Não sei com base em que alguns teimam em elogiar um jornal que pratica um jornalismo urubu, absurdamente distorcido e incoerente. Eu já falei e volto a repetir: estou esperando um momento em que vão criticar o prefeito por um sapato sem engraxar ou um botão desabotoado da camisa. Passaram perto mais uma vez. Imaginem que o Gustavo foi convidado pelo Suplemento Literário do Diário Oficial do Estado, um dos mais respeitados do país, a escrever uma resenha sobre a obra do escritor Monlevadense Jairo Martins. Eis que a resenha foi publicada, aliás, com todo zelo e qualidade que caracterizam a publicação. Foram páginas que deveriam nos orgulhar, pela alusão que faz à saga monlavadense, às lacunas tão bem preenchidas pelo Jairo num minucioso trabalho que mistura pesquisa e ficção sobre a vida do pioneiro fundador, enfim, sobre a memória cultural da cidade. Mas o que fez o jornal? Ao invés de uma matéria positiva, destilou ironia, diminuiu a importância do escritor e de sua obra, tentou ridicularizar o prefeito, negativando algo que deveria ser enaltecido. A premissa é a seguinte: enquanto deveria estar se preocupando com as questões importantes da cidade, o prefeito estava brincando de ser poeta.Que coisa! Em primeiro lugar já há uma agressão aos poetas e artistas, da classificação dos seus oficios como menores, sem importância. Pela lógica do jornal, o prefeito tem de ficar 24 horas mentalizando e pensando nos problemas. Nem tomar um café poderá , pois o jornal poderá dizer: o prefeito, ao invés de se preocupar com os problemas da cidade, está é se empaturrando com café que é pago pelo dinheiro público. Ora , façam-me o favor. Tem jornalista que perdeu a noção. Sem contar a repercussão dos blogs feita em uma página á parte, uma coletânea das críticas feitas durante á semana ao prefeito, como se os blogs só contivessem coisas ruins. Tudo parece surreal, mas infelizmente não é. O jornal subverte aquela história do rei midas, que transformava o que tocava em ouro. Seu objetivo tem sido fazer com que tudo fique pesado, vire chumbo, vire caca. Que lástima!
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