
Antes de qualquer coisa, devo esclarecer que posso estar falando besteira por opinar no calor de uma primeira impressão, mas o Estádio Louis Ensch pode ser adaptado, como acontece nos maiores estádios do mundo, para tornar-se uma fantástica Arena Multiuso . São vários aspectos positivos. Em primeiro lugar por estar localizado num local de fácil acesso, depois por ter grande parte das benfeitorias já prontas, demandando poucos investimentos. Com certeza, se pensarmos melhor, encontraremos uma série de aspectos mais. O cenário do Aniversário da cidade não poderia ser mais lindo. Na primeira noite, foram contemplados os públicos evangélico e católico, abrindo espaço para o louvor. O público foi pequeno, mas fiel. Na segunda noite, a chuva castigou a cidade em cima da hora do evento. As 8:30 da noite, estávamos eu e o Luciano da Casa de Cultura sentados na tenda da Prefeitura, assistindo impassíveis à uma chuva torrencial que caia sobre o gramado. Diga-se de passagem: drenagem perfeita. Mesmo com o dilúvio que caiu, nenhuma poça. Enquanto filosofávamos sobre a vantagem do Budismo. pelo fato dos seus adeptos terem um maior relaxamento em aceitar as intérperies da vida, a chuva aumentava e a gente ia falando de política, passando pela música, tentando nos distrair e para quem sabe, distrair até a chuva. Mas graças a Deus, a chuva foi diminuindo até ceder completamente. Depois de um bom tempo é que o público começou a chegar. O show do Sérgio Martinelli no meu entender foi muito bom, confirmando a qualidade vocal do cantor, agradando em cheio ao público presente. Fica o registro da necessidade de trabalhar um pouco mais as coreografias. Imagino que haja uma certa dificuldade inicial da transição entre a estrutura pocket dos shows do Martinelli para um palco maior. Nada que não se resolva com mais ensaios, com um bom roteiro e se possível, com algumas dançarinas maravilhosas se juntando aos rapazes. Ah...o próprio Martinelli também precisa soltar um pouco mais a franga. Só comentários pontuais, ok ? Só pra ajudar. Depois foi a vez da mais democrática de todas as bandas: a Bartucada de Diamantina. Poucas vezes na vida assisti um show mais colaborativo, mais interativo. A superhipermega charanga faz um crossover sonoro de arrepiar, com uma garra impressionante que leva todo mundo de roldão. O mais curioso é que qualquer cidadão pode tocar na Bartucada. O prefeito tocou, vários presentes subiram ao palco e tocaram juntos, até minha filha tocou tamborim, dançou no palco, se esbaldou numa grande apoteose sonora. Interessante também que no show cabe de tudo, de Legião Urbana ao axé, de samba enredo ao sertanejo, de mpb ao cabrobró do Tianastácia. O resultado dessa filosofia não poderia ser outro: sucesso, alegria, carnaval temporão. Voltando ao tema inicial , ficou para todos a impressão de que a solução para a área de eventos estava debaixo dos narizes de todos: o Estádio tem tudo para se tornar uma grande Arena Multiuso. Com uma ressalva: no gramado, cabem mais ou menos umas 30 .000 pessoas. Se estiverem presentes 5.000 pessoas, fica uma impressão de que os eventos estão vazios. Outra coisa é que, a exemplo do que acontece em outras arenas como a Arena da Baixada do Atlético-PR ou mesmo do Mineirão ou Maracanã, tudo precisa ser feito para preservar o gramado. Se o estádio for utilizado para outros fins que não seja o futebol, terá de ser feita uma pesquisa para avaliar a melhor tecnologia para proteção do tapete verde. Depois do show da Pitty a gente comenta mais.
Caro Amigo Martino,
ResponderExcluirmuito bem pensado em dar mais utilidade ao Estádio Louis Ensch.
Gostaria de acrescentar mais um espaço, o do Ginásio no final da Castelo Branco, para pequenos espetáculos, incentivando a turma da cidade, a ter um espaço permanente, culturalmente ativo, e anexando a possibilidade de multiuso, pelas turmas dos esportes, radicais ou não.
Parabéns pelo show da Banda In Focus. Eles estão no caminho certo e precisamos, nós, incentivarmos mais esta e outras bandas, conjuntos, etc.
Abraços.