sexta-feira, 29 de novembro de 2019

COVERS X AUTORAIS...

COVERS X AUTORAIS

Os Beatles tocaram covers. O Led Zepelin também. O Van Halen idem. O Capital Inicial toca muitos covers em seus shows. Michel Teló toca uns 3 hits próprios e o resto é cover. Caetano gravou cover de BOB DYLAN. Lulu fez versão dos Beatles.  A jovem guarda fez versões românticas de várias músicas do rock.  Ah... e tem os intérpretes como Elis Regina e Maria Betania. Só cantavam músicas dos outros, ou seja covers. A diferença é pegavam essas músicas e transformavam em sucesso. Quase todos tocam covers.

OS BARES PREFEREM COVERS

A explicação é simples. Quando o bar anuncia que vai ter uma banda cover do Raul Seixas, sabe que vai arrastar o enorme público do maior roqueiro brasileiro. Cover do Pink Floyd também é garantia de bilheteria. Assim com o Engenheiros do Hawai, com o Legião Urbana, U2 e principalmente Beatles. Deve ter mais de mil bandas covers dos Beatles só no Brasil.

O PÚBLICO PREFERE OS COVERS

A explicação é simples também. O público hoje em dia tá muito interativo. Gosta de ir aos shows e participar cantando junto com os artistas. Então, prefere músicas conhecidas. Essa é a lógica. Quando as bandas tocam músicas autorais, o público tem de prestar atenção e não dá pra participar tanto.

O DRAMA dos AUTORAIS

Os compositores ficam doidos tentando conseguir a atenção do público para as suas músicas. Conseguir fazer com que as músicas sejam conhecidas é o grande desafio. Mas tocar em rádios massivamente não é barato. Entrar nos programas de TV mais populares então nem se fala. E os compositores acabam sendo barrados até dentro de suas bandas.

O QUE FAZER?

O ideal é equilibrar o repertório. O objetivo número 1 de um show é satisfazer a platéia, gerar uma experiência agradável,  inesquecível.  Se o show for num teatro, pode funcionar muito bem só com autorais, desde que o artista seja envolvente, didático e que se garanta. Mas num show de massa  ele precisa entreter, criar o clima para que o povo dance, extravase, seja feliz. Se o artista tiver músicas autorais que possam ser diluídos dentro desse esquema e que funcionem, tudo bem. Mas se o artista insistir em tocar só autorais, corre o risco de perder a atenção do público e gerar desconforto.

TER AUTORAIS É IMPORTANTE?

Depende. Se a banda for convicta no objetivo de fazer só covers, nem precisa de autorais. Por exemplo, uma banda cover do Mamonas não precisa de música autoral pra nada. Mas se a banda quiser algo mais, se almejar ter respeito, se quiser personalizar o trabalho, se quiser ir mais longe, importante que tenha músicas próprias. Só para citar um exemplo, músicas do BONAPART tocaram em diversas rádios e ajudaram a popularizar a banda. Se não tivesse músicas próprias, não alcançaria o status alcançado.

AUTORAIS MUITO BONS DE JOÃO MONLEVADE

Tem alguns compositores que considero muito bons mesmo em Monlevade e no médio piracicaba. Eu citaria por exemplo a cantora Isa Lelis. Vcs já ouviram? Melodias bem urdidas e letras muito boas mesmo, confessionais, muito boas. Julio Sartori da banda DIZARM também é ótimo compositor. Suas letras são densas e vasculham os labirintos da mente humana, a escravidão moderna, paranóias e infernos psicológicos. Mark e Max da banda BONAPART também são muito bons nos temas pop, com uma pegada rock muito bem acabada. Marcos do Infocus também tem algumas canções pop muito boas. Guilherme Calk fez algumas coisas muito boas. Chico Franco é compositor da antiga que deve ter um baú fantástico de composições ( seria legal um projeto de lei de incentivo pra registrar esse acervo). Em São Domingos do Prata tem Celso Adolfo, que tem dois hits nacionais que foram "Nós Dois" e "Coração Brasileiro".

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