Desde pequeno tenho mania de pensar grande, pensar projetos mirabolantes, futuristas, de vanguarda. Por isso, muitas vezes já fui acusado de lunático, de pisar muito alto e outros desadjetivos ( que eu saiba, palavra inexistente, só chinfra mesmo). Guardadas as devidas proporções, já pensaram se o Roberto Medina pensasse pequeno? Não haveria Rock in Rio. Aliás, se não fosse os loucos sonharores, não haveria Brasília, não haveria as coisas magníficas que a humanidade foi capaz de erigir. Mas concordo que uma coisa é sonhar e a outra é a capacidade de realizar. De nada adianta planejarmos se não houver também a disposição para executar, para suar a camisa e botar a mão na massa. É nisso que se diferenciam os que fazem dos que só pensam, criticam, descredibilizam. Tem gente que teoriza, teoriza, teoriza mas não realiza nada. Existe também grande importância nesse pensar. Os filósofos, os poetas, os pensadores municiam, inspiram, apontam caminhos para os que fazem. Mas aqueles que levam a humanidade à frente quase sempre reúnem as duas capacidades: de sonhar e fazer. Vejam as obras de um Leonardo Da Vinci, de um Santos Dumont ou dos Irmãos Wright. Sonharam e fizeram. Eu sei que são exemplos pra lá de exagerados e precisamos mensurar nossas possibilidades e o que podemos alcançar. Sei também que fazer sem pensar pode resultar em casas de palha, que desabam com um sopro do lobo. Por isso, de uns tempos pra cá, passei a pensar e fazer acontecer e a ser seletivo com os projetos, de forma a não embarcar para um vôo interestelar utilizando naves de papel. Porém, também me recuso a ficar preso à gravidade dos sonhos rasteiros. Prefiro ser como a pulga que pula a uma altura de 200 vezes o próprio tamanho. Como diziam os filósofos Sandy e Jr " Vamos pular, vamos pular, vamos pular, vamos pular".
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