As palavras tem asas. Elas voam sem rumo e pousam. Quando distraídas podem ser levadas pela línguas dos confidentes, que se fazem inconfidentes, só que aumentando e caluniando para que os babados fiquem mais dramáticos e possam causar o maior estrago possível. Antes de serem repassadas, as palavras precisam ser envenenadas. Depois de amaldiçoadas servirão para fertilizar as semente do ódio, que germinarão e se tornarão ervas malditas. Cabe-nos identificar e cortar pela raiz as ervas daninhas. Mas cabe-nos principalmente saber calar, conversar mais interiormente, pois as palavras voam e pousam. Além do mais, a paredes tem ouvidos...e microfones escondidos. É aconselhável até pensar baixo, pois tem gente ouvindo até pensamento. Sei que muitas vezes nem adianta calar, pois mesmo o que não for dito pode ser inventado. Mas pelo menos evitamos alimentar essa rede de maledicências que teima em nos rodear. E tem gente que ainda gosta de fofoca.
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