quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A BR 381 E O ANEL RODOVIÁRIO DE BELO HORIZONTE

Protesto no anel rodoviário - em Belo Horizonte

A novela mais longa deste país continua. Como não me canso de dizer, desde 1985 quando mudei-me para Belo Horizonte, já vi por diversas vezes as promessas de duplicação. Ai, toda vez que acontece algum acidente com vítimas que mexam com o emocional das pessoas, durante um tempo acontece uma grita geral, até que as pessoas esquecem tudo e voltam a protestar à partir da próxima tragédia. Nos últimos dias, fiquei esperançoso de que haja uma mudança no quadro por causa da disposição do atual presidente da AMEPI, José Maria Repolês em levantar a bandeira da BR 381. Já no inicio do ano, José Maria convocou prefeitos, blogueiros e imprensa para que se pudesse pensar em ações conjuntas capazes não apenas de sensibilizar as autoridades, mas também de propor ações emergenciais que possam ser implementadas para tentar diminuir o número de acidentes. A reunião foi importante na medida em que foram definidas ações pontuais, sendo uma delas a formulação de um dossié que possa municiar os prefeitos de informações fidedignas sobre os números da BR 381. Concomitantemente, o prefeito de João Monlevade, Gustavo Prandini encontra-se em Brasilia, onde está trabalhando juntamente com o Deputado Leonardo Monteiro para agendar uma reunião com a Dilma e com outras autoridades federais, para que os prefeitos da região possam se deslocar à capital federal e mostrar para a presidenta mineira que a BR 381 merece figurar com destaque num PAC, não apenas pelo perigo que representa, mas também por ser um importante corredor de desenvolvimento para o país. Mas devo dizer que uma questão me chamou a atenção nos últimos dias: a forma como Belo Horizonte reagiu ao acidente no anel rodoviário envolvendo uma carreta e vários carros. Tá certo que o que é transmitido pela globo e disponibilizado na internet de forma instantãnea, tem um efeito muito forte. Tá certo também que BH tem um grande poderio e a capacidade de chamar não só a atenção da mídia como dos governos estadual e federal. Em tempo recorde, mandaram instalar sinalizadores, radares e câmeras de tv. É consenso que a medida não resolve, mas minora os problemas. Se conseguíssemos isso também para a 381 em vários pontos, já será um avanço. Quantos acidentes tivemos na 381, piores e mais letais que esse do anel? Ainda não fomos capazes de dar aos fatos uma dimensão capaz de sensibilizar os homens de Brasilia. As cidades que margeiam a rodovia continuam promovendo ações isoladas, desconectadas. Gasta-se força em pequenas ações sem visibilidade e isso há vários anos e nada acontece. Por isso, penso que essa mobilização à partir da AMEPI vem em boa hora e precisamos contar com o engajamento de pessoas como o José Maria Repolês, que teve a coragem de levantar uma bandeira polêmica e do prefeito Gustavo, pelo esforço em buscar soluções para um problema que é de toda a região. Mas devo dizer que o esforço deve contemplar também um pensamento de rede, conectando as cidades, criando abaixo-assinados, encorpando o exército e pensando de forma criativa, pois com bombinhas track não vamos chamar a atenção de ninguém. Como escreveu algum doido num blog que nem me lembro qual, precisamos é de uma explosão nuclear.

Um comentário:

  1. enquanto nao morrerem familiares de nosso politicos na br 381 nada muda ,
    muitos morrem , muitos choram , e nada muda


    rey misterio jm

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