quarta-feira, 31 de março de 2010

SÓ FALTAVA ESSA 2

No capítulo anterior, estava eu em minha conversa com o Etvaldo na pastelaria do Chinês. O sujeito me explicou que havia chegado a Varginha numa nave avariada que ainda estava escondida por lá, que seus amigos também estavam espalhados pelo planeta e que se comunicavam regularmente por uma tecnologia parecida com a internet, só que pirateavam os sinais dos nossos satélites. Ele me explicou que eram transmorfos, ou seja, assumiam a aparência e costumes dos povos em que estavam inseridos. Me explicou que existem ETs por todo o planeta, principalmente na ETiópia. Mas eu nem imaginava o que estava por vir. Vamos ao diálogo.

- Puxa, Etvaldo. Mas que história fantástica a sua, rapaz. Mas qual é a real intenção de vocês no planeta, sô. E porque você veio exatamente para Monlevade?

- É simples. Estamos aqui pra dar uma acelerada no desenvolvimento de algumas cidades, de alguma comunidades importantes.

- Uai...quer dizer então que Monlevade é importante?

- Você nem faz idéia. Aliás, hoje já é importante, mas será ainda mais no futuro.

- Pois é. Eu também acredito nisso. Por isso mudei pra cá com mulher, filha, mala e cuia.

- Cuia? O que é Cuia?

- Ah...não adianta eu explicar. Uma tecnologia muito primitiva.

- Trimmm. Puxa...é meu comunicador. Só um minuto: Vix pezzylat pegmizo (bzzt) viztyv.

- O que era isso?

- Nada...só falando com um amigo que ta em órbita do planeta monitorando algumas tempestadades solares.

- Mas esse seu relógio tem tudo hein? Comunicador, relógio...o que mais ele faz?

- Quer saber mesmo?

- Uai...eu adoro tecnologia.

- Já ouviu falar em viagem no tempo?

- Cê ta brincando.

- Tô não. Encoste aqui no relógio.

- Aonde? Aqui....ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

- Opa...chegamos.

- Chegamos? Peraí? Onde estamos?

- Ora...estamos em Monlevade, no ano de 2069 pelos meus cálculos.

- Cara...cê ta maluco? Como faz uma coisa dessas comigo?

- Não se preocupe, sô. Ninguém te vê, ninguém te ouve. A gente só pode ver mas não estamos aqui em atéria...

- Cara...mas aqui tá muito diferente...tudo bacana, com cara de novo.

- Você não viu nada, sô. Veja as pessoas, a prosperidade, as meninas bonitas

- Olha lá, Etvaldo. Não vá se engraçar com as meninas da terra hein? Vá procurar as Etéias.

- Que isso, sô. As terráqeas são lindas. As Monlevadenses então...

- Mas me diga uma coisa. Quer dizer então que Monlevade vai evoluir tanto assim? Além do mais, vejo praças, Vejo muito verde.

- Quer saber mais? Vamos ali ao Centro Holográfico.

- Mas o que é isso?

- Um local onde você vê toda a evolução dos acontecimentos em 3-D.

- Ok...mas não paga?

- Cara.... Tecnologia acessível à todos...e totalmente de graça.

- Puxa vida.

- Isso começou a partir do momento em que um prefeito resolveu colocar internet de graça em toda a cidade. Uma enorme revolução se desencadeou à partir daí.

- Puxa...que maravilha!

- O que você quer ver primeiro?

- Uai...que tal vermos um mapa da cidade?

- Ok...só dizer a palavra MAPA.

- Então vai lá: MAPA

- E aí? O que acha?

- Mas o que é isso?

- Uai...o mapa!

- Mas peraí...que negócio é esse de Região Metropolitana...quer dizer que...

- É o que você está vendo no mapa. A região crescerá tanto que as cidades de João Monlevade, Rio Piracicaba, São Domingos do Prata, Nova Era, Bela Vista, São Gonçalo e Alvinópolis agora formarão uma enorme região metropolitana.

- Meu Deus...quer dizer então que Monlevade vai virar tipo uma capital?

- Pois é.

- Mas e aquela área verde ali em cima?

- O parque ecológico, um pulmão verde onde a cidade respirará, com várias espécies de árvores e ainda um centro cultural.

- Meu Deus...e olhando em volta, vejo os passeios públicos bem cuidados, o asfalto perfeito e o trânsito tranquilo. Não dá pra acreditar. Pra onde foram todos aqueles carros?

- Carro? Pra que carro se as pessoas podem se teleportar para qualquer lugar?

- Deus do céu, Etvaldo. Bom demais ver isso. Mas temos de voltar rápido.

- Mas não quer ficar mais um pouco?

- Nada disso, meu amigo. Temos de voltar agora mesmo.

- Mas pra que tanta pressa?

- Temos de voltar correndo pra construir esse amanhã.

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