Tem trem que faz uma raiva danada. O nosso trem Azul nem se fala. Tá dando dó. Se escaparmos da segundona esse ano, poderemos comemorar. Mas tem outros trens que também dão muita raiva. Dá vontade na hora de xingar alto, mandar para a PQP, se possível dar umas porradas, uns pontapés. Por isso fazem sucesso essas academias de luta. O sujeito vai pra lá, pega um dos bonecos de areia, fecha os olhos e entra de porrada, de repente imagina o chefe, o jornalista perseguidor inescrupuloso, a crise, a crase, a mulher que implica, a amante que complica, o jornalismo candinha que assola a cidade. Lembrei até de um debate que tive com um compositor local no facebook, o Emerson Junior. Ele faz um espécie de elogio ao ódio. Argumenta bem, dizendo que muitas vezes o ódio é necessário e até benéfico. Não consigo pensar no ódio como uma coisa boa. Sou careta demais, embora reconheça a importância de certos movimentos que cresceram à partir de muito ódio acumulado. O ódio se fez presente nas revoluções. Voaram muitas cabeças de reis e rainhas. Também saqueou, discriminou, violentou, agrediu. Continuo achando que o ódio torna as pessoas reféns dos que não tem ódio, estes com objetivos definidos e determinação para atingí-los. Os odientos aparentemente são vilões, mas são controlados sem saber por pessoas frias, estrategístas, sem escrúpulos, capazes de matar ou mandar matar se necessário. É bom abrir o olho, pois essas pessoas vivem na moita, não aparecem, não dão entrevistas e só ficam pelas esquinas da cidade, assuntando e comprando almas.
Realmente Martino, o trem tá feio! E não é só o trem azul. Já pensou o Brasileirão 2012 sem nenhum representante mineiro? O que vai ter de gente rasgando o verbo, destruindo ônibus, bares, placas de sinalização, a fisionomia alheia através de pancadas e etc, não vai ser brincadeira. Quem me dera poder ver todo esse ódio concentrado em algo útil. Mas, que faz raiva faz. Eu já estou preparando novas válvulas de escape.
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