Tava pensando uma coisa. Tá certo que o traçado da BR 381 não favorece, tem curvas demais, que a estrada foi construída na década de 50, mas por razões que a gente desconhece, a duplicação não sai de jeito nenhum. Eu já afirmei diversas vezes. Parece haver uma maldição, algo misterioso que sempre acontece e interrompe a licitação, o inicio das obras e as coisas vão sendo empurradas com a barriga. Só no governo Dilma a licitação foi marcada para maio, depois adiada pra junho, depois pra julho e finalmente adiada de novo para algum dia no ano de 2011. Isso a licitação. Imaginem as obras? Havia a expectativa de que começasse em agosto. Então, como parece que não querem mesmo duplicar, nós como sociedade civil, como ativistas independentes engajados na causa, precisamos pensar em outras medidas. Uma delas seria a seguinte: imaginem se um deputado propusesse um projeto de lei obrigando as montadoras a fazer automóveis cuja velocidade não passasse de 90 kms por hora? Tecnicamente, seria fácil. Os velocímetros chegariam a 90 e ponto final. Me parece um contra-senso a velocidade máxima ser de 100 kms enquanto os velocímetros chegam a 220, 250 kms. Quem anda pela 381 sabe. O pessoal tá andando a 130, 140, 150 kms. Quantas vezes estando a 100 km, somos ultrapassados por verdadeiros mísseis na BR? Isso com o povo ultrapassando pela direita, esquerda e se bobear até por cima. Se limitassem a velocidade e radicalizassem nas multas, garanto que a situação mudaria. Mas aí é que vem o grande nó. Que deputado teria peito para propor uma coisa dessas? Sabemos que uma lei como essa dificilmente passaria, pois o lobby da indústria automobilística é forte. Além disso, até os donos de automóveis apreciam a velocidade e a potência, sendo esse muitas vezes o fator que gerou o desejo de compra. De qualquer maneira, acho que vale à pena colocar essa questão para a sociedade. Uma vez os militares fizeram algo próximo. Limitaram a velocidade a 80 kms por hora. Havia até jingle no ar e garanto que muitas pessoas se lembram. Só que na época, quem tomava conta eram os militares e ai de quem descumprisse. Quer dizer, acho que estamos precisando de um pouco mais de ordem.
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