sábado, 13 de março de 2010

ANJOS GUERREIROS

Até que poucos me chamaram de estrangeiro, salvo insinuações bobas de que eu residia em Belo Horizonte e nasci em Alvinópolis. Algumas informações são passadas de forma subliminar com suas ulteriores carregadas de malícias ocultas, como se isso me diminuisse ou deslegitimasse ( palavrinha feia, como feia foi a maldade de quem escreveu). Mas por um aspecto, devo reconhecer minhas dificuldades em entender o que vai sob os icebergs dos personagens de uma novela que já estava em andamento quando cheguei. Não há como ler as pessoas de forma instantânea, prever as reações, entender suas histórias pregressas, suas amarrações, todo um cipoal psicológico que vem se embolando à décadas. O que posso é trabalhar de forma intensiva e conversar, conversar, conversar, desvelar e ir decifrando vagarosamente os códigos da cidade. Lógico que ajuda bastante ler o Morro do Geo do Marcelo Mello, mas devo confessar que o que me interessa mesmo é o porvir. Temos muito trabalho pela frente e essa cidade precisa desgarrar-se de algumas raízes arcáicas, deixar de ser curral de políticos e tornar-se uma cidade moderna, antenada com o mundo, consciente de sua importância como polo de culturas que se fundem para compor uma painel costurado com aço e abençoado com o suor sagrado de sua gente. Por isso, integro esse governo, trabalho muito e torço pelo Prefeito Gustavo Prandini, pois vejo nele a presença do simbólico, do líder que vem para trazer à tona esse futuro almejado e colocar à cidade num novo ciclo de desenvolvimento humano e econômico. E como bem disse Tancredo, com todas as dificuldades, com todas as ameaças que pairam, não devemos e não podemos nos dispersar. Além da realidade objetiva, existem forças telúricas, energias sinérgicas, baterias que precisam estar carregadas, anjos guerreiros que precisam estar à postos, prontos para não deixar que retornem os tempos da escuridão.

Um comentário:

  1. Sem os tempos de escuridão, como saber que gostamos e precisamos mesmo é de luz? Saúde e força no seu trabalho, sorte você não precisa porque tem a competência para compensar azares.

    Um grande abraço, irmão.

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