Não penso que a questão da cultura aqui e no Brasil seja tão simples assim, de apenas insistir em promover eventos culturais. Não adianta servir iguarias sofisticadas se o povo nem sabe do que se trata. Zeca Pagodinho canta uma música que resume bem ( por favor pessoal, pensem de formata metafórica, ok?) É aquela música: " Você sabe o que é caviar? Não sei, nunca vi, eu só ouço falar". Resumindo: de que adianta servir cultura se o povo não compreende seus sabores e seu valor nutritivo? Sinceramente, só há um caminho para gerar interesse pela cultura: a interação constante com as escolas, apresentação de peças, shows, criação de um circuito estudantil para ensinar o povo a decodificar os códigos culturais. Se não prepararmos essa turma na fase em que está mais receptiva, teremos outra geração desinteressada no futuro, pois convenhamos, essa geração está perdida, pelo menos para a cultura. Pra esse pessoal, a única iguaria que presta é churrasco com cerveja com fundo musical de música sertaneja. Mas existem barreiras e uma delas é o precipício existente hoje entre educação e cultura. Precisa haver um diálogo contínuo e o entendimento da interdependência. Se a Educação se considerar mais importante e negligenciar a cultura, como se fosse uma instancia menor, não haverá esperança. E olha que isso não é um fator monlevadense, mas nacional. Sugiro a leitura do post http://cenariosbomdia.blogspot.com/2011/06/o-dia-em-que-separaram-educacao-e.html que também aborda o assunto.
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