quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

SABEDORIA POLÍTICA COMO CAMINHO ÚNICO - José Santana de Vasconcellos

José Santana de Vasconcellos
Para vencer a crise que passou a atormentá-lo no últimos anos, o Brasil e os governadores eleitos precisam reencontrar com a maior urgência o caminho da sabedoria política. Vamos a  exemplos que nos foram legados por dois dos maiores mineiros de todos os tempos: o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-governador e Ministro Milton Campos. 
Juscelino e Santana
Após ter os seus direitos políticos suspensos e exilado no exterior pelo regime militar, Juscelino veio a Belo Horizonte pela primeira vez dois anos depois, para participar do enterro de Dona Naná, sua única irmã. Corria o inicio do Governo Israel Pinheiro (de quem fui assessor e responsável pelo Gabinete), Ele venceu nas urnas o candidato apoiado pelo então governador Magalhães Pinto, considerado o líder civil da revolução de 1964. O inesquecível ex-presidente pediu-me que o levasse à casa de um amigo e, no trajeto, perguntou-me sobre a situação do Estado. Falei-lhe sobre as imensas dificuldades que o Governo do Dr. Israel estava enfrentando. Seu comentário veio carregado de sabedora política: “Santana, nós só ganhamos a eleição porque o governo anterior foi ruim. Se tivesse sido bom nós não teríamos vencido. Ficar reclamando da situação não resolve nada. Agora, é montar uma eficiente equipe de trabalho, porque os executores de qualquer obra administrativa são importantíssimos. E, logicamente, acionar a imaginação criadora de quem comanda”.


Milton Campos
O outro fato envolve o nosso saudoso Dr. Milton Campos, quando lhe perguntaram sobre quem era mais importante numa ação de governo, se o técnico ou politico. A resposta do Dr. Milton representa uma lição de sensibilidade para os dias atuais: “O técnico pode até ter o saber, mas é o politico quem tem a sabedoria”. 
Vamos, sem perda de tempo, adotar como patriótica ordem de serviço, os sábios ensinamentos destes dois expoentes da história politica brasileira.


A imprensa, a classe politica e todos nós, deveríamos dar um prazo aos novos dirigentes, 
o normal seria 90 (noventa) dias 
para se organizarem.

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