
Estava atravessando a rua após almoçar no Bitu´s, quando um motoqueiro ( não motociclista, como já me advertiram) veio da Wils1on Alvarenga em altíssima velocidade. A moto ficou quase deitada e só pude perceber que tratava-se de um rapaz novo. Estava de capacete, short e chinelo de dedos. Na hora me deu o maior arrepio. Passou muito rente ao passeio central e por pouco não bateu. Seria um acidente com certeza fatal pela velocidade do rapaz. Diga-se de passagem: o ponto é muito perigoso pois os veículos vem da Wilson Alvarenga, quase sempre na maior correria e muitos não reduzem e quando o fazem, costumam bater no meio fio e capotarem. Já presenciei 3 acidentes no mesmo local. Perguntem ao Célio Lima que ele vai confirmar. Mas voltando ao tema inicial, fico relembrando como eu era quando tinha meus 16, 17 anos. Andava de bicicleta também de forma perigosa, essa é a verdade. Gostava de subir nos morros e descer a toda, muitas vezes sem nem usar os freios. Sentir o vento na pele, experimentar a liberdade é uma sensação muito gostosa. Por capricho do destino, sei lá, nem os automóveis nem as motos fizeram parte de minha vida ( pelo menos até hoje). Se foi sorte ou azar eu não sei, mas pelo relatado, não considero segura a direção nas mãos de pessoas de tão tenra idade. Não podemos generalizar, é claro. Alguns jovens que tem mais juízo que alguns mais maduros. Mas ai entra a questão química da fase de pós-adolescência, das espinhas no rosto, dos hormônios em ebulição, da vontade de experimentar a vida, desafiar os limites e da responsabilidade zero. Um sujeito de 17 anos com um automóvel nas mãos, as 2 da manhã vai ficar tentado a bater um pega, dar uns cavalos de pau. Vejo isso quase todas as noites perto da minha casa. O som de pneus cantando na curva ali perto da Brahma e da Broadway Tour é uma constante. Em Belo Horizonte também acontece direto, embora que implantaram por lá o programa Olho Vivo em que câmeras monitoram o trânsito e multam os infratores sem dó. No caso de João Monlevade creio não existir policiamento suficiente para monitorar toda a cidade, assim, os "pilotos da madrugada" fazem suas manobras à vontade. O pior é que não é só à noite não. De dia também os intrépidos pilotos esbanjam sua perícia, transportando para o asfalto aquilo que fazem nos playstations da vida. O que fazer? Não sei! Gostaria de ouvir as autoridades do trânsito à respeito. Mas sinceramente? Habilitação aos 16 só é bom para quem vende carros e que tem com isso um público a mais para desovar seus estoques. Já para a coletividade, tenho minhas dúvidas.
Realmente Marcos, nesta idade estamos descobrindo nossos potenciais e nos preparando para tornarmos adultos. Aos 16, explorava ao extremo minhas habilidades, procurava correr mais que todos, dar o salto mais alto, nadar mais rápido e tentava imitar os pilotos de filmes..., para liberar a carteira para os adolescentes o governo deveria realizar um acompanhamento pisicológico e sociológico, para humanizar o transito desde os primeiros passos dos novos motoristas.
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