segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ROCK NA RUA - UMA AULA DE ROCK


PREÂMBULO

O Rock na Rua deste domingo foi memorável e tão cedo vai sair da cabeça do povo. Duas bandas de alta categoria fizeram a alegria do povo com uma qualidade que há muito não se via. A programação começou cedo, com a entrega das medalhas do JUJOM, Jogos Universitários de João Monlevade. As Universidades levaram suas atrações musicais, quer dizer, os shows começaram bem mais cedo. Primeiro se apresentou o grupo de Samba Universitário Integraê, formado por alunos da UEMG e UFOP e depois, a banda de Rock Margareths, formada por alunos da FUNCEC. Foi uma festa bacana, com a alegria e juventude da moçada antenada das universidades.

DESARME ARRASOU

Depois começou o Rock na Rua, com a apresentação da banda DESARME de João Monlevade. Apresentação impecável. A banda chegou a arrepiar a galera com excelentes interpretações do Pink Floyd, Pearl Jam, além da excelente composição própria Paranóia, tão boa que o povo até acha que já é música conhecida. Há pouco tempo eu falei pra turma, no POP ROCK FESTIVAL realizado no Biraboll, que aquela havia sido a melhor apresentação da banda que eu havia visto. Penso que a apresentação de ontem superou a apresentação do Birabol. Também pudera. A banda está na estrada, tem tocado direto e isso favorece o entrosamento e a perfeição em termos de execução. Júlio Sartori está soltando a voz mais do que nunca e a banda está no chão, vivendo um momento muito bom. Para coroar, em breve a banda estará no estúdio gravando Paranóia com um grande produtor mineiro.

PLEIADES - TÃO CEDO O PESSOAL VAI ESQUECER

Fui surpreendido positivamente com um show fantástico, de uma banda que em minha opinião, muito em breve estará figurando entre as melhores do pais. As execuções instrumentais, a performance da vocalista Cynthia Mara, enfim, tudo foi muito bom, muito acima da média. O batera André Bastos(21)parece um motor, o guitarrista André Mendonça, de apenas 15 anos de idade, manda som de gente grande, o baixista Mateus Olivetto(21) também detona. Todos tem qualidade muito alta. Cynthia tem um domínio de palco assombroso, se comunica, pula, usa uma bota que escorrega no palco favorecendo umas chiadas malucas. Imagino que ela deve percorrer pelo menos uns 15 kms a cada show, pelo tanto que se movimenta. Até perguntei ao produtor Francisco Penteado, um espécie de faz tudo da banda se a turma faz algum preparo físico para tanta vitalidade e movimento. Ele me explicou que não, que a academia dos meninos é o palco. O público durante o show se esbaldou, interagiu, entrou no embalo. Vi pessoas habitualmente tímidas se soltando e entrando no tromba-tromba da galera. Dizer que foi bom seria eufemismo. Foi muito bom. O Pleiades já deixa saudades...mas...por pouco tempo. Em breve, se ainda tiverem agenda, vamos tentar trazê-los de volta, 

PARTE RUIM

A sonorização foi um problema, infelizmente. Primeiro, houve um atraso na chegada de uma mesa digital, que ocasionou um atraso de 2 horas na passagem de som e acabou atrasando o evento como um todo. Durante a passagem, todos reclamavam que o retorno do palco estava muito ruim, mas os técnicos não conseguiram reparar e as bandas tiveram de tocar daquele jeito mesmo. Na hora do show, primeiro um lado do PA pifou. Com isso, funcionou apenas um lado e o som ficou mono. Depois, pifou uma potência na hora do show da Pleiades, gerando mais um atraso e improviso para resolver o problema. Na hora da banda começar a tocar, o microfone da cantora deu problema. Não saia som de jeito nenhum. Quando conseguiram ligar, tudo bem que funcionou, mas não estava perfeito. Porém, a performance de palco da cantora acabou compensando a deficiência e o show rolou muito bem. Quase no final do show, pifaram as luzes. Pode-se argumentar que foi uma sequência de problemas técnicos, que isso acontece. Mas já são duas experiências negativas. Por sorte não comprometeu o evento, mas poderia ter comprometido. Uma questão a ser repensada.

POR 2 MINUTOS FUI FELIZ

Mais ou menos as 17:15 fui com o pessoal da banda no hotel, onde iriam descansar para o show mais tarde. Estava conversando com a vocalista Cynthia Mara que é atleticana doente. Mas exatamente na hora em que chegamos ao hotel, o Cruzeiro fez 1x0. Eu comecei a gritar, mas interrompi o grito no meio e falei...- melhor nem gritar, pois esse gol não significa nada. Já começamos ganhando várias partidas. Ela ficou me olhando com o rabo de olho e foi pro quarto. À noite, quando a banda chegou pra tocar, estavam todos me olhando com cara de gozação. Um deles então, o guitarrista André já foi me olhando com aquela cara risonha e antes que dissesse alguma coisa falei pra ele: Não rí não, hein...falei o mesmo pra Cynthia. Nem precisa rir, né? A situação do Cruzeiro nem é de rir, mas de chorar. Engraçado que a atitude da maioria dos atleticanos( rindo por dentro) é de dizer pra nós cruzeirenses: - Isso é bom pra vocês sentirem o que passamos há 10 anos no mínimo. Temos sofrido viu!

2 comentários:

  1. Rock na rua foi excelente, mas uma vez surpreeendeu.Agora, você sabe onde conseguir as fotos do evento?!

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  2. Oláaaaaaaaaaaa! Sobre fotos do evento, vou postar algumas no meu Facebook. Sobre o ROCK NA RUA, que INCENDIOU a Praça do Povo, tanto com a Banda Desarme, que a cada dia fica melhor, quanto com a banda Pleiades, só uma certeza: foi muito bom e precisa acontecer sempre. Na segunda-feira estávamos todos mais felizes...

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