Numa manhã de sábado fui à praça 7 pra ver o movimento do pessoal da ACORDAR, a Associação de Artistas Monlevadenses. Lá chegando fui recebido pelo palhaço FUBÁ. Depois outros personagens amalucados apareceram fazendo coisas estravagantes. Fiquei ali, dando uma olhada no som que tava estourando um pouco, dei uma mexidinha básica, fiquei ali conversando com o pessoal quando de repente apareceu uma pessoa e me puxou pelo braço. Fui parar em sua banca de livros. Eram vários livros dispostos. Pensei comigo: -bom, essa menina deve ser promotora de alguma editora e está vendendo livros de vários escritores. Deve ser isso! Mas ao examinar o material é que senti o drama. Os livros eram todos dela. Maria das Graças Gomes era o seu nome. Ela mesmo havia escrito, editado, captado e estava ali proseando e vendendo. Aí ela me levou por um passeio pelo mundo mágico dos seus livros. Foi uma confusão, pois toda hora aparecia alguém com curiosidade. Enquanto ela atendia uma amiga que passou para cumprimentá-la, fui dando uma folheada. Me chamou a atenção a ilustração, com parte da arte feita por crianças, tudo muito lúdico, com algo que remete ao pedagógico ( embora a escritora seja contadora de ofício). Há também os livros mais adultos, de conteúdo reflexivo. Há um livro que já dá um choque poético logo no título. O nome do livro é Antomania, que quer dizer "mania de flores. Mas são muitos livros bacanas, como os "Brincando de Rimar", que tem prefácio de Paulinho Pedra Azul. Como o livro "De volta ao começo", um interessante projeto em que a escritora responde perguntas de uma criança, num mútuo aprendizado. O livro é todo ilustrado por crianças. Tem também os livros de poesia, bastante reflexivos como "Palavras Soltas", "Versos em aberto" e "Antomania". Há de se ressaltar também os belos trabalhos de ilustração de Geraldo Gomes, principalmente em "Versos em aberto", arte em p&b com poucos traços. O livro "Brincando de Rimar" também é delicioso. Teve uma coisa que me chamou a atenção.. Havia num trecho, uma brincadeira criando palavras e até objetos novos. Nesse trecho, a autora cria um instrumento improvável: a violonfona. Pensei comigo: como é que alguém pode pensar uma coisa dessas? Como seria uma violonfona? Foi olhar na página do lado e vi a violonfona desenhada por uma criança. Sem comentários. Comprei o livro "de volta ao começo" e ganhei de presente o "Palavras Soltas", que lerei com muito prazer. Maria das Graças Gomes, mais uma escritora Monlevadense que tenho a honra de conhecer.
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