
Enquanto isso, na cantina da faculdade...
- Oi Ana.
- Como é que tá, Fred.
- Tô legal
- Vai no clube no final de semana?
- Acho que não.
- Ah...eu vou lá pro Floresta Clube. Gosto de respirar ar puro, andar descalça.
- Legal. Você vai tomar sol?
- É lógico. Tô com saudade do bom e velho sol.
- Bom proveito.
- Quê isso, Fred. Vamos lá, véi, Cê tá branco, precisando pegar uma cor.
- Neeem, Eu vou aproveitar pra instalar uns programas novos.
- Ah...pelo amor de Deus...você precisa viver um pouco.
- Já vem você com esse papo natureba de novo...
- Mas é mesmo. Não larga desses trecos. Você não pensa em, sei lá...ouvir música, tomar um açai, namorar um pouco..
- Uai...namorar eu penso sim...mas não tenho namorada.
- Ah...mas de repente você arruma lá. Vamos combinar. De repente a gente vai junto.
- Ana...
- O que foi, Fred.
- Lá tem roteador? Pega internet?
- Ah...tenha dó. Lá você vai é desintoxicar.
. Vamos combinar então. Você me chama lá em casa?
- Já é. Passo lá as 2 da tarde. Pode ser?
- Nossa...mas o sol vai estar torrando. Não dá pra ser mais tarde não?
- Ah...não precisa. Mas passe um protetor solar, pegue boné e óculos escuros.
3 HORAS DEPOIS, ANA PASSAVA NA CASA DO FRED E TOCAVA O INTERFONE
- Quem é?
- Aqui é a Ana. Eu combinei de passar pra chamar o Fred, pra gente ir ao clube.
- Ah...Ana...o Fred teve um problema e teve de ir com urgência na casa de um amigo. Me pediu para comunicar a você. Ele disse que depois te liga.
- Ô...que pena...a Senhora é mãe dele?
- Sou sim...
- Então diga a ele que outro dia a gente vai. Um abraço pra senhora.
- Tá certo. Você não quer subir pra tomar uma água, um suco...
- Não...muito obrigada. Vou nessa.
A MÃE VIRA-SE PRA DENTRO E FALA
- Fred...que coisa feia. Você sabe que eu detesto mentir.
- Ah mãe. Eu não tava afim de ir nesse clube. Você sabe que não gosto.
- Mas filho. Você precisa sair da toca. O que tinha de tão importante pra fazer.
- Ah...eu tô numa comunidade de brasileiros que estão no exterior, os "Brazilians around the world", A gente tem uma reunião agendada para daqui a 17 minutos.
- Mas meu filho...que reunião é mais importante que sair com uma menina? Ela é feia?
- Não, mãe. Ela é maneira. Só gosta demais de natureza...sei lá...não sei se combinamos.
- Você nunca ouviu falar que as pessoas são atraídas pelas diferenças?
- Tá certo mãe. Amanhã vou procurá-la. Eu gosto dela sim, mas sem forçar tá?
NA PRÓXIMA COLUNA, A CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA DE ANA LÓGICA E FRED GITAL
é...
ResponderExcluirSer "Nerd power" não é fácil, meu caro!
Ainda mais quando se tenta ser um "1371".
Tirando os extremismos, geralmente quem trabalha com tecnologia e estuda (acho que é o meu caso) acaba tendo pouco tempo para viver a vida. E geralmente quando vai em encontros, geralmente ou visa a aprender mais e estabelecer contatos longos sobre diversos assuntos que são do seu interesse.
Eu acho que a felicidade não é o "on-line" ou o "analógico", mas a realização pessoal.Infelizmente, alguns estereótipos sempre persistem.
Mas vamos subindo a montanha.
Na verdade, Wall-e não é apenas sobre preguiça. Na verdade é sobre o consumismo desenfreado, que assola os EUA e boa parte do mundo. Não que o ser humano ficou dependente da tecnologia, mas ele ficou simplesmente dominado pela tecnologia (excelente referencia ao filme 2001, representado classicamente pelo controle da nave, que possui inteligência artificial).
ResponderExcluirFora a clara referência às estratégias de marketing que bestializam o consumo desenfreado (sede de novidade).
No seu texto ainda persiste alguns estereótipos de alienação, mas tudo bem, esta geração "saúde" também não seria alienada? Tente conversar com a maioria dos frequentadores de academias e de esportes radicais, e verá um olhar muito egocêntrico para as coisas.
Nerds em geral compartilham muito mais conhecimento que estes frequentadores de academia.
Mas isto é um longo assunto a ser discutido, meu caro! Espero encontrar você no encontro de blogueiros!
Concordo plenamente sobre Wall-e não ser sobre preguiça apenas. Embora que há uma boa dose de preguiça induzida pelo conforto proporcionado. Não ficariam mesmo as pessoas bestializadas pela tecnologia em excesso. Aliás, geralmente o que mata é o excesso. Até agua em excesso mata por afogamento.
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