Há alguns dias tive momentos de indignação pela forma com que fui atendido em alguns comércios de João Monlevade. Naquela ocasião até propus a criação do "selo de inqualidade". Mas com o tempo, fui percebendo que existem também comerciantes e prestadores de serviços que merecem selos de excelência. Monlevade é uma terra de comerciantes bem sucedidos, que conseguiram erguer seu patrimônio às custas de muito suor e sorrisos. Em sua maioria, são senhores e senhoras que deram duro, que viram seus espaços subindo tijolo por tijolo, vidro por vidro. Tem ainda os jovens empresários, herdeiros das famílias, tem os que são vocacionados e há acima de tudo uma cultura comercial forte. Hoje fui muito bem atendido em um comércio local e isto, sem dúvidas,me inspirou a escrever sobre o assunto. O bom atendimento foi fundamental em minha decisão de compra. Não que tenha sido mal atendido em uma concorrente, mas o atendimento em questão foi diferenciado e decisivo na decisão de compra. Isso pôs-me a pensar: atender bem seduz, cria confiança e fideliza. A pessoa que atende entra no mundo do cliente, descobre o que pode fazer para agradá-lo e realiza seus sonhos. Simples assim! Não há quem considere a compra uma terapia? Não tem aquelas pessoas que se sentem aliviadas quando compram? Eu conheci uma senhora da alta sociedade mineira, que aliviava o stress comprando. Quando mais sacolas de compras, mais aliviada ficava. Por isso, a pessoa que atende, se souber atender bem, torna-se um psiquiatra, um consultor. Tem gente muita habilidosa nessa arte em João Monlevade. Eu poderia listar vários exemplos de empresários que vivem o seu comércio e por isso nos dispensam um atendimento cortês, prazeroso e o mais importante: vendendo e entregando qualidade. Tá bom! Tem horas que pegamos os mau-humorados, os "não tô nem aí procê", os entediados, os indiferentes, os picaretas, mas é como um ditado que venho repetindo: não se pode condenar a tribo inteira pelo pecado de um índio. Já discorri sobre a qualidade ruim em postagens anteriores ( selo de inqualidade), mas e se formos seletivos? Ora, se gostamos de bom atendimento, vamos mapear onde é que somos bem atendidos, vamos compartilhar com os amigos e formar uma rede de qualidade. Mas alguém pode argumentar. Ora, mas tem gente que não liga pra qualidade de atendimento, que quer é preço. Pode ser. Mas e se quem tiver preço também tiver qualidade no atendimento? Fica ideal, não fica? E não é nada impossível. Há tempos chamo Monlevade de Cidade Shopping. Uma parte shopping popular, a outra mais requintada. A escolha é nossa.
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