sexta-feira, 2 de abril de 2010

NÃO EXISTE MÍDIA IMPARCIAL

A Revista "Isto é', dificilmente falará mal de um patrocinador. A 'Veja' também é assim. O mesmo acontece com os jornais " O Estado de Minas" e "O Tempo". Cada um com seus interesses econômicos e políticos. Durante muitos anos, o 'Estado de Minas' perseguiu o ex-governador Newton Cardoso. Por ideologia? Não! Por interesse mesmo. Newton criou seu próprio jornal, o decadente "Hoje em dia," para combater a turma dos associados. Depois, o multi-milionário Vitório Mediolli criou seu jornal "O Tempo", também com o objetivo de abalar a hegemonia do Estado de Minas, o que só foi conseguir quando lançou o tabloide "SUPER NOTÍCIAS". O efeito foi devastador. Aquele jornalzinho colorido, com manchetes populares na capa e com o preço de 25 centavos foi como um terremoto sobre o antes poderosíssimo e onipotente Grupo Associados. O golpe foi tão pesado, que obrigou o grupo antes hegemônico a fechar o tradicional "Diário da Tarde". Aliás, comportamento ético e imparcial nunca foi "possível para os jornais que precisam sobreviver e por isso fazem seus acordos, seus conluios. Além do mais, milhares de pesquisas feitas principalmente ligadas às vendas em bancas revelaram que o povo gosta mesmo é de notícia ruim, sangue, mulher pelada e futebol. Assim, da-lhe perversidade. Prova disso é que um empresário de BH sonhou e colocou na praça um jornal chamado "Felicíssimo". Naquele jornal positivista só eram permitidas noticias boas, edificantes. Resultado: o jornal durou pouco tempo e quebrou. Trazendo para a esfera Monlevadense, seria demais querer que nossa imprensa tivesse comportamento exemplar.Vamos deixar a hiprocisia de lado. Está muito claro para todos que os jornais "A Noticia" e "Gazeta" são oposicionistas, juntamente com as Rádios Cultura, Global e Alfa de Nova Era. Apostou-se que poderia haver uma trégua contínua negociada. Valeu a metáfora do escorpião, cuja natureza é ferroar. Foi só vislumbrarem a possibilidade da cassação que desceram do muro. Além do mais, existe a máxima de que todo marketeiro tem de ter um lado. O lado desses atores sempre foi claro. A amarração atende pelo nome Mauri. Já a turma da situação tem como parceiros os jornais Bom Dia, Alô Cidadão e o Celeste. Em termos de rádio, praticamente não tem mídia de sustentação, pois a Alternativa não faz política. José Santana jamais utilizou sua rádio para fazer nem suas campanhas e a Rádio Comunicativa também não é tão politizada quanto as concorrentes do outro lado, que entram pra valer no embate. Outras mídias ficam mais ou menos em cima do muro, como o Jornal de Monlevade e alguns outros que circulam mais em nível regional. Aliás, diga-se de passagem: nunca vi uma cidade com tantos jornais. Cheguei a contar pelo menos 26 entre representativos e menores. Muita estrela pra pouca constelação. No final, a impressão que fica é que a oposiçao consegue mais eficiencia no seu oficio de minar a atual administração, pois principalmente a Rádio Cultura com seu estilão antigo de AM acaba tendo uma penetração incrível e há quem a considere a "Rede Globo" de João Monlevade. De qualquer maneira, a administração precisa ignorar um pouco dupla cultura/a noticia. Se Lula fosse se importar com a perseguição de que foi vítima, jamais teria chegado à presidencia nem teria conseguido o sucesso econômico e social que caracteriza o seu governo. Ele seguiu sem dar bola para as críticas, firme em direção aos objetivos, com otimismo inquebrantável e por isso merece a popularidade alta. Eu tenho dito uma frase repetidamente: é preciso agir mais e reagir menos. Que Deus nos conceda tempo para isso.

8 comentários:

  1. Martino,

    Lendo seus post e do Célio Lima lá do Drops eu estou chegando a uma conclusão que nós (da Situação) somos todos muito incompetentes, mas muito mesmo, porque estamos assistindo a oposição defenestrando o Prandini com o mesmo roteiro utilizado nos mandatos dos ex-prefeitos Leonardo Diniz e o Laércio Ribeiro. Por isso somos incompetentes, pois se as táticas são previsíveis e mesmo assim não damos conta de enfrentar, então, concluo que SOMOS INCOMPETENTES. Isso mesmo, em caixa alta: SOMOS INCOMPETENTES.

    Aqui um breve resumo do ritual oposicionista:

    1º) CAPA DO A NOTÍCIA: o jornal começa com a sacanagem na terça-feira, solta um factóide. O governo se assusta e já fica alarmado com o que virá na principal edição que saí na Sexta-feira. Essa vem mais completa, capa mais caprichada com letras gigantes e foto do prefeito ou de algum assessor em posição desconfortável, geralmente cabisbaixo, olhar vago...

    2º) RÁDIO CULTURA: começa a falação com Moreira..., daí tem entrevista com vereador Guilherme Nasser, Zezinho, análise do jogo com o célebre analista político Thiago Moreira, seguida da Pesquisa do Dia com inúmeros telefones de eleitores, digo, ouvintes do Moreira (com celular agora ta mais fácil, né, basta levar o telefone para os ouvintes);

    3º) VEREADORES: Enquanto isso, os vereadores da oposição começam a enviar centenas de requerimentos pra botar a turma lá PMJM muito ocupada com o que responder. O prefeito passa a ficar reunido quase que em regime de internato com alguns assessores, geralmente das pastas mais importantes: Comunicação, Gabinete, Jurídico, Administração e Governo. A tensão passa a ser a mola mestra do dia a dia. Daí começa a inoperância e a falta de foco nas ações, uma vez que o governo passa a ser pautado pela Oposição. Deixa de comandar pra ser comandado. E aí se inicia um círculo vicioso e praticamente sem fim.

    Ora, se o Roteiro é o mesmo há décadas, o que podemos fazer hoje pra mudar essa realidade no futuro? digo porque talvez não tenhamos tempo enquanto governo para fazê-lo, mas podemos ir adiante, independentemente da máquina estatal.

    Uma coisa meu caro Martino é a chamada parcialidade de alguns veículos de comunicação outra bem diferente é a mídia golpista. A tática do marqueteiro da Oposição, o Mister ISO 1719001, nos remete àquela máxima atribuída a Joseph Goebbels, ministro do Povo e da Propaganda da Alemanha de Hitler, de que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.

    Agora em diante não se pode esmorecer, o enfrentamento nestes casos tem que ser à altura. Nada pode ficar sem resposta efetiva do prefeito ou da equipe. Tem que sair da toca. Ir pra rádio, ao jornal, aonde for necessário para se restabelecer a verdade. QUEM ESTÁ COM A VERDADE NÃO CONHECE O MEDO. E é essa fortaleza que deve nortear a fala e as ações do prefeito. ENFRENTAR COM VONTADE, pois tem uma coisa só que a mídia golpista não agüenta: a VERDADE e a CORAGEM. Disso eles têm medo e não agüentam sequer um round.

    Pra finalizar meu caro Martino, gostaria de dizer que ainda tenho esperanças de que o Prandini vá fazer as mudanças mais do que necessárias ao seu governo. Ele mais do que ninguém sabe muito bem onde é necessário corrigir a rota. Só falta a ele a humildade em reconhecer isso. É chegada a hora dele se preocupar com a eficiência e eficácia da Administração e não no número de cadeiras por partidos em seu governo. Essa contabilidade agora não serve pra mais nada.
    E vamos adiante.

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  2. Dá um certo incômodo debater com anônimos, mas alguns comentários, pela pertinência, precisam ser disponibilizados. Prandini é um sujeito de alma límpida. Para alguns, um defeito para quem comanda qualquer coisa. Há quem pense que para dar ordens é preciso ser meio tosco, sem educação mesmo, na grosseria. Mas esse é exatamente o seu diferencial. O que falta à situação é sentimento de grupo, espírito de exército. Quando falo de situação, não tô falando apenas de secretários e pessoas que estejam trabalhando na prefeitura. O sentido é mais amplo. Enquanto a oposição é unida nas convergências, embora imagine que também tenha suas divergências, sinto que a situação se fraturou nas divergências e não consegue se unir para combater os inimigos comuns. Não se ganha uma guerra sem um exército. Pequenas tribos atacando sozinhas são presas fáceis para inimigos agrupados e com estratégias comuns. Espero que os últimos acontecimentos tenham sacudido o exército adormecido e que ele se fortaleça para o enfrentamento. Ao mesmo tempo, importante também que se atente à opinião pública no processo. Um comentário no post anterior serve como sinal de alerta. O povo não pode ser vítima, ficando na linha de tiro, que nem a população das favelas cariocas sofrendo com as balas perdidas.

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  4. Outra coisa que é de enlouquecer, caro Anônimo, é a pluralidade de opiniões que assolam o prefeito. Você mesmo avia receitas contraditórias. Ao mesmo tempo em que diz que o prefeito tem de responder a tudo, argumentou logo acima que ele não deve deixar a oposição pautá-lo. Imagino que mil coisas devem estar se passando na cabeça do prefeito neste exato instante. Tem 33 anos de idade, mas deve ter envelhecido pelo menos mais 10 anos nos últimos dias. No fim das contas, observando os grandes lídere, de Lula a Obama, de Chavez a Aécio, de Fidel a Gandhi todos sem excessão podem ter seus assessores que os municiam de informações, mas são solitários nas tomadas de decisões.

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  5. Martino,

    pra mim um bom gestor, além de aptidão, tem q ter um bom ouvido e um extraodinário poder de discernimento, pois a informação produzida ou captada pela assessoria dele pode estar equivocada ou com a análise distorcida. É sempre bom lembrar que nós nos relacionamos com o mundo a partir do nosso próprio mundo. Melhor: vemos o mundo à nossa volta a partir da nossa percepção e conceito.
    Um prefeito pode ser considerado pautado qdo a agenda do dia dele é traçada pela oposição.
    Tenho lá minhas dúvidas se as decisões do Prandini são tão solitárias. Penso que em sua grande maioria não. Por exemplo, quem ou o que o levou a contratar o Mister Iso1719001 para assessorá-lo? tem certeza q foi uma decisão solitária? ou foi induzida por assessor?
    Também acho q falta exército. Melhor falta apenas recompor este exército, pois ele existe e foi capaz de vencer seus adversários no pleito eleitoral passado.
    O que teria acontecido? dizem que a culpa é do próprio General que após a vitória resolveu delegar seus ouvidos e o comando da PMJM a um certo capitão que hoje não goza de prestígio e confiança deste exercícito. ESte capitão, de ego muito elevado, tornou-se confuso, às vezes até pensa q é o general, destrata seus colegas da mesma hierarquia, ameaça e se promove às custas de outros. Daí o resultado: exército de um homem só. Os soldados começam a perder a crença, a coragem pra lutar, pois não confiam mais no discurso deste capitão, que em dado momento inclusive quis se aliar àqueles que hoje e sempre quiseram depor o nosso General, que por sua vez tornou-se inacessível a outras opiniões e visões.
    Para recompor este exército o General precisa sair da toca e assumir o comando pra valer. Basta isso.

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  7. Em primeiro lugar, devo falar do Emerson Duarte, um sujeito na minha opinião dotado de grande inteligência e com uma qualidade unica: entra na frente de tiro por causa do Gustavo. Desde o primeiro dia do governo que as forças contrárias vem atuando no sentido de desestabilizar o que o próprio fogo amigo chama pejorativamente de relação umbilical. Emerson é um espécie de para-raio do governo, um nãozeiro oficial, que leva as cacetadas em nome do prefeito e por isso, chama para si as tarefas mais duras, mais antipáticas. Já peitou muitas brigas, já encarou muito osso e não está ali mesmo pra agradar ninguém. No entanto é um sujeito tratável e cordato. Pelo menos em minha relação com ele, não consigo enxergar essa arrogância que tentam colar em sua testa.
    Não tenham dúvidas também de que as decisões no governo são do seu general. Eu vivencio isso no dia-a-dia e vejo isso com muita clareza. O Emerson e outros secretários podem até subsidiar o prefeito para suas tomadas de decisão, mas quem decide é ele. Tá certo que já cheguei com o barco andando, mas vejo por exemplo que a dispersão do exército não se deu por unilateral iniciativa do prefeito e do núcleo duro do governo. Algumas figuras que hoje chamam para sí certo protagonismo pisaram na bola feio em horas cruciais e perderam a confiança. Ficaram naquele do "qual a parte que me cabe nesse latifúndio?", quiserem se imbuir de uma autoridade que cabia ao chefe do executivo e trocaram os pés pelas mãos.No entanto, não existe erro insanável. Cabe humildade de todas as partes.Quem errou, que admita seus erros, que bote os pingos nos ís e bola pra frente. Ainda sobre a assessoria política do ISO, ora bolas. Chegou-se a tentar essa costura. Só que marketeiro que é marketeiro tem lado e não dá pra rezar pra dois santos ao mesmo tempo. Foi só pintar essa conversa da cassação que o sujeito desceu do outro lado o muro e preferiu unir-se à corja, da qual sempre foi integrante. É como diz o ditado: os iguais se atraem. Logicamente, temos de aguardar a terça-feira. Existem os pessimistas, os otimistas e os realistas. Aconteça o que acontecer, novas medidas serão tomadas e se tudo der certo e for feita a justiça,Gustavo continuará no cargo e o governo entrará numa fase menos tumultuda. E para encerrar, meu amigo anônimo, no fim das contas a fórmula para o sucesso desse governo é muito simples: É só o prefeito atacar as 4 principais necessidades do povo, se empenhar pessoalmente nisso visitando e fiscalizando obras, hospitais e centros de saúde e zelando para que as coisas se encaminhem, que as coisas chegam nos eixos. O resto, vai fazendo aos poucos. Ah...e começar a não dar bola para as candinhas de plantão.

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  8. Espero imensamente que vc esteja certo e vou procurá-lo pra conversarmos pessoalmente. Assim poderia explicar o meu meu anonimato.
    Muito obrigado pelo debate de idéias e boa sorte pra nossa cidade hoje.
    J

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