quinta-feira, 1 de julho de 2010

AINDA SOBRE O FEIJÃO (AFF)

Mais uma vez o Thiago Moreira agindo segundo a prática de tentar transformar a exceção em regra. O meu texto é claro. Eu não confirmei que o feijão distribuído tinha bichos ou o que o valha. A afirmativa foi dele. Só fiz um desabafo e uma analogia. Pelas informações que temos, o feijão era de excelente qualidade sim. Houve muito mais elogios que críticas. Também não chamei a "mídia" de burguesa, mas tão somente ele que escreveu aquele texto infeliz. Mas agradeço por ter postado meu texto inteiro em sua página. Assim, as pessoas podem conferir em loco o quanto distorce os fatos. Tá aprendendo direitinho a tática Uri Gheler.

Um comentário:

  1. Catar Feijão (João cabral de Mello Neto) Catar

    feijão se limita com escrever:
    jogam-se os grãos na água do alguidar
    e as palavras na da folha de papel;
    e depois, joga-se fora o que boiar.
    Certo, toda palavra boiará no papel,
    água congelada, por chumbo seu verbo:
    pois para catar esse feijão, soprar nele,
    e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

    Ora, nesse catar feijão entra um risco:
    o de que entre os grãos pesados entre
    um grão qualquer, pedra ou indigesto,
    um grão imastigável, de quebra dente.
    Certo não, quando ao catar palavras:
    a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
    obstrui a leitura fluviante, flutual,
    açula a atenção, isca-a com risco.

    Realmente Martino, como te disse lá no hiper, tinha piolho no feijão.

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