segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ROCK NA RUA - LEGIÃO II - ROCK COM UM "T" BEM GRANDE PRA VOCÊ...

Uma banda cover que se preza, tem de ser igual!


Traduzindo: ROCK COM TESÃO! Pra lhes dizer a verdade, prefiro sempre as bandas que tem composições próprias pois sou ávido por novidades, mas devo abrir uma exceção para os covers da LEGIÃO II e vou dizer por que. É o seguinte. Estamos carentes de bandas de conteúdo, que tenham letras reflexivas, instigantes, provocativas e poéticas. Infelizmente, depois dos anos 90 parece que os temas foram se resumindo aos romances. Nada contra o amor. Mas você pega o pagode e só vê romances. Pega a música sertaneja e dá-lhe romance. Pega o axé, mais amor. E pega o rock e só tem amor também. Com a turma Emo então, nem se fala. O cornismo teen chegou ao rock. Deus me livre. O pior é que o povo não enjoa de tanto açúcar. Daqui a pouco vai dar diabete intelectual numa geração inteira. Mas voltando às bandas dos anos 80. o Legião Urbana, junto com Cazuza e o Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Lobão e o Titãs, formaram a turma da prateleira de cima do Rock Brasil . Cazuza, talvez tenha sido o poeta mais visceral, mais físico, porém mais pele, mais superfície. Os Paralamas, uma banda que inaugurou o diálogo do Rock Brasil com a MPB, os melhores músicos da troupe. Lobão foi a voz da contravenção,  da potência roqueira, Os Titãs podem ser traduzidos por um dos seus discos Tudo ao mesmo tempo agora”. Foram a síntese do Rock Brasil. Mas o Legião foi a profundidade. Renato Russo, com sua força poética, foi a voz da geração coca-cola, dos filhos que não entendem os pais, da indignação dos que perguntam Que País é esse?. São muitos achados poéticos escondidos nas belíssimas melodias, nos arranjos fáceis de se tocar, das canções de apelo folk, que podem ser bem acompanhadas só com um violão. Reviver a música do Legião será de lavar a alma da geração que viveu aqueles anos maravilhosos. Estou contando as horas...

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