quarta-feira, 13 de outubro de 2010

REI REI REIVÉTRIA

O time do Atlético era o melhor que eles formaram em todos os tempos e o Cruzeiro tinha um time que vinha da ressaca da libertadores de 1976, uma equipe em pleno desmanche que naqueles anos difíceis, estava virando freguês do Atlético que preparava-se para uma temporada de seguidos títulos. Mas 1977 foi um ano terrível para o alvinegro. Importante citar que neste mesmo ano, perdeu o campeonato brasileiro para o São Paulo, naquele jogo memorável no Mineirão ultralotado, em que Márcio Paulada colocou uma bola em órbita. Mas vamos voltar ao texto inicial. No ano de 1977 o campeonato mineiro parecia aquela história do Coelho e a tartaruga. O Atlético chegou à fase semifinal muito na frente, com ampla vantagem sobre o Cruzeiro. Nesta semifinal, parecia que o Atlético iria ser campeão com uma facilidade incrível, dada a superioridade técnica . Só que o Imponderável Futebol Clube entrou em campo e seu artilheiro atendia pelo nome de Revétria. O Cruzeiro havia contratado o artilheiro Uruguaio, ele que havia protagonizado uma briga memorável com Rivelino durante numa partida no Maracanã. O Atlético contava com um time sensacional, todos no auge como Reinaldo, Cerezzo, Angelo, Dorival, Marcelo e o folclórico goleiro Uruguaio Ortiz. Este goleiro, até então era considerado um goleiro show. Lembro-me de uma partida em que deu um chapéu no maior artilheiro da época, o Roberto Dinamite, do Vasco da Gama. O Atlético desta época dava olé em todo mundo, mas não contava com Revétria. Aliás, foi essa também a desgraça do Ortiz. Num mineirão lotado, o jogo acontecia em ritmo frenético e tudo levava a crer que seria mais um show do melhor time da época. Só que o Uruguaio Revétria jogou um balde de água fria nas pretensões atleticanas. Revétria fez um a zero e o galo empatou, Revétria fez dois a um e o atlético voltou a empatar. Só que Revétria fez mais um e ficou 3x2 pro Cruzeiro. O jogo forçou mais uma partida . O Atlético vencia por 1 a 0 quando Revétria voltou a marcar e levou para a prorrogação. Só que na prorrogação o Cruzeiro também tinha Nelinho e Joãozinho e conseguiu dobrar o time de meninos da Vila Olímpica. A carreira do uruguaio não deslanchou tanto depois disso, mas sem dúvidas ele ficou marcado para sempre na história do maior de Minas. Triste foi que o goleiro Ortiz perdeu toda a moral após levar tantos gols seguidos do seu compatriota. Disseram que ele havia levado dinheiro para facilitar e ele desapareceu do cenário. Depois, João Leite assumiu o gol e foi um dos personagens de outra triste história desse time, desta vez contra o São Paulo no mineirão lotado, quando perdeu o título brasileiro de forma invicta, com 10 pontos à frente do segundo colocado. Mas quem quiser ver os gols de Revétria é só acessar o seguinte blog: http://baudocruzeiro.blogspot.com/2009/04/1976-gols-de-revetria.html

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