domingo, 12 de dezembro de 2010

DECADENCE AVEC ELEGANCE

O Roqueiro Lobão, meio esquecido nos últimos tempos, escreveu canções muito boas e entre elas o funk DECADENCE AVEC ELEGANTE. Pois é. Impossível deter a irrefreável ação do tempo sobre nossos corpos mortais. Imagino ser mais cruel ainda para os que são bem dotados de beleza nesse planeta. Os muito belos, principalmente as mulheres, sofrem muito mais por perder exatamente os atributos que os diferenciam no mundo. Quem souber aproveitar essa beleza pra fazer o pé de meia, terá gordura para queimar ( literalmente). O irônico é que na maioria das vezes quem ostenta tanta beleza acaba não recheando o cérebro com bons conteúdos e quando a decadência vem, sofre e corre atrás de recuperar o tempo perdido. Como falou o grande compositor e poeta Renato Russo, não há tempo perdido. O problema é quando já não somos tão jovens. Aí, já começamos a querer falar mais com Deus querendo reservar um lugarzinho melhor no céu. Alguns diminuem o açucar, o alcool, o cigarro, as noitadas, a vida. Outros não estão nem aí e cultivam uma barrigaça de barril. Puxa, como gostaria de ser assim. Não me perdôo quando olho no espelho e vejo a bóia que se formou em torno da minha outrora barriga bem desenhada. Prometo-me ela enézima vez que vou dar um jeito de malhar, de correr, de praticar esportes. Mas a minha agenda está lotada de compromissos, pressões e responsabilidades. Certa vez aconselhei uma política que reclamava do tempo que se mudasse pra Júpiter, pois lá o dia tem 51 horas. Bem que seria uma ótima. O certo é que o que não se usa, atrofia. Vou arranjar um jeito, seja como for, de voltar a fazer alguma atividade física que me ajude a viver a minha decadência com elegância. Só de não perder o bom humor, já ganho alguns pontos. Os cabelos, não recuperarei mesmo. Só mesmo a boina pra dar um charme intelectual. Quanto aos dentes, nada que implantes não resolvam. Já que não dá mesmo para evitar que a velha senhora de negro venha me buscar, que me encontre em forma ( em forma de barril é que não será).

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