
Quem dera pudéssemos ignorar as maledicências
e prosseguíssemos céleres na busca dos nossos objetivos.
Quem dera pudéssemos exorcizar os fantasmas,
que nada são além de miragens
que nos assombram a anos.
Quem dera pudéssemos nos ocupar
apenas do tempo presente,
aprendendo com os erros
e fazendo o melhor a cada minuto.
Quem dera conseguíssemos expurgar o ódio,
desvelando nossas convergências,
ocultas sob um cipoal de desenredos e ressentimentos.
Quem dera cada um pudesse exercitar seu dom,
fazendo na terra a vontade de Deus,
criando um mundo à partir dos talentos
e não do consumo exacerbado.
Quem dera tivéssemos firmeza,
fibra, coragem, santidade, virtudes.
Mas somos humanos.
Muitas vidas ainda
até domarmos
as nossas almas selvagens.
Não somos tão diferentes dos ancestrais.
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