Analisando superficialmente, sinto que o quadro continua inalterado na política Monlevade no que diz respeito ao último pleito. Em primeiro lugar pelo fato da cidade ter dado votação maçiça ao Deputado Mauri Torres. O argumento principal é : - Pelo menos ele é daqui, né? Mauri fez menos do que poderia, muito em função de afinidades com o grupo derrotado na política municipal. Sinto falta de um posicionamento mais contundente com relação à BR 381, que afinal ele mesmo utiliza bastante, uma vez que não é desses que só viajam de helicóptero. Mas como ele é fiel à dupla Anastasia/Aécio, também não quis ficar martelando em cima de um tema em que o Anastasia transfere a responsabilidade para o Governo Federal. Seria bom também que houvesse mais sintonia com alguns projetos de interesse da cidade, como a instalação do corpo de bombeiros e a vinda de verbas importantes para o município. Ele só canaliza verbas para projetos cujo destinatário seja controlado por seu grupo político. Como cidadão, acho isso lamentável, o fim do mundo. Mas infelizmente essa é a prática da política. Quando ao Rodrigo de Castro, foi estratégia do grupo tucano concentrar os votos em um federal apenas. E funcionou. Rodrigo foi muito bem votado na cidade. Já o grupo do Prefeito Gustavo Prandini teve votos bastante pulverizados, divididos entre candidatos apoiados pelos partidos aliados. O candidato Alexandre Silveira foi bem. Embora a meta fosse maior, os 3.100 votos na cidade foi uma marca razoável. O pessoal do PT já votou em peso no candidato Leonardo Monteiro, outro parceiro do Prandini e também no Padre João. Já o PMDB já foi de Newton Cardoso e Leonardo Quintão. Ao final, se somarmos os votos do Alexandre Silveira, do PV/ e PT e do PMDB, que são do grupo de sustentação do governo, praticamente dá empate. Agora, com relação aos candidatos a Deputado Estadual, aí sim houve uma diferença brutal. O Deputado Mauri Torres teve uma votação realmente expressiva. Já o candidato apoiado pelo prefeito teve poucos votos em João Monlevade . Na realidade, o grupo de sustentação do governo teve muita independência na escolha do estadual, prova disso é que o PT apoiou seus próprios candidatos, o mesmo acontecendo com o PMDB. Mas uma coisa é certa: o PV precisa repensar seu tamanho, sua estrutura e sua capacidade de articulação. De qualquer maneira, no geral, as coisas não mudaram muito. Já contávamos com excelentes representações em níveis estadual, nacional e federal. Continuaremos tendo acesso aos gabinetes que já tínhamos e não vejo nenhuma novidade consistente no cenário. Alguém vê? Ah...se a Dilma vence e chama o Pimentel para o governo, ai sim teremos um parceiro e mais um gabinete disponível para as coisas de Monlevade e região.
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