sexta-feira, 1 de novembro de 2019

ENTREVISTA COM JUAREZ MOREIRA

O Cenários dessa semana entrevistou o músico mineiro  Juarez Moreira, que estará se apresentando nesse sábado às 19:00 na Praça do Povo em João Monlevade, junto com o Juarez Moreira Trio, tendo a luxuosa companhia de Kiko Mitre no baixo e Gabriel Brucena na bateria. Mas vamos à entrevista.

CENÁRIOS: Como foi sua iniciação na música? Como começou a sua história com o violão?

JUAREZ MOREIRA - Minha história com o violão começou com meu pai, dentro da minha casa, através do meu pai, que era um violinista não profissional, diletante. Ele ouvia os discos de violão do Dilermando Reis, Luiz Bonfá e Baden Powell, ouvia bossa nova. E venho de família de músicos. meu avô era músico, meu tio era grande violonista. Nós somos de Guanhães, perto de Monlevade e fomos criados numa família de músicos. E ouvimos todo tipo de músicas, clássicos, popular, bossa nova...

CENÁRIOS: Vc começou direto como o concertista solo ou também teve banda de rock e tocou guitarra na juventude?

JUAREZ MOREIRA -Eu comecei tocando música popular. Ouvíamos todo tipo de música. Ouvíamos  Roberto e Erasmo, Bossa Nova, Chico Buarque, Steve Wonder. Então aprendi a acompanhar no violão essas músicas que a gente ouvia. O tempo todo procurando os LPS. Eu nem pensava em ser solista. Isso foi consequência do envolvimento com a música.

Com o mestre João Donato
CENÁRIOS: E seu trabalho como compositor? Quantos Cds gravados?

JUAREZ MOREIRA -Eu tenho 14 CDs gravados e no momento estou terminando meu segundo cd sobre a obra de Tom Jobim e agora em 2020 nós vamos gravar mais dois cds. Um de composições próprias que vai se chamar "dedicatória" e outro em torno das músicas dos Beatles.

CENÁRIOS: Poderíamos dizer que sua principal influência foi a música do clube da esquina ou houve outras influências?

JUAREZ MOREIRA -O Clube da esquina foi muito importante, mas antes eu já ouvia Tom Jobim, Luis Bonfá, Baden Powell, até Roberto e Erasmo que gosto muito e música popular brasileira. Mas o Clube da esquina era um movimento muito rico e todos esses gêneros estavam representados lá dentro. Eu já tinha uma vivencia muito grande com a música brasileira, muito antes de participar como músico do clube da esquina. Toquei com quase todos do clube da esquina e foi uma experiência muito enriquecedora pra mim.

CENÁRIOS: E as parcerias? Quais são os companheiros habituais de viagens? E com quais nomes vc se apresentou nessa sua trajetória vitoriosa?

Com Nivaldo Ornelas
JUAREZ MOREIRA - Meus companheiros de viagem e de música nesses últimos anos foram  Nenem na bateria, Kiko Mitre, teve o Ezequiel Lima também, tem Chico Amaral, tem Kleber Alves. Tem grandes músicos mais novo também. Tem o Dé Angelo, Cristiano Caldas. Toquei com grandes nomes como Wagner Tiso, Toninho Horta, Nivaldo Ornelas, João Donato, Egberto Gismonti, Ivan Lins.

CENÁRIOS: Onde a música te levou? Em quantos estados e países já se apresentou?

JUAREZ MOREIRA - Já viajei muito este mundo. Venezuela, Bolívia, Argentina, França, Espanha Portugal, Suiça, Alemanha. Ainda não fui ao Japão mas qualquer dia o faremos. Já rodei o Brasil todo também.

CENÁRIOS: Como está o cenário para a música instrumental. Existe um circuito? Tá dando pra sobreviver bem?
O violão de nylon é seu instrumento mais usual

JUAREZ MOREIRA - A música instrumental sempre teve seu segmento próprio e ela ao longo das ultimas décadas só tem melhorado e conquistado espaços. Ela está a margem da chamada música popular. Mas ela tem um público fiel. E aparecem sempre ótimos músicos. No meu entender ela só cresceu.  Há um público especializado,  ligado em música instrumental.

CENÁRIOS: Nesse show em Monlevade, o que vão tocar pro pessoal? O que o pessoal de Monlevade pode esperar?
A guitarra é outro instrumento usual do Juarez.
JUAREZ MOREIRA - Nesse show vamos tocar minhas composições, além de temas do Tom Jobim, Beatles e alguns temas de jazz. 

CENÁRIOS - Juarez, seu instrumento original é o violão?Como foi que a guitarra elétrica entrou em sua vida?
JUAREZ MOREIRA - O Violão e a guitarra entraram em minha vida desde cedo. Lá em Guanhães nos anos 60 papai já tinha uma guitarra Gibson PS127-T e eu aprendi a tocar os dois instrumentos juntos. Sempre me acompanharam esses dois instrumentos.
CENÁRIOS - Como vc lida com a internet. 
JUAREZ MOREIRA - Uso mais a internet para divulgação do meu trabalho. No plano pessoal eu prefiro ficar mais na minha. É um instrumento muito bom mas é muito perigoso.
CENÁRIOS - Vc convive bem com a música popular hoje em dia? Consegue gostar de algumas coisas?
JUAREZ MOREIRA - Eu sou de uma época que tinha muita música de alto nível. Tinha Chico, tinha Tom Jobim, os Beatles, Roberto Carlos. Hoje em dia as coisas mudaram muito, o pais sociologicamente e politicamente mudou muito demais. Rádios que definem o que vai e o que não vai tocar. Mas de certa forma, a música que nós temos hoje representa a cara do Brasil.
CENÁRIOS - Como é a sua convivência com sua cidade natal. Guanhães trata bem do seu filho ilustre? Vc sempre se apresenta por lá?
JUAREZ MOREIRA - Guanhães sempre me tratou muito bem. Embora eu não vá tanto quanto gostaria. Mas já fiz 3 shows na cidade nesses 30 anos, completamente aplaudidos,  sempre com um público enorme, sempre tratado com muito carinho pelo pessoal da minha terra.  Sempre guardo Guanhães no meu coração. E tô precisando voltar né? Aproveito pra mandar um abraço e pra convidar os Ganhanenses que estão perto, que possam comparecer no meu show.
CENÁRIOS - Quem quiser contratar um show do Juarez Moreira tem de falar com quem?
JUAREZ MOREIRA - Com a minha produtora Luiza Barcelos: luizabarcelos@gmail.com - (31)97154-2336

CENÁRIOS - Deixe seus endereços virtuais para quem quiser pesquisar sobre o seu trabalho...

https://facebook.com/juarezfmoreira
https://www.instagram.com/juarezfmoreira/
https://m.soundcloud.com/juarezmoreira
Site www.juarezmoreira.com.br
E a discografia dele está disponível em todas as plataformas de streaming: Spotify, Deezer, iTunes...

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