sábado, 21 de maio de 2011

BELOS HORIZONTES

Na última viagem que fiz, de João Monlevade para Belo Horizonte, deixei de lado a leitura, o notebook, concentrando-me na paisagem, deixando os olhos passearem, imergirem no que via. A queda da ponte do Rio das Velhas provocou uma mudança de trajeto que por um lado nos perturba, mas ao mesmo tempo nos permite novos olhares, por uma região pelo menos para mim até então desconhecida. Impressionante o quanto a região de Santa Luzia é industrializada. É cimenteira pra todo lado, indústrias químicas, fábricas de tudo enquanto é jeito. Mas na chegada a BH, próximo ao Bairro São Gabriel, me impressionou muito o complexo de favelas...ou quase favelas. Um mundaréu de casas, várias empilhadas uma em cima da outra, todas se escorando, se segurando de pé.



Sinceramente, tenho o maior respeito por esse pessoal. A primeira vista, tudo parece paupérrimo, sujo, sem nexo. Mas por outro lado, como sou ignorante total em matéria de construção, como não tenho o maior talento para coisas práticas, respeito muito esse pessoal que se vira como pode , que sobrevive e até consegue ser feliz no meio da miséria aparente.


Mas na favela tem mais que miséria. A arte e a cultura pululam, fervem e inspiram

Veio o contraste.
Sai da favela e fui parar na Savassi,
uma das regiões mais sofisticadas do país.
O por do sol na Savassi
mostra porque a cidade se chama Belo Horizonte,
com seus dourados, lilazes e azuis.
O mais bacana é que o horizonte é belo para todos.
Visto da favela então é mais bonito ainda.

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