Existem pessoas em Monlevade que estão muito acima das pequenezas políticas que tem dominado as discussões cotidianas. Infelizmente esse joguinho de gato e rato, de oposição e situação gera uma inércia tremenda que atrasa o andamento de quase tudo na cidade. Bom, mas como não tem jeito mesmo de mudar essa lógica perversa, vou falar de algumas pessoas que estão acima dessas questões e que realizam um trabalho maravilhoso, sendo pouco influenciadas pelo jogo político. Uma delas é a bibliotecária da Escola Papini, a Bel. Ela faz um trabalho magnífico de incentivo à literatura, mobilizando toda a comunidade, todo o círculo de relações da escola em eventos cheios de poesia e encantamento. Fiquei muito feliz com o fato da minha filha ter tido a oportunidade de estudar nessa escola. Na Papini, a cultura tem valor e isso vale para todas as professoras e diretoria, inclusive ao conhecer algumas ex-diretoras entendi o porque de tanta atividade. São gerações levando adiante o ideal de difundir bem mais que os conhecimentos corriqueiros, de incluir bons conteúdos e promover a criatividade e o senso crítico dos alunos. Outra pessoa que muita me encanta é a Rita de Abreu, autora do Hino Oficial da Cidade. Conheci a Rita há algum tempo atrás, gostei muito do jeito zen que ela tem, conheci o charmozíssimo bar Santuário que ela junto com seu marido decorou e estruturou, mas só recentemente fui conhecer o Coral ArteSom que ela rege no Cônego. No recente Encontro de Corais no Centro Educacional o coralzinho de adolescentes deu um show e se destacou entre corais mais experientes, sendo ovacionado pelos presentes. Na oportunidade, a Rita já me deu um noção geral de como era o trabalho no Cônego. O coral representa não apenas uma recreação artística oferecida aos alunos, mas a oportunidade dos jovens se dedicarem à uma atividade edificante, alternativa ao que é oferecido nas ruas pela marginália que infelizmente não para de crescer. Ontem (07) fui ver o concerto de Natal promovido pelo Coral Artesom e mais uma vez fiquei bem impressionado. Além do Coral da Rita, que eu já conhecia, estreiou o recém formadoCoral ArcoIris, contando com alunos bem mais novos. No total, eram 23 crianças cantando e encantando os presentes. O evento teve ainda a presença do Coral do CESP e foi acompanhado por dois excelentes violonistas, um deles professor no Cônego que sempre acompanha o coral (não me disseram o nome do professor) e também o famoso Lauzinho, que não tive a honra de conhecer pessoalmente . Mas voltando à Rita, que coisa aquela mulher. Ela deixa um rastro de beleza e bondade por onde passa. Parafraseando Pessoa, tudo vale à pena quando a alma não é pequena. E como diz o amigo J. Henriques, " e vamos subindo a montanha".

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