
Nesta estrada já morreram petistas, pmdebistas, psdbistas, pflistas, etc. A BR 381 não mata escolhendo as cores partidárias. Por isso foi importante a reunião na AMEPI hoje pela manhã, no sentido de pensarmos ações conjuntas de implementação rápida, capazes de minorar o número de acidentes e de salvar muitas e muitas vidas. Nessa reunião ficou muito clara a necessidade da formação de uma coalizão de forças. Quanto me foi dada a palavra, repeti o que já venho falando a anos. Desde 1985, quando me mudei para Belo Horizonte, que vem sendo prometida a duplicação. Agora, chega nova promessa, mas nenhuma clareza com relação ao cronograma da obra. Houve um burburinho no sentido de que vai ficar na promessa mais uma vez. Eu insisti que tem de ser tentadas fórmulas novas, pois as que foram tentadas até hoje não surtiram efeito, prova disso é que a duplicação não saiu do papel. A vereadora Dorinha Machado até usou do microfone para me contradizer e num certo sentido ela tem razão. Pelo menos ela tentou fazer alguma coisa e em certa medida, existe um encadeamento. Mas eu queria dizer que as ações isoladas, desconectadas realmente não deram certo. Mas fico esperançoso, pois pela primeira vez a questão está sendo discutida num fórum de coalizão regional, onde nenhum dos agentes diminui o valor do outro. Muito pelo contrário. Vi pessoas de correntes partidárias contrárias unidas num ideal comum e isso é muito bom. Isso é política de alto nível. Porém, não podemos deixar que o assunto fique somente nos discursos. Ações imediatas precisam ser tomadas. Primeiro no sentido de criar uma interação permanente com Brasilia, buscando monitorar, acompanhar tudo que diga respeito à duplicação. O Prefeito Gustavo Prandini será muito importante nesse sentido e isso ficou claro na fala do José Maria, pelo bom trânsito e afinação com Brasília, assim como o prefeito Saulo de Catas Altas. Em segundo lugar implementando medidas emergenciais tais como fiscalização radical da estrada com policiamento, radares e câmeras, além da punição exemplar para os infratores; educação no percurso, com fixação de outdoors e símbolos também radicais informando aos motoristas sobre os pontos mais perigosos e alertando que a rodovia está sendo monitorada com alta tecnologia e até por satélite. Ficou muito claro que ações emergenciais tem de ser tomadas já, pois a duplicação mesmo pode levar até 4 anos e ninguém aguenta mais tanta mortandade. De qualquer maneira, a reunião foi válida e precisa ser ratificada nas próximas ações. Só para finalizar esse relato que ainda faço no calor da reunião, re-afirmo que não desvalorizo nada que foi tentado até agora. O que não deu certo nos mostra que se aquela estratégia não deu resultado, precisamos partir para outras formas, para outras táticas. O que não podemos é relaxar, ficarmos de braços cruzados enquanto tanta gente morre. Eu não quero ser o próximo.
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