
São legítimas as aspirações dos Rás, do Marcelo Melo e da turma que almeja que o Centro Industrial seja chamado de Centro Histórico. O lugar é bonito pra caramba e tem muita história pra contar. Interessante que as coisas na cidade passaram a acontecer em Carneirinhos, se espalharam por outras regiões como Cruzeiro Celeste, mas a parte charmosa mesmo é o Centro Histórico. Lembro-me de minha infância quando vinha a Monlevade e os ônibus passavam pelo Jacui. Tinha até um estádio lá que nos matava de inveja. Tinha arquibancada, raias de corrida e tudo. E tinha um time lá que era temido, que ia a Alvinópolis e sempre fazia jogos duros contra o Alvinopolense e Industrial.

Passar perto da usina sempre foi um assombro pra mim. Aquelas labaredas azuis sempre me impressionaram pra caramba. Mas não era só isso. As ruas sinuosas, as casinhas parecidas, o rio, as pontes, o bairro vila tanque, aquelas casas de cinema que ficam lá em cima, perto do Hospital Margarida, diga-se de passagem, também lindíssimo.
Tem as matas, tem o Floresta Clube, antigo Caça e Pesca, sem falar na Igreja que é magnífica e a Fazenda Solar, onde tudo começou.

Tenho lembranças muito legais do Grêmio, onde ainda adolescente participei do Festival de Música num ginásio lotado e vibrante. Quem vive na bolha de carneirinhos quase não vai ao centro histórico. Também não podemos cobrar tanto, pois a cidade recebe pessoas muito jovens que não tem lastro com a história. Essas pessoas quase não vão até o centro histórico. Tem a impressão de que Monlevade é Carneirinhos e estão completamente equivocadas. Quem acaba tendo uma relação com o centro históricos são os moradores e o pessoal que trabalha na usina, mas que mesmo assim vão lá, trabalham e vão embora. Mas há pessoas mais sensíveis para com a historia, guardiões das memórias, dos dias de glórias e desencantos. É importante que se diga que tudo começou por causa do sonho do pioneiro João Monlevade, se fez maior com Louis Ensch e outros, um dia chamou-se BelgoMineiraArcelorMittal. As empresas são frias. Elas buscam o lucro, mudam, se fundem, criam novas logomarcas, novas placas, mas a cidade se faz é de suas pessoas e suas memórias profundas. Por isso, viva o pioneiro João Monlevade e seu sonho, viva as pessoas que continuam mantendo essa memória viva e viva o Centro Histórico.

Justo o que procurava sobre fazenda solar
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