quarta-feira, 20 de julho de 2011

PALAVRA DITA, REPUTAÇÃO MORTA

Acabo de ler um texto no excelente site "Observatório de Imprensa". O texto discorria sobre a frivolidade da sociedade do espetáculo, que da mais valor ao fim do casamento do Robinho, que de uma pesquisa científica sobre agrotóxicos, por exemplo. Aliás, assuntos sérios e investigativos não dão ibope. O fofoquismo está mais vivo do que nunca. Mas o pior não é isso. O pior é a difamação, a destruição de biografias como aconteceu no caso do  ex-presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, acusado de assédio sexual nos Estados Unidos. Como vivemos em uma aldeia global, a acusação pipocou imediatamente em todo o mundo. Investigações realizadas posteriormente à denúncia mostraram que tudo não passava de um blefe da arrumadeira. Kahn perdeu a presidência do Fundo Internacional e viu manchada sua imagem para as eleições francesas. Aconteceu também no caso de uma escola aqui no Brasil, cujos donos foram acusados de maltratar os alunos e até de pedofilia. O boato fez-se verdade por um bom tempo. A escola fechou as portas, seus donos faliram e depois ficou comprovado ter se tratado de um noticia falsa. A imprensa denuncista e faminta por escândalos passou incólume. É isso. Palavra dita. Reputação morta. Aqui em Monlevade isso também acontece com muita frequência. O linchamento midiático que vemos acontecer por aqui não tem paralelo, pelo menos que eu me lembre.


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