
A política é um terreno pantanoso, cheio de cobras e escorpiões escondidos à beira dos caminhos. Mas não dá para evitá-la. Há os que se prestam ao exercício da hipocrisia, das conveniências momentãneas, dos embrustes, do chão que falta e da ponte que surge do infinito, permitindo a passagem dos malabaristas. É habitat de malandros master, mafiosos, contadores inescrupulosos, pastores de Deuses tortos, empresários donos de almas, jogadores, entre outros demônios encarnados. Há poucos e raros homens de bem na política. Quando surgem, muitas vezes são engolfados por chantagens, por armadilhas travestidas de corrupção, por seduções dos lobos com suas peles de cordeiro ou mesmo ceifados em emboscadas, muitas vezes mortos em companhia de mulheres que nunca viram, associados a crime passional que nunca aconteceu, para simplesmente limpar o caminho para os donos dos pedaços, coronéis no anonimato, hoje mais perigosos porque invisíveis. Por isso, políticos do bem, tá na hora de se graduarem em algum tipo de malandragem, se pós-graduarem em métodos maquiavélicos, na arte da guerra e em métodos de guerrilha, isso sem se bandearem para o lado negro da força. Dizem que o maniqueismo é uma das cegueiras do mundo. Maior cegueira é deixar que o inimigo chegue com a arma em sua casa, derrube a sua porta, mate a sua familia e leve embora a sua dignidade. Que Deus esteja do nosso lado.
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