domingo, 12 de junho de 2011

ULTIMO DIA DO FESTIVAL DE ARTES CÊNICAS 2011

O domingo teve atividades já pela manhã. As 10 no Centro Educacional aconteceram as apresentações de dança, da turma da Ação Social de Alvinópolis, com a coreografia Burguesinha e logo depois da Escola Rose Machado, de João Monlevade. A primeira coreografia foi da turma lá da minha terra. Achei bem legal e fiquei surpreendido com a qualidade da equipe. As meninas mandaram muito bem e arrancaram muitos aplausos. Confesso que fiquei emocionado ao ver as dançarinas de Alvipa. Depois fui cumprimentar a Secretária de Ação Social da Prefeitura, Selma, que tem feito um belo trabalho por lá e quem fazendo um belo trabalho de socialização através da arte. Achei curioso que o coreógrafo, que é de Dom Silvério passou por nós e a Secretária comentou com ele que uma das meninas estava mascando chicletes. Também, coitadas das meninas. Imagino o nervosismo de uma primeira apresentação fora de Alvinópolis. Depois teve a apresentação da Rose Machado Escola de Dança. Apresentaram um número mais no estilo jazz de academia, com figurino moderno e músicas pop. Ficou ao final um gostinho de quero mais, pois foram apenas duas apresentações e um bom tempo de espera. Agora seria esperar a tarde chegar pra ver a turma do Mamulengo. Enfim chegou a hora. Infelizmente, chegando ao local vi um inicio de uma confusão. O pessoal montava o cenário, quando um senhor cismou de tocar a sanfona da turma. Deu um trabalhão pra convencer o moço a sair. Uma senhora dessas que ficam mendigando ali pelo centro também ficou por ali fazendo muita confusão. Mas enfim chegou a hora do espetáculo e a "família mamulenga" já ganhou o público de cara. Simpatissíssimos, os atores contaram rapidamente a história da cia com encantamento e humor. Mais uma vez tivemos a confirmação de que a polivalência vem sendo cada vez mais requisito para os artistas. No grupo, todos sabem atuar, cantar, tocar algum instrumento, andar em pernas de pau, fazer acrobacias, enfim. Tudo transcorria bem, até que a senhora mendiga resolveu aprontar. Começou a responder em voz alta a tudo que os atores falavam. No inicio, todos até acharam engraçado, mas com o tempo começou a incomodar. O público começava a parar de olhar para os atores pra prestar a atenção na dona. Gentilmente pedi a ela pra parar. Ela não parou. Falei que iria chamar a polícia, mas ela nem ligou. Como vi que tava mesmo complicado, fui mesmo atrás da polícia. Só que é aquela história: a cavalaria chega sempre atrasada. Mas felizmente, uma menina do Grupo No Ato, que é também filha do Rubinho do Vale, teve a brilhante idéia de comprar o silêncio da dona por 2 reais. Ela deu um tempo. Depois retornou empurrando todo mundo e arrumando um lugarzinho lá na frente. Fiquei com dó do pessoal, pois ela estava toda suja e exalando um perfume nada agradável. Mas...ela no fundo estava maravilhada, uma das que mais curtiu a apresentação e desta vez, um pouco mais comportada. O público respondia da melhor forma possível e tudo transcorreu com tranquilidade. A Carroça dos Mamulengos é uma maravilha brasileira. A cia é formada por pessoas de várias partes do país, de Natal RN, do Rio de Janeiro, Brasília, etc. Bonito ver tantas gerações no teatro, domingo o picadeiro do solo com inteiro domínio. A Felinda do espetáculo também é muito interessante. A máscara tinha uma cara de triste que comovia. Interessante também o ônibus que trouxe a troupe. Por fora, uma furreca véia, mas por dentro tudo novo e confortável. E para encerrar o festival em grande estilo, teve o show com Rubinho do Vale. Alegria pura. Rubinho trouxe uma banda de alto nível e escolheu um repertório à base de marchinhas, frevos, baiões, etc. Caiu muito bem pra embalar a alegria do pessoal do grupo NO ATO. Foi bonito assistir a alegria e a justa comemoração da turma. São jovens cheios de atitude e com grande capacidade de articulação e realização. Agora é preparar o próximo ano...

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