
Mais uma vez o Thiago Moreira agindo segundo a prática de tentar transformar a exceção em regra. O meu texto é claro. Eu não confirmei que o feijão distribuído tinha bichos ou o que o valha. A afirmativa foi dele. Só fiz um desabafo e uma analogia. Pelas informações que temos, o feijão era de excelente qualidade sim. Houve muito mais elogios que críticas. Também não chamei a "mídia" de burguesa, mas tão somente ele que escreveu aquele texto infeliz. Mas agradeço por ter postado meu texto inteiro em sua página. Assim, as pessoas podem conferir em loco o quanto distorce os fatos. Tá aprendendo direitinho a tática Uri Gheler.
Catar Feijão (João cabral de Mello Neto) Catar
ResponderExcluirfeijão se limita com escrever:
jogam-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebra dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com risco.
Realmente Martino, como te disse lá no hiper, tinha piolho no feijão.