quinta-feira, 29 de abril de 2010

ENTREVISTA COM PITTY


ENTREVISTA EXCLUSIVA COM A ROQUEIRA PITTY

“Não conheço muito a galera do Axé, pois são mundos bem diferentes”

João Monlevade será palco do rock com a cantora Pitty, dia 1º de maio, às 20h30, no estádio Louis Ensch, bairro Vila Tanque. Pela primeira vez, a roqueira virá ao Médio Piracicaba, o que certamente atrairá fãs de toda a região. No atual cenário do rock, tomado pelo romantismo teen das bandas Emo, a Pitty é uma das últimas representantes do verdadeiro rock, ousado , desbocado e instigante. Nesta entrevista, Pitty fala da expectativa em relação ao show, influências na produção musical e de sua relação com os músicos de Salvador, onde iniciou sua carreira.

Marcos Martino: A expectativa na cidade é grande pelo fato de ser o primeiro show na região. O comercial que está sendo veiculado na rádio a coloca como principal nome do Rock Brasil na atualidade e esta opinião é compartilhada por muita gente. Como você tem encarado este sucesso?

Pitty: Fico feliz, claro. Engraçado, já passei por João Monlevade há muuuito tempo, a caminho de Ouro Branco. É ótimo saber que agora voltarei para tocar e, melhor ainda, saber que a galera está empolgada com o show.

Marcos Martino: Como é a sensação de ser rockeira na capital do Axé? Você tem um bom relacionamento com a turma do Axé Music?

Pitty: Essa sensação não faz muito parte da minha vida, na real. Quando estava em Salvador, vivia mergulhada no universo do rock junto com as outras bandas da cena. Pra gente era perfeitamente plausível. A estranheza vem mais de fora do que de dentro. Não conheço muito a galera do Axé, pois são mundos bem diferentes.

Marcos Martino: Quais são as suas principais influências?

Pitty: Livros, bandas, filmes, pessoas. Vai de Black Sabbath a Etta James, de Bukowsky a Stanley Kubrick.

Marcos Martino: Você acha que o "rockeiro brasileiro" continua tendo cara de bandido, como na antiga música “Orra Meu” de Rita Lee?

Pitty: Na geração atual, o que vejo é o oposto disso. Tem imperado o bom mocismo.

Marcos Martino: Como é o seu processo criativo? Como a banda formula os arranjos? Você participa desta parte também?

Pitty: Participo de tudo. A criatividade não tem hora, lugar e situação específica. Costumo compor sozinha com o violão, mas no último disco aconteceu de criar coisas junto com os meninos, no estúdio.

Marcos Martino: Imagino que também pesquise muitas novidades no universo da música. O que sugeriria para seus fãs aqui de Minas?

Pitty: O novo disco do Arctic Monkeys, do Morrissey, Muse, Them Crooked Vultures.

Marcos Martino: O que as pessoas podem esperar da Pitty aqui em Monlevade?

Pitty: Nosso novo show, da turnê do disco mais recente, Chiaroscuro. É rock, mas tem muitas nuances. A gente sempre sobe ao palco dando o melhor de si e aí não será diferente.

Marcos Martino: Uma mensagem para os fãs monlevadenses.

Pitty: Grande beijo a todos e espero vocês no show. Que seja uma grande noite pra todos nós.

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