Não podemos desperdiçar a oportunidade que se apresenta, quando um líder regional, que comanda a instituição que congrega as cidades do médio piracicaba vem declarando publicamente que seu objetivo primeiro será trabalhar pela duplicação da BR 381 e pelo uso civilizado da rodovia. Pelas informações que obtivemos, o atual presidente da AMEPI, José Maria Repolês já entrou em contato com alguns prefeitos, como Gustavo Prandini de João Monlevade e Saulo de Catas Altas, prefeitos afinados politicamente com Brasília para agendar com os setores responsáveis e até mesmo com a Dilma. A presidente, por ser mineira, precisa se engajar nesta aspiração legítima de seu povo. Aliás, a Dilma por enquanto está devendo. O anúncio da duplicação apenas até Barão e a verba da Dengue ter sido negada ao estado, merece reparos. Mas voltando ao foco da coluna, penso que o José Maria precisa mesmo montar uma força tarefa, chamar todos os políticos votados na região para uma manifestação, quer dizer, observando os canais convencionais, mas mostrando força e união de todos que zelam e lutam pelo Vale do Rio Piracicaba. Aliás, ele pode buscar até mesmo a integração com outras regiões que também estão no trajeto da rodovia para ações conjuntas. Em se considerando a grande mobilização nacional por causas das tragédias no rio, a Dilma e o pessoal de Brasilia precisam dar uma olhada nas estatísticas da 381. Não existe nenhuma tragédia no Brasil que mate mais que a BR 381. Já está claro que, além das próprias condições do traçado, das curvas, da geografia, do tráfego exagerado de caminhões, uma das principais causas de acidentes é a imprudência dos motoristas. Por isso, enquanto a Duplicação não vem – e olha que a licitação só acontecerá em maio - nós cidadãos comuns também precisamos fazer as nossas partes. Em primeiro lugar, nos conscientizando sobre as nossas atitudes quando transitando pela BR. Vivemos num mundo à beira de um a taque de nervos. A pressa, a ansiedade, o stress passaram a fazer parte de nossas vidas de uma forma avassaladora. Mas precisamos sim ter paciência nas ultrapassagens, não nos aventurarmos quando dirigindo em faixas contínuas, usarmos os cintos de segurança, enfim, fazermos as nossas partes enquanto usuários da rodovia. Com certeza, continuarão havendo os tresloucados, aqueles que se imaginam novos Piquets, Airton cenas macabras, colocando em risco os que dirigem direito. Mas para estes, deverão haver mais fiscalização e punições rigorosas. Que tal radares e câmaras nos pontos de ultrapassagem proibida? Que tal carcaças de carros amassados de km em km, como lembretes para os ligeirinhos de plantão ( sugestão do amigo José Henriques Jr? Que tal outdoors educativos, lembrando aos motoristas sobre os perigos de certas curvas? Logicamente, quando a BR for duplicada, muitos problemas vão acabar. Os caminhões tendo pistas próprias, não puxarão grandes filas de motoristas irritados. Não havendo pistas paralelas de ida e volta sem barreiras, não haverão mais colisões frontais. Mas é como eu falei. A duplicação ainda vai demorar um tempo e precisamos fazer alguma coisa já. Imaginem bem: se a média de mortes tem sido, sei lá, de quase 50 por mês, até maio serão mais 4 meses, portanto 200 mortos Não dá pra conviver com esta estatística. Nossa meta deve ser de Acidente Zero ou pelo menos próximo disso.Por isso, meus amigos, precisamos continuar engajados em duas frentes. Uma delas, política, do envolvimento dos nossos agentes políticos, das nossas autoridades de influência. E a segunda frente deve ser da sociedade civil, de discutir com as instancias públicas o que pode ser feito de forma emergencial. Pra finalizar, só uma observação. Quando duplicada, será uma das rodovias com cenários mais exuberantes do país. As paisagens de mares de montanhas, de palmeiras, do descanso que o verde nos proporciona, da Serra da Piedade, poderiam ser mais curtidas se não fossem eclipsadas pelo terror. Mas parafraseando o ex-presidente Lula, a esperança haverá de vencer o medo.
Nós aqui de Caeté, estamos prontos a nos mobilizar pela duplicação e correção do traçado da Rodovia da Morte. Já perdemos muitos companheiros, amigos, familiares nesta vergonhosa rodovia.
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