Conheci
o inquieto poeta e escritor Nova-erense Remisson Aniceto há pouco tempo, mas o
suficiente para admirar a sua figura, suas lutas, sua obra. Remisson gosta de
poetizar o cotidiano e o faz muito bem em versos e prosa. E agora se arrisca na
literatura infantil com o livro "O INDIOZINHO QUE SE APAGAVA". Nome instigante
né? O livro sairá pela importante editora gaúcha Coralina, que tem
representantes até em Portugal. O INDIOZINHO QUE SE APAGAVA vai inaugurar o
selo Coralina Jovem. O livro conta a história de Saíra, um frágil indiozinho
adotado por uma família da cidade grande, mas negligenciado pelos novos
familiares. Um belo dia, depois de tanto sofrer, decide procurar seus
verdadeiros pais. Durante a fuga, descobre uma enorme árvore que o leva
para outro mundo e uma seiva mágica que tem o poder de deixá-lo invisível.
Basta esfregá-la em seu corpo para desaparecer. O projeto foi pensado para ser
monocromático.
Propositalmente, páginas escuras se misturam com páginas
brancas, alusão às pinturas indígenas. Os traços fortes da ilustração se
aproximam das pinturas corporais indígenas, bem como os tribais que desaparecem
no decorrer do livro geram movimento e seguem o protagonista. O conceito da
capa segue o mesmo padrão e possui uma tipografia escura e de difícil
leitura, como se estivesse sendo apagada como o próprio indiozinho. Remisson,
que não para um minuto sequer, teve o cuidado de enviar cópias para diversos
escritores e educadores pra captar os feedbacks. Vamos a alguns.
Segundo Célia
Armani, Coordenadora Pedagógica e Educacional e Especialista em Metodologias
Ativas, trata-se de uma ótima
escolha para escolas que desejam trabalhar valores. A professora aposentada
Sonia Maria Lima Teixeira disse o seguinte" Quem nunca teve
vontade de desaparecer, de sumir alguma vez na vida? Pois foi literalmente
dessa forma que "Saíra", o personagem principal do livro "O
Indiozinho Que se Apagava" conseguiu resolver seus problemas e
encontrar o seu mundo. Misturando fantasia e
realidade, Remisson Aniceto, em seu primeiro livro
infantojuvenil, conseguiu, de forma perspicaz, envolver uma pluralidade de
temas do cotidiano contemporâneo e de diversidade cultural em uma história
cativante, desde as suas primeiras linhas. Vale a pena conferir". Escreveu
o sociólogo e historiador, poeta e escritor Cesar Augusto de Carvalho. "Às vezes matuto se o
artista tem consciência de suas escolhas para produzir sua obra.
Essa questão,
que nunca será respondida, voltou-me à mente ao ler O INDIOZINHO QUE SE
APAGAVA, de Remisson Aniceto. A começar pelas ilustrações, quase
negras, prestes a fazer desaparecer tudo, até os caracteres. Aí você
começa a ler a história e se surpreende com a quantidade de elementos
simbólicos que se escondem na trama do indiozinho que, adotado e
maltratado pela família branca, foge, não à procura do pai falecido num
acidente, mas em busca de sua família, de suas origens. Saíra, o
indiozinho, refaz a mesma jornada arquetípica de todos nós, a busca por
nós mesmos. Não bastasse a força da narrativa, as ilustrações do livro ganham
luz à medida que a história se desenvolve. O negro quase desaparece e o
branco integra-se, carne e osso, à narrativa textual.Daí a minha pergunta: será
que o autor tem consciência de suas escolhas simbólicas? Da força que elas
têm e que ganham na construção do enredo?Mas, isso tem importância? Segundo a professora Monique Naiara M. Luz
"Livro bom é aquele que provoca a discussão, promove o debate e
aflora o positivismo, o incentivo e o desejo de agir e transformar a
sociedade para melhor. Procurando mostrar — sem demagogia e sem forçar a barra, que o
único caminho para o bom convívio social é aquele onde o respeito, a amizade, o
amor, a solidariedade, o entendimento e a aceitação caminham juntos. E estas
questões são tratadas de forma muito clara no livro "O indiozinho que se
apagava", de Remisson Aniceto. Estávamos carentes de um livro
deste porte". Pelos comentários, dá pra perceber que o livro será um
sucesso. Importante destacar que já está a venda no site da Editora Coralina.
Só acessar o site editoracoralina e procurar o livro o indiozinho que se
apagava e adquirir pela internet por apenas por apenas 25 reais. Mas pro
pessoal de Monlevade e região, Remisson já entrou em contato com Jacqueline Silvério pra
fazer o lançamento na República Literária.
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