
Toda vez que converso com o Barcelona, tenho a impressão de que estou lendo um livro, me aprofundando, imergindo em uma Monlevade que não existe mais, mas que através desse notável depositário de memórias interage com o presente. Estamos desenvolvendo uma parceria lá na Fundação Casa de Cultura, trabalho este que também está linkado com mais uma iniciativa de grande valor cultural e histórico: a coleção de videos e o site do Marcelo Melo, "o Caminho de Riquezas". Mas voltando ao incrível Barcelona, ele foi levar para nosso deleite lá na Fundação Casa de Cultura, uma curiosíssima coleção de fotografias, que não vou revelar o teor para não antecipar a surpresa e o impacto que com certeza a exposição que está sendo programada causará. O meu amigo Gladevon ficou de queixo caído, se deliciando com as fotografias. Na realidade ele nos mostrou duas coleções, uma de temática ambiental e outra memorial. Em breve estarão expostas e surpreenderão muita gente. Bom, mas o Barcelona é muito mais do que isso. O moço tem um acervo de memórias de inestimável valor, com todas as coleções de jornais editados em Monlevade há mais de 20 anos. Já imaginaram o que representa isso? O homem é um museu vivo, fazendo sozinho o que a municipalidade deveria, mas não fez. Espero que em nossa passagem pela Fundação Casa de Cultura possamos ser dignos de parceirar com ele, ajudando a preservar esse material ( embora ele já o faça com grande carinho e amor). Barcelona é um daqueles sujeitos cuja conversa, se não for interrompida, não tem fim. É uma idéia interessante atrás da outra, lições de vida, sabedoria e cultura, muita cultura. Tá certo que existem muitos edifícios que merecem ser tombados em João Monlevade. Imagino como a dilapidação de tantas paisagens doi nos Monlevadenses da gema. Pessoas não podem ser tombadas, mesmo porque essa palavrinha "tombamento" me parece inadequada para pessoas. Aliás, até para prédios. Esse negócio de tombamento me lembra o tsunami do japão, com tantos prédios tombando. Mas como a denominação é essa mesmo, vá lá. Voltando ao Barcelona, trata-se de um patrimônio Monlevadense. Um patrimônio vivo, jovem, cheio de energia e paixão por essa terra. Um sujeito tão discreto, que não encontrei nem uma foto no google para ilustrar. Pessoas como ele nos animam e nos dão motivação extra para continuar na luta. ( ele não me escapa. Ainda pego uma foto do moço).
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