terça-feira, 31 de maio de 2011

I PAD, I PED, I PID, I POD, I PUD - (reprise)

Vivemos a emergência do novo. E da-lhe música nova, filme novo, livro novo, moda nova. Nas propagandas, modelos jovens, homens e mulheres novos esbanjando saúde e poses. Essa ditadura do novo é uma invenção do marketing que precisa dessa voracidade para vender suas quinquilharias. Nas vitrines os novos sapatos da moda, a calça da vez, os cintos, os tênis. Mas nada se compara as novidades tecnológicas. São tantas maquininhas pra fazer tantas coisas que já estou começando a achar que um amigo de Teófilo Otoni foi profético em uma frase. Ele falou o seguinte: - "A tecnologia está evoluindo tanto, que daqui a pouco tempo não vamos precisar mais de gente". Só que ao mesmo tempo que existe essa cultura do novo, a internet traz a possibilidade de termos acesso a aquelas coisas que curtíamos nos tempos de criança e que nunca imaginávamos encontrar de novo. Encontrei Goldar, Ultraman, Nacional e Cisco Kid, a feiticeira, enfim. A frase de uma música dos Titãs também foi emblemática : "Tudo ao mesmo tempo agora". Enquanto desembocam em meu computador as novidades que convergem de todas as mídias, vou criando meu museu virtual particular.Todas as gerações tem opções de conteúdos. Tem tudo das décadas 60, 70. 80, 90 e por aí vai.Definitivamente não sou das gerações x, y ou z. Devo ser da geração "j" de jurássico. Mas peraí! Também nem tanto! Nasci na pororoca entre o analógico e o digital. Devo ser um dinossauro cyborg. Confesso-me apaixonado pelas facilidades que a tecnologia nos oferece neste self service infinito. Aprender a manusear os softwares e hardwares que se apresentam tem sido o grande desafio. Outro amigo me passou bela lição em uma frase: " o bom software é aquele que a gente domina". O sujeito que fica vigiando as novidades para se manter pseudo atualizado corre o risco de ficar louco. Pelo menos absorvi bem a transição do texto linear para o hipertexto. O que não consigo engolir é a apatia, a falta de curiosidade intelectual. Por um lado ficamos ilhados no meio de um mar de coisas medíocres. Aliás, vivemos a era dos medíocres, do domínio da média. Também, talvez tenha sido sempre assime a gente não se dava conta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário