terça-feira, 25 de outubro de 2011

FILOSOFANDO SOBRE CULTURA

Sempre estive de uma forma ou de outra ligado à cultura, seja quando viajava pelo estado participando em festivais com o Grupo Verde Terra, seja com a banda de rock República dos Anjos, seja nos festivais e eventos em que participei. O que venho aprendendo nessa trajetória é a compreender e valorizar a diversidade e a qualidade da cultura da nossa gente. Ao mesmo tempo vem a constatação de que a produção tem qualidade mas é pouco aproveitada pela maioria da população. Mas ai fico pensando. Se você der ao povo a opção de escolher entre o churrasco e o caviar, certamente vencerá o churrasco. ( já viram aquela música que o Zeca Pagodinho gravou : " você sabe o que é caviar, não vi, não comi, eu só ouço falar". O mesmo acontece com a música e com as artes. Os produtores de caviar não precisam se desesperar. Vai ter sempre pessoas de gosto refinado, em número menor, mas que pagam o justo pelas iguarias. Continuando no tema cultura, vou falar agora de um assunto que nem linka tanto. Sobre preconceito cultural. Besteira queremos também ficarmos excluindo certas manifestações do conjunto da cultura. Sertanejo é cultura sim. Pode não ser gênero preferido de um ou de outro, pode ser - e há - exagêros de marketing e da utilizaão de clichês. Mas tem ali um universo estético, lírico, sentimental. O mesmo acontece com o Funk. A temática é mesmo pesada. Choca a sociedade conservadora, mas tem arranjos ali pra lá de hipnóticos, psicodélicos. Tem ainda o Hip Hop que é o que tá salvando a juventude hoje em termos de letras conscientes. Mas como hoje estou prolixo, vou sair do assunto "culturas músicais" pra falar da disseminação de culturas sadias, sobre culturas que costumam ser institucionalizadas nas cidades, nos países. Por  exemplo, a cultura do bom comportamento no trânsito.  Já imaginaram o quanto a nossa vida melhoraria se as pessoas tivessem um correto comportamento no trânsito? Já pensaram se fosse cultural as pessoas transitarem pela cidade de forma civilizada, com seus automóveis com som só pra eles. Por que vai chegar um dia em que as janelas de vidro do meu quarto vão quebrar por causa dos graves de alguns carros tunados que passam na rua. É a cultura do individual se sobreponto ao coletivo. Mas aí vem outra questão. Os caras que passam com som tunado acham bacana a cultura dos carros de som tunados. Então, cabe à sociedade regular, decidir quais as culturas são sadias e interditar as maléficas. Um dia, Hitler também achou boa a cultura de fazer churrasquinho com os judeus. Deu no que deu. Que as boas culturas se imponham. Depende de nós!

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