Caramba! Como eu tenho falado desde que me mudei para cá, a cada dia alguém chega e me traz novas peças pra formar esse quebra-cabeças que é Monlevade. Porém hoje, acho que me encontrei com o dono do quebra-cabeças. Deixa eu explicar. Tem um cara aqui que vale ouro, que fez sozinho o que deveria ser feito pelas instancias políticas, econômicas, culturais, etc de qualquer cidade. Eu não fui visitar o seu acervo, mas ele me fez um relato minucioso de tudo, me mostrou fotos e recortes de jornal, me emocionou com vários casos e me deixou a pensar sobre como a gente aprende conversando com certas pessoas. Muitas já haviam me citado o nome do Chiquinho Barcelona, como autoridade em diversos assuntos. Eu fiquei só ouvindo, até que por intermédio do Marcelo Melo, marcamos de nos encontrar pra conversar hoje sobre o Concurso Literário que estamos promovendo e o Marcelo ficou de levar o Barcelona. Queria ouvir a opinião desses dois depositários da cultura local sobre o Concurso. Mas na hora da conversa o Marcelo não pôde estar presente, mas tive o prazer de receber o Chiquinho e fui percebendo que estava diante de um oráculo. Tive uma aula intensiva de Monlevade, de suas memórias intelectuais, história, enfim. Engraçado que não conhecia o Barcelona nem de foto. Fiquei imaginando um sujeito mais velho, de óculos, fala mais tranquila. Mas eis que me chega um sujeito falante, cheio de energia, cuja idade eu imaginei ser de uns 50, 52 anos. Ele disse ter 58.Chegou e saiu falando e eu fiquei lá um tempo, imaginando o que poderia ser feito, um videodocumentário, parceria na preservação do acervo, workaulas sobre a história do jornalismo monlevadense na FUNCEC, exposições fotográficas. Quer dizer, tudo isso remunerando o multi-homem de alguma maneira, afinal, tudo bem que ele faz essa coisas todas por hobby, mas é também um oficio e todo oficio merece recompensa. Deus queira que em breve eu possa conhecer o QG desse verdadeiro museu vivo. Desabrocha os seus talentos, Monlevade!
Parabéns Marcos, pelo texto. Foi de uma sensibilidade incrível.
ResponderExcluirO moço é mesmo especial e não é àtoa que está conosco, no "Morro do Geo", desde seu início. Um patrimônio cutural e histórico. E foi bom eu não ter participado. Ficaram mais à vontade.
Valeu.
E, pegando uma carona, falei com o Chiquinho agora a pouco sobre o texto (porque o moço ainda está na era da máquina de datilografia)e ele mandou agradecer muito.
Abraços,