domingo, 7 de agosto de 2011

GENTE DE BEM

Hoje pela manhã fui ao Hiper com a família pra fazer umas compras quando me encontrei por lá com o Coronel Edivânio ( saiu de Itabira para comprar em Monlevade). Se tem um sujeito bacana tá ali. Acho que estou até me repetindo, mas não custa ressaltar que Edvânio me ajudou a derrubar uma certa aversão idiota que eu tinha da polícia. Na verdade, essa má vontade tem raízes seresteiras. Quando eu morava em Alvinóoplis, vivia pelas madrugadas fazendo serenatas para todas as donzelas da época. Pra isso, tínhamos de ficar driblando a polícia. Certa feita eles nos pegaram com a mão na massa, quer dizer, nos violões. Chegaram horrorizando e ameaçaram até quebrar o meu violão ( isso virou música). Mas não era só isso. Sou filho da ditadura militar. Nasci no fatídico março de 1964, mas só fiquei sabendo que a ditadura não foi revolução em 1982. Naquele ano, acabei absorvendo muito a cultura, as histórias do que foi a ditadura e vivi um bom tempo revoltado com qualquer um que usasse quepe. Mas com o tempo fui arrefecendo esse ódio. Há muito os policiais deixaram de ser vilões em minha cabeça. Vilões mesmo são os políticos assassinos que não duplicam nem deixam duplicar a BR 381. Ao conhecer pessoas como o Edvânio então, não só reformulo meus conceitos como passo a ter um modelo  que me faz nutrir muito mais simpatia pela coorporação. Importante citar também o Célio Lima, que é da polícia civil e tem um nível intelectual muito acima da média, conversa de horas, que se ninguém parar irrompe a madrugada e os dias. O preconceito é nosso, como se policial tivesse de ser descerebrado cumpridor de ordens, Gibão como na definição do Célio. Mas voltando ao Edvânio, estive com ele alguns minutos apenas conversando. Perguntei a ele: - E aí, Edvânio? Como está Itabira? Imagino que seja uma cidade bem complicada né? E ele me respondeu: - Quando cheguei lá, a situação estava complicada, mas agora, já está bem mais tranquila. Eu falei pra ele: - Tenho certeza que sim, Edvânio, afinal, você é um sujeito do bem. Não preciso falar mais nada. 

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