboa, Aggeu Marques e Elaine Dias
Em minha coluna no Jornal Bom dia e até mesmo aqui no Cenários, na postagem Giro Cultural, escrevi sobre vários assuntos e entre eles, a cultura em Monlevade. Uma das coisas que citei foi sobre a placa de inauguração da Casa de Cultura, que segundo me haviam informado, havia sido retirada do lugar. Ontem, Carla Lisboa me informou que a placa foi retirada por causa da reforma, pois as paredes externas também foram pintadas e durante o tempo em que ela ficou "fora do lugar". foi deixada em uma sala, mas que já foi recolocada no lugar. Agradeço a Carla pela consideração e em nenhum momento duvidei da coerência nem dela nem da Elaine Dias. Mas a política partidária costuma atropelar as memórias em nome da afirmação da política vigente. Já vi casos de prefeitos que mandaram queimar fotos e arquivos dos prefeitos anteriores, que mudaram nomes de prédios públicos, já vi de tudo. Então, não me surpreenderia se isso foi feito. Mas não foi. Devo fazer justiça e dizer que nem tanto mérito tive na questão da transferência da sede da Fundação para o Bairro Lucília. Esse mérito pertence ao ex-prefeito Gustavo Prandini que restituiu o edifício à municipalidade. Nem vou entrar na polêmica da destinação anterior do edifício. Já houve uma reforma na época da transferência para a nova sede e agora aconteceu essa nova reforma que ficou sensacional( ainda não fui conhecer pessoalmente, mas pretendo). Fico com uma pontinha de orgulho por ter meu nome na placa, logo eu, um Alvinopolense, um "da roça" como já fui chamado em algumas ocasiões em João Monlevade. Penso que até fizemos um bom trabalho ali. Eu, particularmente, tive a oportunidade de conhecer a força da arte e cultura produzida na cidade. Na medida do possível, tentamos jogar a cena pra cima e muitos brilharam intensamente. Penso que este será o grande desafio da equipe nos próximos meses : criar vitrines para a cena, fomentá-la e difundi-la. Mas vejo da seguinte forma. O que vai bem tem de ser elogiado. Se tem uma coisa que me parece bem encaminhada em Monlevade é a cultura. A escolha de Elaine Dias para diretora da Fundação Casa de Cultura me parece um dos maiores acertos da nova administração. Ela é uma dessas pessoas com vontade de ferro, que quando põe uma coisa na cabeça, faz acontecer. A reforma feita na Casa de Cultura criou um dos espaços mais bonitos de João Monlevade. Aliás, a beleza parece permear tudo na vida dessa monlevadense. Eu até falei em minha coluna no Bom Dia. Se eu fosse o atual prefeito, me aconselharia com ela para um projeto visando tornar Monlevade mais bonita e amada. Mas devo falar também da colaboradora Carla Lisboa. Carla é uma dessas pessoas que emana calma e tranquilidade, que respira cultura, que difunde tudo que diz respeito a arte, interage com todos os grupos, que procura se relacionar bem com todos. Durante minha fase em João Monlevade, tive oportunidade de trabalhar bastante com ela e tive a oportunidade de usufruir da sua competência e amizade. E independente das naturais barreiras políticas, tenho certeza que continuaremos interagindo sempre que possível, pois temos em comum a bandeira da cultura. E tem mais uma coisa importante. Diante do que escrevi sobre a placa, ela poderia simplesmente não fazer nada e alimentar a raiva, o ódio, a desavença, mas fez exatamente o contrário. Preferiu comunicar-se e confirmar a boa impressão que sempre me passou e que pelo visto, continuará passando. As mulheres tem o poder. Sorte pra elas. E viva a cultura monlevadense!
sexta-feira, 3 de maio de 2013
GIRO CULTURAL ( COLUNA DO BOM DIA)
REPÚBLICA DOS ANJOS DE VOLTA...
Depois de anos sem tocar, o
República dos Anjos retornou num show triunfal no Carlim Crepalde Poverá Atelié
em Ribeirão das Neves-MG. A última apresentação da banda foi há 12 anos atrás.
Mas sinceramente? Era como se tivéssemos tocado juntos um dia antes. Tudo
memorizado e rolando com coração e garra. Foram 2 horas mandando um repertório
próprio para um público que não conhecia nenhuma música e mesmo assim a
receptividade foi bárbara. Agora será começar a trabalhar composições novas que
traduzam o atual momento dos músicos, pois é isso que mantém uma banda ativa e
com “tesão” renovado. E a medida que as músicas forem saindo do forno, vamos
divulgando na internet e onde for possível. Com relação aos shows, já estamos
programando os próximos. E quem quiser conferir músicas músicas da banda, tem dois endereços: www.palcomp3.com.br/republicadosanjos
e www.palcomp3.com.br/republicaold
. No primeiro endereço, composições mais novas e no outro, velharias e sobras
de estúdio.
SÍNDROME DO TEMPO
No fundo, me dava uma insegurança
danada de voltar a subir num palco e tocar rock. Tem sempre aquela coisa do tempo
que passou, da idade...mas pensando bem, se Gino e Geno podem, por que nós não
podemos? É rock and roll na veia, véio!
CANTORA MONLEVANSE NA BANDA
PLEIADES
Notícia em primeira mão. Uma
Monlevadense será a substituta da competentíssima Cynthia Mara na banda
Pleiades. Trata-se da bela Sue Ávila. Pelas informações que temos, Sue também é
uma cantora sensacional, com estilo próprio e que deverá somar e muito no time
doss pleideanos. O público roqueiro de Monlevade poderá conferir a performance
da Sue no show da Pleiades que vai rolar no próximo encontro dos motociclistas
da cidade. Os camisas pretas da cidade tem de jogar pra cima. Na próxima edição do
jornal Bom Dia, teremos uma entrevista especial com a cantora.
CULTURA EM ALVINÓPOLIS
Fiquei muito feliz com as pessoas
que vão gerir a cultura em Alvinópolis nos próximos 4 anos. Em primeiro lugar
pela escolha do diretor do patrimônio artístico e cultural, Jurcilei, que tem
um bar ultra cultural em Alvinópolis, a Selaria Raimundo Nazário que fica no
bairro Manuel Puig. Tomar uma gelada no bar dele é fazer uma viagem no tempo e
na cultura de Alvinópolis. Depois, pelas pessoas que vão organizar o Festival
da Música. São pessoas de alto nível como meu amigo o elemento Marcelo Xuxa,
minha eterna professora Mariângela Repolês e Baiano de Jovita. Fico feliz pois
com certeza Alvinópolis terá 4 anos de
excelentes festivais. Quanto à Festa da Chita, conheço muito a Ana de Sô Nico,
que irá coordenar. Ela tem muito bom gosto e deve fazer uma festa maravilhosa.
Desejo-lhe sorte e que consiga dar sequência a essa bela festa que tornou-se
realidade graças ao trabalho abnegado de Marina de Darci e Clara Carvalho ( não
sei se a política partidária vai impedi-las de participar. Espero que não).
OS HERÓIS DA RESISTÊNCIA
Só não fico feliz quando algumas
pessoas descem a lenha nos festivais nos 4 anos passados por uma questão muito
simples. Foram anos complicados. No primeiro ano do governo Galo Indio, ele
disponibilizou tudo que era necessário. Foi um Festival excelente. No segundo
ano, houve uma complicação por causa do som licitado pela prefeitura, que botou
a perder toda a organização, pois mandaram um som muito ruim e profissionais
desqualificados para operar. Em função disso o festival foi muito contestado e
o prefeito João Galo Índio desanimou com o evento. No ano seguinte, o prefeito
colaborou com pouco dinheiro e em 2012, resolveu não colaborar. Não fosse a
ajuda da AMEPI, pela sensibilidade de seu presidente José Maria Repolês, não
teríamos o festival no ano passado. Mas há de se ressaltar o trabalho abnegado
do Alessandro da Bio Extratus, que como se diz na roça “pegou o boi pelo
chifre”. Eu também ajudei como pude. O importante é não deixar a peteca da
cultura cair. Mas considero importante que as pessoas respeitem os que suam camisa
e se matam de trabalhar nas épocas de vacas magras.
A NOVA CASA DE CULTURA DE JOÃO
MONLEVADE
Tem coisas que a gente precisa esperar
que se sedimentem para depois comentarmos. Quando ouvi falar que a Fundação
Casa de Cultura de Monlevade seria reinaugurada, pensei comigo. Uai! Mas já não
foi inaugurada antes? Será que vão desinaugurar? Mas pelo que percebi pelos
releases e pelo que saiu na imprensa, o que fizeram foi batizar as diversas
salas como forma de homenagear pessoas de relevantes serviços prestados à
cultura no município.
ELA MERECIA SER É PREFEITA
Aliás, diga-se de passagem, a
belíssima reforma realizada pela presidente Elaine Dias merecia mesmo ser
mostrada para a sociedade com toda pompa e circunstância. Já pensaram se dessem
liberdade pra Elaine promover uma reforma na cidade? Bom gosto, competência e
disposição para trabalhar parecem não lhe faltar.
HOMÃENAGEM
Muitos questionaram a homenagem à
mãe de um ex-prefeito. O argumento para
a homenagem foi de que o referido prefeito havia investido muito em cultura no
seu mandato. Não seria então o caso de darem o nome dele de uma vez à tal sala?
O que teria a mãe dele a ver com a história?
INAUGURAÇÃO DA INAUGURAÇÃO DA
INAUGURAÇÃO
Outra questão é que ninguém soube me dizer se
foi retirada a placa de inauguração que havia sido afixada na entrada. Tomara
que não. Mas não me surpreenderia se fosse. Ainda bem que fotografei para pelo
menos termos como recordação. A política é assim mesmo. Infelizmente, “alguns”
que entram querem apagar as imagens dos predecessores. Nos países orientais as personalidades
são valorizadas e cultuadas. Mas estamos no Brasil.
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