sábado, 13 de agosto de 2011

FESTIAÇO DE ONTEM, FESTIAÇO DE HOJE.



O Festiaço realizado em João Monlevade no ano de 1974 pode ser considerado um mega-evento. Para que se tenha uma ideia, passou por ele simplesmente o Rei Roberto Carlos. 

O Festival da canção foi realizado como parte do Festiaço, um evento que durou vários dias, O evento comemorava 10 anos de emancipação política de João Monlevade. Na época o prefeito era Lúcio Flávio de Souza Mesquita. Sugiro a leitura do site do Marcelo melo. www.morrodogeo.com.br . Lá essa história é contada de forma mais detalhada. Só acessar no índice o "festivais da canção".

Acho muito importante esse link não só com o festiaço de 1974, mas com outros festivais da canção realizados em Monlevade. Existem histórias muito legais e se possível, quero ver se nos próximos dias converso com Wilson Vaccari, com o próprio Marcelo Melo, com o João Carlos da Rádio Alternativa, quem sabe fazendo um podcast pra disponibilizar na internet. 

Mas o Festiaço de 2011 vem repaginado, adaptado aos novos tempos de internet e redes sociais, mas também reconhecendo no aço o elemento primordial da cidade. O Festiaço se propõe  principalmente a servir como vitrine para fruição da produção musical de João Monlevade, Vale do Aço e região do Médio Piracicaba.

Contamos com todos e peço um pouco de boa vontade. O esforço tem sido no sentido de que tenhamos essa vitrine aberta não só esse ano mas também nos próximos, fazendo com que o Festiaço vire tradição no calendário regional.

Um comentário:

  1. Quando ouvi que minha música era a décima, não vou dizer que não senti uma pontada na entranha. Agente nunca quer ser o último, mesmo que seja o último dos primeiros, mesmo que você não espere mais ganhar nada de tão grato que está só por estar ali, entre toda aquela gente boa. Mas depois, eu mesma tive que puxar minha orelha. Realmente, se eu fosse escolher, talvez x estaria em y e z no w mas eu estava do lado de cá do palco, não posso ser tão pretensiosa a ponto de me querer artista e jurada. Isso é realmente muita pretensão. E em pretender , nem esperava estar entre os cinco primeiros, na minha estréia em festivais, tanto pela minha inexperiência quanto pela alta qualidade de muitos músicos. O festival foi lindo. Riquíssimo.Mas sabemos bem que nada ou ninguém agrada a gregos e troianos. Grande músicos não chegaram à final. Mas esse conceito todo de justiça é muito furado pra qualquer evento como esse, pois mesmo que baseados é claro em alguma noção literária e musical, os votos não deixam de expressar opiniões. O que separa um finalista de outro músico são míseros pontos ou décimos de pontos que podem significar qualquer coisa ou coisa alguma. Lembrei então de uma frase de não sei quem, que diz mais ou menos que qualquer comparação em arte é estúpida e arbitrária. Concordo plenamente. Ninguém é de longe senhor da música ou da verdade pra dizer que essa música é tão superior a aquela e tão menos dizer que os jurados estavam certos ou errados. Concebi então, que classificações e prêmios são na verdade um bom pretexto e não reais fins. A celebração da música naquela praça era real. Foi uma honra estar lá. Pra mim, deste festival, fica a imagem e o som de Luiz Bira cantando em verdade e amor o nosso árduo ofício de artista, o sorriso enorme de Adalberto e sua generosidade de tocar conosco assim, tão de supetão. Fica aquele orgulho danado de minas dos meninos da Zazu e o talento do João e do Ronivaldo. Fica a gratidão pelo Rafael e Phelipe Godinho que toparam na hora gravar e competir, se desdobrando na apertada rotina diária para ajudar um colega de estrada. Ficam as idéias trocadas nos bastidores, as histórias contadas. E por isso esse evento teve tudo de maravilhoso. Parabéns a todos os artistas, organizadores, técnicos e jurados. Ser de qualquer uma dessas classes exige uma certa dosem de coragem, uma boa dose de desprendimento e uma grande dose de paciência.
    Abraços,
    Nadja Lírio Furtado (décima colocada com uma enorme dose de orgulho).

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