domingo, 24 de abril de 2011

NA VIDA REAL NÃO TEM GAME OVER

Vão sempre existir os doidos. Quando eu falo de doido, não estou me referindo aos que tem transtornos mentais - os "Da Luas" da vida - mas aos doidos que colocam em risco as vidas alheias para viver aventuras perigosas. Refiro-me aos motoristas malucos que saem pelas madrugadas, arrepiando nas curvas, tendo orgasmos quando os pneus cantam, botando em risco a vida dos passageiros e dos outros condutores. Infelizmente o mundo é assim. Tem gente com todo tipo de manias e propensões, mas umas são mais prejudiciais que as outras. Eu moro perto da Macogel e o que acontece nas madrugadas é de estarrecer. Já vi carros capotando várias vezes, carro que ficou preso, em pé entre um poste e uma parede e ouço quase todas as noites motoristas que se acham e gostam de testar os limites de seus possantes. Suas manobras acordam todo mundo nas imediações. O som dos pneus cantando é estridente e ficamos aguardando o som de uma batida de lata contra concreto ou contra qualquer outra coisa. O som de sirene de polícia nessa hora não acontece. As vezes ouço som é de algum funcionário noturno da Brahma gritando: - Aí, Doidão!!! Sei que esse negócio de pegas noturnos é antigo (antes que eu me esqueça, tem também as motos turbinadas que também passam em altíssima velocidade nas madrugadas). Alguns filmes antigos ainda da década de 50, incentivavam essa prática, associando juventude á aventura e inconsequência. Eram os anos rebeldes. Até Roberto Carlos falava do seu carango envenenado. Tudo em nome dos hormônios em ebolição. Hoje temos os Velozes e Furiosos 1,2,3,4 e quinta marchas. Aí vem um incrível choque cultural nas mentes de todos. Se é errado o sujeito correr e arriscar a própria vida e as dos outros, como é que esses filmes são liberados, incentivando certos desejos e impulsos? Vai entender. Mas voltando à nossa situação local, pelo menos nas vias públicas existe uma solução: implantar um sistema no estilo olho vivo, que a prefeitura de Belo Horizonte instalou em alguns pontos da cidade. Se iria eliminar esses corredores de rua eu não sei, mas pelo menos iria desmascarar esses papa léguas, revelando o nome desses loucos à sociedade, os multando e tirando uns pontinhos nas carteiras, quem sabe até caçando algumas licenças. Pelo menos se eles se contentassem com um Playstation, tava tudo bem. Só que na vida real não tem game over.

2 comentários:

  1. A vida real tem Game Over sim, Martino. O que ela não tem é " Continue? YES NO "...

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  2. Ok, Célio. Se os espiritualistas estiverem certos, pode até ser. Mas neste caso, começa tudo de novo, do zero e em outras condições. O sujeito pode reencarnar num grilo. Muita "karma" nessa hora.

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