terça-feira, 16 de março de 2010

GUERRA AO TERROR

Confesso que nunca havia residido numa cidade em que a campanha política prosseguisse com tanta força após o pleito. Aqui a campanha permanente. Não há tréguas. Não sei como era nas administrações passadas, se esses ataques são pela esperança nutrida pela oposição de a qualquer momento tirar da cadeira mais importante o seu ocupante, intruso em seus ideais de dominação regional. Não sei se por uma tendência legalista da nova administração, de querer fazer tudo muito certinho e de forma democrática. Sei que aqui o tiroteio não para. É fogo cruzado o tempo inteiro. O prefeito sofre uma pressão ininterrupta, avassaladora, como se comandasse Cabul, Tel-aviv, Bagdá pós Sadam. Muitos vivem a cobrar do prefeito mais presença pelos 4 cantos da cidade. Mas como, se todo dia explode um novo factóide? Como se qualquer alfinete é superdimensionado e tornado faca pela rede de mídias dos opositores? Se qualquer mínimo erro repercute como incompetência generalizada? Se qualquer palavra dita é imediatamente distorcida e volta-se contra quem a profere? A administração vive que nem Canudos sitiada, só que o cerco não é de garruchas e trabucos, mas de mídias, de uma bem urdida rede de intrigas. O terreno encontra-se minado, cheio de armadilhas e peçonhas e o eixo do mal não para de planejar novos atos terroristas, guerrilha surda, socos no fígado, chantagens, mísseis e morteiros. E pra completar, o prefeito tem contra si o fogo amigo, que queima noite e dia, ajudando a reforçar o stress que já é grande. Difícil é cada um olhar pra dentro, despir o ego e fazer uma mea-culpa, relevando as diferenças e trabalhando as convergências, de forma a fortalecer o todo e trabalhar pelos interesses comuns. Só assim para iniciar o trabalho de desarmar as bombas, limpar as minas e salvar um bocado de pernas e braços. Mas para isso tá faltando cada um adicione uma palavrinha meio em desuso em seu vocabulário : HUMILDADE!

Um comentário:

  1. Prezado Marcos,

    esse é o retrato da oposição política monlevadense: preconceito, vaidade, orgulho. Carlos Moreira mandou e desmandou nesta cidade durante 8 anos. O paladino da ética editorial ISO9001 se silenciou. A rádia do Mauri se silenciou. Na Câmara nada que era proposto pela minguada oposição de apenas dois vereadores. É como se a cidade estivesse sobre o comando de uma espécie de irmandade, pra não dizer máfia.
    Os inúmeros processos que estão em andamento na justiça são reflexo da vaidade absoluta dessa irmandade em se julgar inintocável.
    Como enfrentar? Trabalho, informação, contra informação, trabalho e tensão até o último dia do mandato.

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